Domingo de Pentecostes (PDF) TEXTO
O protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo.
Na sua primeira aparição aos Apóstolos, no Cenáculo, Jesus ressuscitado fez o gesto de soprar sobre eles, dizendo: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos» (Jo 20, 22-23).
Transfigurado no seu corpo, Jesus já é o homem novo, que oferece os dons pascais, fruto da sua morte e ressurreição.
Quais são estes dons? A paz, a alegria, o perdão dos pecados e a missão, mas sobretudo o Espírito Santo, que é fonte de tudo isto. O sopro de Jesus, acompanhado pelas palavras com as quais comunica o Espírito, indica a transmissão da vida, a vida nova regenerada pelo perdão. Mas antes de fazer o gesto de soprar e conceder o Espírito, Jesus mostra as suas chagas, nas mãos e no lado: essas feridas representam o preço da nossa salvação.
O Espírito Santo concede-nos o perdão de Deus, «passando através» das chagas de Jesus. As feridas que Ele quis conservar; também neste momento, no Céu, Ele mostra ao Pai as chagas com as quais nos resgatou.
Em virtude destas feridas, os nossos pecados são perdoados: assim Jesus ofereceu a sua vida pela nossa paz, pela nossa alegria, pelo dom da graça na nossa alma, pelo perdão dos nossos pecados. É muito bom contemplar Jesus assim!
Papa Francisco, Audiência Geral, 20 de Novembro 2013
A nossa procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima
Cón. José Manuel dos Santos Ferreira, Prior de São Francisco Xavier
No passado dia 10 de maio voltámos a sair à rua com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, ligando a Igreja Paroquial com a Igreja da Sagrada Família de Caselas, onde aquela preciosa imagem é venerada.
Foi uma procissão que assim abraçou várias zonas da Paróquia, num clima muito sentido de oração e de filial confiança na intercessão de Nossa Senhora, a quem apresentámos os nossos pedidos pela Igreja e pelo mundo, sobretudo pela paz, e também pelas nossas famílias, pela nossa paróquia e por tantas outras intenções que, ao longo dos mistérios do Terço, fomos entregando ao Coração Imaculado da nossa Mãe do Céu.
Em nome de todos, quero agradecer, antes de mais, à Junta de Freguesia de Belém, a disponibilização da viatura em que foi transportado o andor de Nossa Senhora, como já aconteceu nos últimos anos, facilitando assim a deslocação da imagem, de forma digna e fácil ao mesmo tempo.
Também é devido um vivo agradecimento ao Manuel Pereira e ao Agnelo Fernandes, que prepararam com extrema dedicação e competência o andor da imagem de Nossa Senhora, cuidando de todos os pormenores, desde a iluminação da imagem até ao equipamento de som, com um resultado de grande perfeição e qualidade.
À Luísa Macedo e Cunha e à Maria do Rosário Galvão agradecemos o belo arranjo de flores que acompanhava a imagem de Nossa Senhora. À Rosário Tanchão agradecemos muito os cânticos que cantou e nos ajudou a cantar ao longo de todo o trajeto da procissão, e bem assim ao Leonardo Tanchão, que levou a cruz processional, e ainda aos leitores que dirigiram e recitaram as cinco dezenas do Terço e a Ladainha de Nossa Senhora, que rezamos ao longo do percurso. E por fim agradecemos à comunidade de Caselas, que preparou de forma tão bela e carinhosa a Igreja da Sagrada Família para receber a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que regressava à sua “casa” no final da procissão.
A estes agradecimentos, quero acrescentar um sincero pedido de desculpas aos paroquianos residentes em algumas ruas de Caselas por onde estava previsto que passasse a imagem, o que acabou por não acontecer, por uma alteração de última hora do percurso da procissão.
Lamento profundamente a ocorrência e o desgosto que terão sentido pelo facto de a imagem de Nossa Senhora não ter passado junto das vossas casas. Comprometo-me a compensar esta falha, na futura procissão que venhamos a fazer, já no próximo ano, se Deus quiser.
E, por fim, pensando nesta procissão do próximo ano, faço desde já um convite a todos os paroquianos, independentemente da zona em que morarem, a que participem na procissão de maio, mês de Maria, em honra de Nossa Senhora, e que se juntem, neste forte momento de oração e de louvor a Deus, com a vossa fé e a vossa alegria.
Vencer o medo graças ao Espírito
Papa Francisco, 2023
Os discípulos tinham fechado as portas, «por temor». A morte de Jesus tinha-os perturbado, os seus sonhos tinham sido desfeitos, as suas esperanças tinham desaparecido. E fecharam-se em si mesmos. Não apenas naquela sala, mas dentro,
no coração.
Quantas vezes também nós nos fechamos em nós mesmos? Quantas vezes, por causa de uma situação difícil, de um problema pessoal ou familiar, do sofrimento que nos marca ou por causa do mal que respiramos à nossa volta, caímos lentamente na perda da esperança e na falta de coragem para continuar?
E então, como os apóstolos, fechamo-nos dentro, barricando-nos no labirinto das preocupações.
O medo bloqueia, paralisa e isola: pensemos no medo do outro, dos estrangeiros, dos diferentes, dos que pensam de forma diferente.
Contudo, o Evangelho oferece-nos o remédio do Ressuscitado: o Espírito Santo.
Ao receberem o Espírito, os apóstolos deixam o cenáculo e saem pelo mundo para perdoar os pecados e anunciar a boa nova.
Graças a Ele, os receios são vencidos e as portas abrem-se. O Espírito faz-nos sentir a proximidade de Deus e, assim, o seu amor afasta o temor, ilumina o caminho, consola, sustenta na adversidade.
Diante dos medos e dos fechamentos, invoquemos o Espírito Santo para nós, para a Igreja e para o mundo inteiro, a fim de que um novo Pentecostes afaste os receios que nos assaltam e reacenda o fogo do amor de Deus.
Maria Santíssima, a primeira a ser repleta do Espírito Santo, interceda por nós.