Notícias

Ofertórios do fim-de-semana – Abril 2023

No próximo fim-de-semana, de 01-02 de Abril de 2023, os ofertórios das Missas destinam-se a amortizar a dívida contraída com a construção da Nova Igreja. [ler +]

Festa da Esperança – 5º Catecismo

As crianças do 5º Catecismo tiveram a Festa da Esperança no Domingo, dia 12 de Março. [ler +]

Concerto na nossa Paróquia

No próximo sábado, dia 11 de Março, a nossa Igreja vai receber um Concerto denominado Intercâmbio de Orquestras. [ler +]

Sessão de Esclarecimento sobre as Famílias de Acolhimento

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Ouve a pressa no ar – Famílias de Acolhimento

Na 5ª feira, 23 de Fevereiro, foi para o ar a terceira conversa promovida pelo Comité Organizador de São Francisco Xavier sobre a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023. O tema é os Papas e a JMJ. [ler +]

Quarta-feira de Cinzas e início da Quaresma – 2023

A Igreja Católica entra na próxima quarta-feira, 22 de Fevereiro, no tempo litúrgico da Quaresma, nome dado ao período de 40 dias de preparação para a Ressurreição de Jesus Cristo em Domingo de Páscoa.
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Folha Informativa 26-03-2023

Domingo V da Quaresma (PDF) TEXTO

Deus não nos criou para o túmulo

Van Gogh, Lázaro

Deus é vida e doa vida, mas assume o drama da morte. Jesus poderia ter evitado a morte do amigo Lázaro, mas quis assumir para Si a nossa dor pela morte das pessoas queridas, e sobretudo quis mostrar o domínio de Deus sobre a morte.

A resposta de Deus ao problema da morte é Jesus:
Eu sou a ressurreição e a vida… Tenham fé! No meio do choro continuem a ter fé, ainda que pareça que a morte tenha vencido. Removam a pedra dos vossos corações! Deixem que a Palavra de Deus leve de novo a vida onde há morte.

Deus não nos criou para o túmulo, criou-nos para a vida, bela, boa, alegre.
Somos chamados a remover as pedras de tudo aquilo que fala de morte: a hipocrisia com que a fé é vivida; a crítica destrutiva contra os outros; a ofensa, a calúnia; a marginalização do pobre.

O Senhor pede para removermos estas pedras do coração, e a vida então voltará a florescer ao nosso redor.

Papa Francisco, 2020

O espírito de Deus em nós

D. Manuel Clemente, 2012

O mundo é este, grande e contraditório, em que vivemos. Grande pela potencialidade humana que mantém; contraditório pelos atrasos e desvios que infelizmente consente, nos conflitos que surgem ou não se resolvem, nas tragédias que sobrevêm ou agravamos por descaso ou incúria.

Um cristão tem em todas essas situações, de maior ou menor recorte, uma única tarefa e missão: fazer a paz, reconciliar sempre. Oiçamos de novo: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados…”. A reconciliação sacramental é feita pela Igreja através dos ministros ordenados, na sucessão do ministério apostólico. Mas o Espírito de Cristo, que todos recebemos, conta convosco para a obra de reconciliação universal que, de algum modo, a todos incumbe.

Tereis pela frente, da família à escola, da escola ao trabalho e à sociedade em geral, muitas rupturas a sarar, muitas desavenças a superar, muitas reconciliações a promover. Começareis porventura por vós mesmos e pela profunda reconciliação que cada um tem de fazer consigo, ou melhor com o Espírito de Cristo que em si actua.

Deixai-O trabalhar então, realizando em vós aquela absoluta unidade de inteligência e vontade, sensibilidade e propósito que havia em Cristo, Filho de Deus e homem perfeito. E acontecerá em vós como aconteceu em tantos homens e mulheres que o Espírito fez santos, a mais linda e urgente aventura: gente reconciliada para reconciliar o mundo. Gente de perdão, para retomar as vidas, primavera final dum recomeço sem retorno. (…)

Contrariamente ao que se diga, todos somos insubstituíveis, e o que cada um não fizer, por fazer ficará, nesse modo e ocasião. Deixai-me pedir-vos: Acolhei o que o Espírito vos pedir, no fundo da consciência e na interpelação da Igreja.

Na vida laical ou na vida religiosa, no sacerdócio ou na missão, para cada um de vós o Espírito tem um segredo e um apelo. Escutai-O hoje, que para tal O recebereis de seguida. Aí encontrareis a felicidade, que só reside na vontade de Deus. Aí a encontrarão tantos outros, que esperam o vosso sim. O Espírito em vós, para a salvação do mundo. Nada menos do que isso e precisamente assim.

E este mundo que nos toca, caríssimos irmãos, este mundo que hoje nos toca a todos, precisa tanto de ser recriado pelo Espírito de Deus!

Em Cristo, Deus reabilita a humanidade, esta mesma que cada um transporta e concretiza, tão magnífica de potencialidades e tão tragicamente desmentida por tantas contradições íntimas e sociais. Em Cristo, a nossa vida é vivida de forma novamente bela e finalmente refeita, segundo o desígnio de Deus.

Só por isso seremos plenamente cristãos. Reconhecemos em Cristo o que profundamente desejamos ser. Desde o baptismo, o seu Espírito atesta em nós que tal é possível.

Prosseguirá através de vós a obra de Cristo no mundo, na força recriadora do Espírito divino. Precisamente assim é que a Igreja de Cristo responde actualmente à expectativa de todos, nas difíceis circunstâncias da sociedade que integramos e onde havemos ser “sal” de conservação e sabor, assim como “luz” de esclarecimento e ânimo.

Deixai lavar-vos os pés

Papa Francisco, Quinta-feira Santa de 2020

Lois Tverberg, Lava-pés

Ainda em plena pandemia, o Papa Francisco, na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa de 2020, fez a seguinte homilia, em que, sem deixar de referir as graves faltas alegadamente praticadas por sacerdotes, salienta o serviço que tantos outros realizam, dando a vida pelos que lhes estão confiados.

A Eucaristia, o serviço, a unção: eis a realidade que vivemos hoje, nesta celebração.

O Senhor quer ficar connosco na Eucaristia, e nós tornamo-nos tabernáculos permanentes do Senhor. Trazemos connosco o Senhor, a ponto de Ele próprio nos dizer que, se não comermos o seu Corpo e não bebermos o seu Sangue, não entraremos no Reino dos Céus. Este é o mistério do Pão e do Vinho, do Senhor connosco, em nós, dentro de nós.

O serviço: um procedimento que é condição para entrar no Reino dos Céus. Servir, sim; servir a todos. Mas o Senhor, na troca de palavras que teve com Pedro, faz-lhe compreender que, para entrar no Reino dos Céus, devemos deixar que o Senhor nos sirva, que o Servo de Deus seja nosso servo.
E isto é difícil de compreender. Se não deixo que o Senhor seja o meu servo, que o Senhor me lave, me faça crescer, me perdoe, não entrarei no Reino dos Céus.

E o sacerdócio. Hoje quero estreitar a mim os sacerdotes, todos os sacerdotes, desde o último ordenado até ao Papa. Todos somos sacerdotes. Os bispos, todos… Fomos ungidos, ungidos pelo Senhor; ungidos para fazer a Eucaristia, para servir.
(…)não posso deixar passar esta Missa sem recordar os sacerdotes, que oferecem a vida pelo Senhor; que são servos. (…) São «os santos de ao pé da porta», sacerdotes que, servindo, deram a vida.

(…) Sacerdotes que vão levar o Evangelho lá longe; e lá morrem. Dizia um bispo que a primeira coisa que fazia, quando chegava a estes lugares de missão, era ir ao cemitério, ao túmulo dos sacerdotes que lá deixaram a vida, ainda jovens, pela insalubridade local: não estavam preparados, não tinham os anticorpos. Ninguém sabe o seu nome: os sacerdotes anónimos. Os párocos de aldeia, que são párocos de quatro, cinco, sete paróquias, na montanha, e se deslocam duma para a outra, que conhecem o povo… Uma vez dizia-me um que sabia o nome de todas as pessoas das paróquias. «A sério?» – perguntei-lhe. Retorquiu-me: «Até o nome dos cães»! Conhecem a todos… A proximidade sacerdotal. Bons, bons sacerdotes!

Hoje tenho-vos muito presente no meu coração, e levo-vos ao altar. Sacerdotes caluniados. Nos nossos dias sucede, com frequência, não poderem caminhar pela estrada sem ter de ouvir coisas ruins que lhes dizem, relativas ao drama vivido com a descoberta dos sacerdotes que fizeram coisas ruins. Diziam-me alguns que não podem sair de casa com o cabeção, porque os insultam; e eles continuam. Sacerdotes pecadores, que, juntamente com os bispos pecadores e o Papa pecador, não se esquecem de pedir perdão e aprendem a perdoar, porque sabem que precisam de pedir perdão e de perdoar. Todos somos pecadores. Sacerdotes que sofrem crises, que não sabem como fazer, estão na escuridão…

Hoje todos vós, irmãos sacerdotes, estais comigo no altar. Digo-vos apenas uma coisa: não sejais obstinados como Pedro; deixai lavar-vos os pés.
O Senhor é o vosso servo; Ele está junto de vós para vos dar força, para vos lavar os pés.

E assim, com esta consciência da necessidade de ser lavados, sede grandes perdoadores! Perdoai! Coração com grande generosidade no perdão.
É a medida com que seremos medidos: como tu perdoares, serás perdoado. Será a mesma medida. Não tenhas medo de perdoar.

Às vezes surgem-nos dúvidas… Olha para Cristo [contempla o Crucificado]. N’Ele, temos o perdão de todos. Sede corajosos… mesmo no arriscar, no perdoar, para consolar. E se, naquele momento, não puderdes dar um perdão sacramental, pelo menos dai a consolação dum irmão que acompanha e deixa a porta aberta para que [aquela pessoa] volte.
Agradeço a Deus pela graça do sacerdócio; todos nós [agradecemos].
Agradeço a Deus por vós, sacerdotes. Jesus ama-vos!

Pede apenas que deixeis lavar-vos os pés.

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 19-03-2023

Domingo IV da Quaresma (PDF) TEXTO

Vemos o que podemos

William Blake, Cristo dando a vista ao cego

Não vemos o que devemos ou o que queremos, mas o que podemos.

Se as coisas não parecem as mesmas a quem quer bem e a quem odeia, a quem está irado ou a quem se encontra num estado de calma, e se a luz dos olhos poderá ser escuridão, como adverte Jesus, as condições do sujeito que olha – condições afectivas, intelectuais, culturais – interferem, condicionam e poderão mesmo determinar o olhar que temos sobre a realidade.

Fazem-no de tal modo que não olhamos imediatamente o que devemos olhar, respeitando a objectividade e a particularidade das coisas que nos chegam à vista, quando são iluminadas pela luz; não olhamos simplesmente o que queremos, como se olhar deste ou daquele modo fosse simplesmente fruto da nossa vontade e determinação subjectiva; olhamos, sim, o que podemos, aquilo que as nossas condições pessoais determinam e que a nossa experiência permite que olhemos.

Pe. José Frazão, SJ

Para entrar na glória de Deus

Papa Francisco, 2013

A vida terrena de Jesus culmina com o evento da Ascensão, ou seja, quando Ele passa deste mundo para o Pai e é elevado à sua direita.

S. Lucas observa: «Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, Ele resolveu dirigir-Se a Jerusalém». Enquanto «ascende» à Cidade Santa, onde se realizará o seu «êxodo» desta vida, Jesus já vê a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que O leva à glória do Pai passa pela Cruz, através da obediência ao desígnio divino de amor pela humanidade.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que «a elevação na cruz significa e anuncia a elevação da ascensão aos céus». Também nós devemos ver claramente na nossa vida cristã, que a entrada na glória de Deus exige a fidelidade diária à sua vontade, mesmo quando requer sacrifício e às vezes exige que mudemos os nossos programas.

A Ascensão de Jesus verifica-se concretamente no monte das Oliveiras, perto do lugar para onde se tinha retirado em oração antes da paixão, para permanecer em profunda união com o Pai: mais uma vez, vemos que a oração nos concede a graça de viver fiéis ao desígnio de Deus.

No final do seu Evangelho, S. Lucas narra o evento da Ascensão de modo muito sintético. Jesus conduziu os discípulos «para Betânia e, levantando as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, separou-Se deles e foi arrebatado para o céu. Depois de O terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus».

Gostaria de observar dois elementos desta narração. Antes de tudo, durante a Ascensão, Jesus realiza o gesto sacerdotal da bênção e sem dúvida os discípulos manifestam a sua fé com a prostração, ajoelham-se inclinando a cabeça.

Jesus é o único e eterno Sacerdote que, com a sua paixão, atravessou a morte e o sepulcro, ressuscitou e subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai, de onde intercede para sempre a nosso favor. Como afirma S. João, na sua primeira Carta, Ele é o nosso advogado: como é bom ouvir isto! Quando alguém é convocado pelo juiz ou tem uma causa, a primeira coisa que faz é procurar um advogado para que o defenda. Nós temos um, que nos defende sempre, defende-nos das insídias do diabo, defende-nos de nós mesmos e dos nossos pecados! Não tenhamos medo de O procurar para pedir perdão, para pedir a bênção, para pedir misericórdia! Ele perdoa-nos sempre, é o nosso advogado: defende-nos sempre!

Assim, a Ascensão de Jesus ao Céu leva-nos a conhecer esta realidade tão consoladora para o nosso caminho: em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a nossa humanidade foi levada para junto de Deus; Ele abriu-nos a passagem; Ele é como um chefe de grupo, quando se escala uma montanha, que chega ao cimo e nos puxa para junto de Si, conduzindo-nos para Deus. Se lhe confiarmos a nossa vida, se nos deixarmos guiar por Ele, temos a certeza de estar em mãos seguras, nas mãos do nosso Salvador, do nosso advogado.

Um segundo elemento: S. Lucas afirma que os Apóstolos, depois de terem visto Jesus subir ao Céu, voltaram para Jerusalém «com grande júbilo». Isto parece-nos um pouco estranho. Em geral, quando estamos separados dos nossos familiares, dos nossos amigos, devido a uma partida definitiva e sobretudo por causa da morte, apodera-se de nós uma tristeza natural, porque já não veremos o seu rosto, nem ouviremos a sua voz, já não poderemos beneficiar do seu carinho, da sua presença.

Ao contrário, o evangelista sublinha a profunda alegria dos Apóstolos. Mas por quê? Precisamente porque, com o olhar da fé, eles compreendem que, não obstante tenha sido subtraído aos seus olhos, Jesus permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustém-nos, orienta-os e intercede por eles.

S. Lucas descreve o acontecimento da Ascensão também no início dos Actos dos Apóstolos, para frisar que tal evento é como o elo que une e liga a vida terrena de Jesus à vida da Igreja.

Aqui S. Lucas refere-se também à nuvem que subtrai Jesus à vista dos discípulos, os quais permanecem a contemplar Cristo que sobe para junto de Deus. Então intervêm dois homens em vestes brancas que os convidam a não permanecer imóveis a contemplar o céu, mas a alimentar a sua vida e o seu testemunho com a certeza de que Jesus voltará do mesmo modo como O viram subir ao céu.

É precisamente o convite a começar a partir da contemplação do Senhorio de Cristo, a fim de receber d’Ele a força para anunciar e testemunhar o Evangelho na vida de todos os dias: contemplar e agir, ora et labora, ensina S. Bento, são ambos necessários na nossa vida de cristãos.

S. José é todo para Jesus e Maria

Dehonianos

Mike Moyers, S. José ampara Nossa Senhora

S. José deu-se todo a eles; não vive se não para eles. Todos os três formam um só coração e uma só alma.

No trabalho, S. José pensa continuamente em Jesus e em Maria, trabalha para eles e quando Jesus se torna adulto trabalha com Ele. O seu repouso é junto deles, com eles. Os seus encontros preferidos são com Jesus e Maria. E de que assunto gosta ele de falar, senão da bondade de Deus e das maravilhas da sua misericórdia?

Na sua vida interior ele reflecte sobre os gestos e as palavras de Jesus e de Maria, sobre os mistérios da Encarnação e da Redenção. Dele pode-se dizer como de Maria: “conservava todas estas coisas no seu coração”.

Como é grande o seu espírito de fé! Acolhe todas as mensagens do anjo com devoção e humildade e executa com heroísmo todas as ordens divinas… Não é para ele um peso corresponder à sua missão. Nenhum sacrifício o faz desanimar: vai para o Egipto e de lá volta, está sempre pronto para tudo… suporta o exílio, a perseguição, a pobreza, mas aceita tudo com alegria por amor a Jesus e pela obra da Redenção…

S. José é modelo da vida de reparação. É testemunha das humilhações do Salvador no presépio, dos seus sofrimentos no Egipto, da pobreza em Nazaré. Em toda a parte ele procura reparar, com sua solicitude, os sofrimentos impostos a Nosso Senhor pelos nossos pecados. Os cuidados prodigados com delicadeza a Jesus em Belém, no Egipto e em Nazaré, são outros tantos actos de reparação.

É nosso dever imitá-lo em tudo, com a união a Jesus e a Maria, com o nosso pensamento frequente em Jesus, com nossas delicadas atenções para tudo o que diz respeito ao serviço de Jesus…

S. José é modelo também para o sacerdote…
Na Apresentação do Templo, foi pelas mãos de Maria e de José que Nosso Senhor Se ofereceu ao Pai celeste como vítima de expiação pelos pecados do mundo! Nesse grande dia S. José ofereceu-se, em união ao sacrifício de Jesus e de Maria!
Toda a sua vida não foi outra coisa senão uma vida de oferta a Deus” .

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

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