Notícias

Peditório para a Conferência Vicentina – 16-17 de Setembro

O habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas, vai realizar-se no próximo fim-de-semana, de 16-17 de Setembro. [ler +]

Paróquia no Projecto Ser Solidário da MB Way

A Paróquia passou a integrar o Projecto Ser Solidário, da SIBS. pelo qual pode receber donativos através do MBWay utilizando o nº. de telefone 911 581 907 ou o QRCode, sem qualquer encargo.
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Catequese começa a 26 de Setembro, Calendário de Actividades

As actividades da Catequese no ano escolar 2023/2024 iniciam-se no próximo dia 26 de Setembro, terça-feira. [ler +]

Terço dos Homens – 13 de Setembro 2023

No próximo dia 13 de Setembro venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]

Ofertórios do fim-de-semana – Setembro 2023

No próximo fim-de-semana, de 02-03 de Setembro de 2023, os ofertórios das Missas destinam-se a amortizar a dívida contraída com a construção da Nova Igreja. [ler +]

Terço dos Homens – 13 de Agosto 2023

No próximo Domingo, dia 13 de Agosto, venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]

Folha Informativa 17-09-2023

Domingo XXIV do Tempo Comum (PDF) TEXTO

Deus perdoa sempre

Esteban Murillo, O regresso do Filho Pródigo

Somos chamados a amar a todos, sem excepção, mas amar um opressor não significa consentir que continue a ser tal; nem levá-lo a pensar que é aceitável o que faz.

Amá-lo correctamente é procurar, de várias maneiras, que deixe de oprimir, tirar-lhe o poder que não sabe usar e que o desfigura como ser humano.

Perdoar não significa permitir que continuem a espezinhar a própria dignidade e a do outro, ou deixar que um criminoso continue a fazer mal.

Quem sofre injustiça tem de defender vigorosamente os seus direitos e os da sua família, precisamente porque deve guardar a dignidade que lhes foi dada, que Deus ama.

Perdoar não equivale a esquecer e que, muito pelo contrário, é essencial ter memória. Não se evolui sem uma memória íntegra e luminosa.

O perdão é precisamente o que permite buscar a justiça sem cair no círculo vicioso da vingança nem na injustiça do esquecimento.

Papa Francisco, 4 Out 2020

Alegria e gratidão

Caros paroquianos de S. Francisco Xavier
O início de um novo ano letivo e pastoral não pode ser feito sem uma recordação cheia de alegria e gratidão por tudo o que aconteceu no nosso país, na nossa cidade e em particular na nossa paróquia de S. Francisco Xavier por ocasião da JMJ LISBOA 2023.

A JMJ LISBOA 2023 envolveu na nossa Paróquia mais de 90 voluntários, cerca de 3200 peregrinos presentes nas quatro catequeses que organizámos em quatro locais distintos, e cerca de 600 peregrinos a pernoitar entre escolas e famílias de acolhimento.

A JMJ LISBOA 2023 foi um momento único na nossa Paróquia, e juntou jovens de várias partes do mundo: Espanha, Colômbia, Estados Unidos, Canadá, França, etc. Permitiu-nos viver momentos únicos numa Igreja em que todos se sentem em casa, porque igualmente atraídos por Cristo, e para Ele conduzidos pelo carinho materno e pressuroso de Nossa Senhora.

Que acontecimento extraordinário! Que experiência inesquecível! E que frutos magníficos estão já a ser dados ou virão a sê-lo nos próximos tempos!

Mas esta hora deve ser ainda, prioritariamente, um tempo para agradecer.
Primeiro, agradecer a Deus, nosso Senhor, por todas as graças, dons, luzes e forças que concedeu à sua Igreja, e em particular a todos os que se entregaram e deram o seu melhor para que a JMJ LISBOA 2023 fosse o tempo de graça, de conversão, de santificação, de amizade e de encontro que efetivamente foi, superando todas as expetativas e emudecendo todas as vozes doentiamente críticas que tiveram de remeter-se a um envergonhado silêncio.

Mas não podemos ficar num agradecimento genérico, há que concretizar!

No âmbito da nossa paróquia, há um primeiro agradecimento que, por elementar justiça, deve ser dirigido a um vasto conjunto de parceiros institucionais, entre os quais se destaca a Junta de Freguesia de Belém e o Agrupamento de Escolas do Restelo, além de numerosas empresas e entidades, que receberão, em meu nome e em nome de toda a Paróquia, uma mensagem pessoal de muita gratidão.

Mas é igualmente prioritário o agradecimento de toda a Paróquia ao COP – Comité Organizador Paroquial – de S. Francisco Xavier, que, com a eficaz e dinâmica coordenação da Ticha Balula, a competência dos chefes de equipa e a dedicação de todos os voluntários, e contando sempre com a presença, apoio e participação ativa do Sr. Pe. Miguel Pereira, fez um trabalho extraordinário, que merece ficar registado na nossa memória e nos nossos corações.

Um segundo agradecimento é para as famílias, que abriram de par em par as portas das suas casas, e assim experimentaram certamente a alegria de acolher, na pessoa dos jovens peregrinos, o próprio Jesus, cumprindo literalmente o que diz o Evangelho: “Era peregrino, e Me recolhestes” (Mateus 25, 35).

Inseparável dos anteriores é um agradecimento específico para os voluntários, salientando todo o empenho e entrega que viveram, para que a JMJ fosse um êxito na nossa paróquia e na nossa cidade. São muitos os testemunhos de amizades que se fizeram entre voluntários, com os peregrinos e com muitos paroquianos.

Para todos e cada um dos voluntários, este tempo que se segue à JMJ é por si só um desafio a continuarem a ser ativos na nossa Paróquia, na missa, nos coros, na catequese, no aprofundamento da fé, na caridade ativa e na partilha e em tantas iniciativas que o Espírito Santo nos queira inspirar.

Por fim, em sintonia com o COP, quero agradecer à Paróquia e a todos os paroquianos a forma generosa como contribuíram para o sucesso da JMJ LISBOA 2023!
Foi muito bonito ver toda a comunidade envolvida, dando o seu tempo, abrindo as portas das suas casas, acolhendo de forma especial nas nossas igrejas os jovens que recebemos de diferentes nacionalidades, mimando diariamente os nossos voluntários e peregrinos. Deus vos recompense e abençoe!

Na homilia das Vésperas celebradas nos Jerónimos, o Santo Padre referiu-se com insistência ao cansaço que muitas comunidades parecem experimentar. Graças a Deus, não parece ser o caso da Paróquia de S. Francisco Xavier. E se, em muitas paróquias, esse cansaço terá existido até há pouco, a preparação e a vivência da Jornada Mundial da Juventude trouxeram, como está bem à vista, uma cura radical, um novo entusiasmo, uma nova esperança.

Por isso, agradecemos profundamente esta lembrança e este desafio que o Papa Francisco nos deixou na mesma ocasião:
“Somos chamados a lançar de novo as redes e a abraçar o mundo com a esperança do Evangelho. Não é momento de parar, não é momento de desistir, não é momento de atracar o barco à margem nem de olhar para trás; não temos que escapar deste tempo, só porque nos mete medo, para nos refugiarmos em formas e estilos do passado. Não! Este é o tempo da graça que o Senhor nos concede para nos aventurarmos no mar da evangelização e da missão”.

Mas agora a grande questão é esta: como o vamos fazer?
A intercessão de Nossa Senhora e o exemplo do missionário incansável que foi S. Francisco Xavier serão certamente a melhor ajuda e o melhor guia.

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 25-06-2023

Domingo XIII do Tempo Comum (PDF) TEXTO

Não tenhais medo!

Tigran Ghulyan, Jesus acalmando a tempestade

O envio em missão por parte de Jesus não garante aos discípulos o sucesso, assim como não os exime das falências nem dos sofrimentos.

O discípulo é chamado a conformar a própria vida a Cristo, que foi perseguido pelos homens, experimentou a rejeição, o abandono e a morte na cruz.

Não há missão cristã sob o signo da tranquilidade!

Devemos considerar as dificuldades como possibilidade para ser ainda mais missionários e crescer naquela confiança em Deus, nosso Pai, que não abandona os seus filhos na hora da tempestade.

O Senhor envia-nos entre as pessoas que não querem ser despertadas do torpor mundano, construindo para si as próprias verdades efémeras. E se vivermos nestes contextos, e dissermos as Palavras do Evangelho, isto incomodará e seremos mal vistos.

Mas em tudo o Senhor continua a dizer-nos, como dizia aos discípulos do seu tempo: «Não tenhais medo!».

Papa Francisco, 2017 (adaptado)

 

Deus não me livra da travessia, mas acompanha-me na noite

Ermes Ronchi, In “Avvenire” , 2015

John Lawson, Jesus dorme durante a tempestade

Uma noite de tempestade e medo no lago, e Jesus dorme. Também o nosso mundo está em plena tempestade, geme de dores com as veias abertas, e Deus parece dormir.

Nenhuma existência foge ao absurdo e ao sofrimento, e Deus não fala, permanece mudo. E na noite que nascem as grandes perguntas: não Te importa nada de nós? Porque dormes? Acorda e vem ajudar-nos!

Os salmos transbordam deste grito, enche a boca de Job, repetem-no profetas e apóstolos. Poucas coisas são tão bíblicas como este grito a contestar o silêncio de Deus, poucas experiências são tão humanas como este medo de morrer ou viver no abandono.

Porque tendes assim tanto medo? Deus não está noutro lugar e não dorme. Está já aqui, está nos braços dos homens, fortes a remar; está no timoneiro que se agarra ao leme; está nas mãos que lançam fora a água que alaga a barca; nos olhos que perscrutam a margem, na ânsia que antecipa a luz da aurora.

Deus está presente, mas ao seu modo; quer salvar-me, mas fá-lo pedindo-me que meta em jogo todas as minhas capacidades, todas as forças do coração e da inteligência. Não intervém no meu lugar, mas ao meu lado; não me livra da travessia, mas acompanha-me na escuridão. Não me guarda do medo, mas no medo. Assim como não salvou Jesus da cruz, mas na cruz.

Toda a nossa existência pode ser descrita como uma travessia perigosa, uma passagem para a outra margem, da vida adulta, responsável, boa. Uma travessia é iniciar um matrimónio; uma travessia é o futuro que se abre diante da criança; uma travessia tormentosa é tentar recompor feridas, reencontrar pessoas, vencer medos, acolher pobres e estrangeiros.

Há tanto medo ao longo da travessia, ainda que legítimo. Mas as barcas não foram construídas para ficar ancoradas na segurança dos portos.

Gostaria que o Senhor gritasse já ao furacão: cala-te; e às ondas: acalmem-se; e à minha angústia repetisse: acabou. Gostaria de ficar livre da luta, mas Deus responde chamando-me à perseverança, multiplicando-me as energias; a sua resposta é força para a primeira remada. E a cada uma, Ele a renovará.

Não Te importa que morramos? A resposta, sem palavras, é dita pelos gestos: importo-Me de ti, importa-Me a tua vida, tu és importante. Importam-Me os pássaros do céu, e tu vales mais que muitos pássaros, importam-Me os lírios do campo, e tu és mais belo que eles.

Tu importas-Me ao ponto de ter contados os cabelos da tua cabeça e todo o medo que trazes no coração. E estou aqui. A fazer-Me baluarte e fronteira para o teu medo. Estou aqui no reflexo mais profundo das tuas lágrimas, como mão forte sobre a tua, entrada em porto seguro.

 

Tempo de Férias

Cardeal Tolentino de Mendonça, 2021

Gustave Courbet, Mar calmo

Há uma frase evangélica que me deixa sempre a pensar. Parece uma mera anotação de circunstância, uma simples marca contextual.
E, contudo, quando ela nos perfura, diria que é bem mais do que isso. A frase diz o seguinte: “Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se à beira-mar” (Mt 1, 1).

Pergunto-me pelo significado desse movimento e pelo que significam aqueles idênticos que, em particular nesta estação, também realizamos. Sentamo-nos à beira-mar à procura do aberto, de uma brisa marítima, da frescura da água, de uma respiração diferente.

Não somos feitos para o ar condicionado ou para a vida entre paredes. A nossa alma precisa de espaços amplos, de vastidão.
Mesmo quando parece que nadamos como peixe na água no férreo quotidiano ofegante, nas tarefas que nos absorvem, no vórtice das rotinas, nesse labirinto das coisas que se impõem. Mesmo quando se diria que o horizonte mais imediato nos dessedenta, precisamos do contacto com o incomparável, do confronto com o silêncio (e não só aquele exterior), da degustação de uma medida maior, pois a vida que, no fundo, desejamos não se reduz àquilo que apressadamente escrevemos em estreitas sílabas.

Por isso, nos nutrimos tanto destas deslocações, que não são apenas geográficas.
Para apreendermos o que trazemos em nós há que encontrar outros pontos de vista, outros ângulos e perspetivas.
Agindo tão em cima dos acontecimentos, tão capturados pela sua obsidiante intensidade nem sempre conseguimos ver ou ver bem.
Mudar de sítio oferece a possibilidade de distanciamento.

E, não raro, longe da nossa casa conseguimos auscultar melhor o que a vida nos está a dizer.
Na distância, as perguntas mais decisivas avizinham-se e não nos defendemos delas, como é nosso hábito. Perguntar-se porque estamos aqui e para quê. Se nos sentimos capazes de abraçar ou de recuperar o sentido original do caminho. Se nos descobrimos apenas utentes e consumidores ou testemunhas credíveis e multiplicadores de um dom. Se olhamos para a vida como um parto incessante ou uma contagem decrescente para o crepúsculo.

As férias podem ser mais que uma possibilidade de evasão.
O Verão não promove necessariamente a vida em fuga para alguma parte. Pelo contrário, pode constituir um tempo favorável para aquela escuta adiada, para um reencontro porventura mais sereno com esse mundo interno que nos habita.

Na verdade, a vida está cheia de coisas que não escutámos devidamente.
Muitas vezes, a dor e o peso que trazemos é esse: o que a dada altura devia ter sido escutado ou atendido e não o foi. É fácil não se dar conta daquilo que a esquadria utilitária dos nossos dias deixa de fora. As verdadeiras viagens transformam o nosso olhar.

O tempo é “o nosso momento”, a nossa oportunidade para aprender a viver com sabedoria. Nessa linha, o célebre poema do livro bíblico de Qohelet assegura: “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou…; tempo de chorar, e tempo de rir…; tempo de buscar, e tempo de perder…; tempo de guerra, e tempo de paz.”
Este Qohelet é um austero mestre porque recusa o caminho da condescendência, mas é um mestre verdadeiro, porque não aborda a vida como se ela fosse uma ficção ou uma ideologia.
Antes, acredita no valor da experiência, no fazer e refazer da existência em todas as suas estações, no gigantesco passo que representa o reconhecimento da vulnerabilidade e da necessidade de perdoar e de se ser perdoado, reconhecendo a própria ambiguidade que nos habita.

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

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