No próximo Domingo, dia 27 de Novembro, entramos no Advento, que vamos acompanhar durante quatro semanas, até 24 de Dezembro, dia em que começa o Tempo de Natal.

Inicia-se assim o Ano Litúrgico A, durante o qual é seguido especialmente o Evangelho de São Mateus.

O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico e, em 2022, começará no domingo, 27 de Novembro.

Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa com o domingo mais próximo da festa de santo André (30 de Novembro) e dura quatro semanas.

Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, os testes na escola, os ensaios com o grupo coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.

No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando corrigir os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direcção ao Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Baptista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.

Podemos distinguir dois períodos no Tempo do Advento. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro Domingo do Advento (27 de Novembro) até ao dia 11 de Dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico, orientando-nos para a espera da vinda gloriosa de Cristo.

As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: a sua vinda ao fim dos tempos, a sua vinda agora, cada dia, e a sua vinda há dois mil anos.

No segundo período, até 24 de Dezembro, inclusive, a liturgia orienta-se mais directamente para a preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera.

Os Evangelhos destes dias preparam-nos directamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de tornar sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Reduz-se a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa (à excepção do 3º Domingo, Domingo Gaudete), em que o paramento pode ser de cor-de-rosa) a decoração da Igreja é mais sóbria, etc.

Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura o nosso peregrinar, falta-nos algo para que o nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor Se fizer presente no meio do Seu povo, terá a Igreja chegado à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.

Temos quatro semanas nas quais de Domingo a Domingo vamo-nos preparando para a vinda do Senhor. A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia convida-nos a estar vigilantes, mantendo uma especial atitude de conversão.

A segunda semana convida-nos, por meio de João Baptista, a “preparar os caminhos do Senhor”; isto é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.

A terceira semana pré-anuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor.

Finalmente, a quarta semana fala-nos do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e a sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.

Agência ACI (adaptado)