Entrámos no que se designa por Tempo Comum, não por ser um período menos importante na vida e na liturgia da Igreja, mas por  decorrer fora dos dois pontos centrais: Advento-Natal e Quaresma-Páscoa.

O Tempo Comum é considerado um tempo de vigilância, de espera, de esperança, pelo que a cor litúrgica é o verde, patente nos paramentos envergados pelo sacerdote na celebração da Missa.

Sendo um período longo, de 33 ou 34 semanas, o Tempo Comum é subdividido em duas partes: A primeira parte começa no dia seguinte à festa do Baptismo de Jesus e vai até a terça-feira antes da Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma.

A segunda parte do Tempo Comum recomeça na segunda-feira depois de Pentecostes e estende-se até ao sábado que antecede o primeiro domingo do Advento, quando tem início um novo Ano Litúrgico.

Seremos auxiliados neste período pela leitura de um dos evangelhos sinópticos (S. Lucas neste Ano C). O evangelista, que é também um dos autores dos Actos dos Apóstolos, segue os usos dos historiógrafos do seu tempo, “mas a história que deseja apresentar é uma história iluminada pela fé no mistério da Paixão e Ressurreição do Senhor Jesus. O seu livro é um Evangelho, uma história santa, uma obra que apresenta a Boa-Nova da salvação centrada na pessoa de Jesus Cristo” (Capuchinhos).

Começámos pelo chamado Segundo Domingo do Tempo Comum (20 de Janeiro), pois o primeiro é ocupado pela festa do Baptismo de Jesus.

O 34º Domingo do Tempo Comum, que assinala o fim deste período, é substituído pela Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, entrando-se num novo Ano Litúrgico, que será o Ano A, em que seguiremos o Evangelho de S. Mateus.