Relatório-síntese da fase do processo sinodal na nossa Paróquia:

Na Paróquia de São Francisco Xavier, o processo sinodal envolveu representantes de 21 grupos, em 16 encontros sinodais com a participação de 132 pessoas.

Incluiu todos os grupos etários, dos quais o mais representado foi o escalão 51-60 anos, o segundo mais representado foi o escalão 11-20 e o menos representado foi o do escalão 31-40 anos. As reuniões aconteceram entre 15 de Dezembro de 2021 e 4 de Março de 2022. Houve duas dezenas de respostas ao inquérito sinodal online.

Uma Igreja sinodal, ao anunciar o Evangelho, “caminha em conjunto”. Como é que este “caminho em conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja local? Que passos é que o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”?

a) São Francisco Xavier deveria ser uma paróquia autónoma com um Pároco próprio, com presença constante, próxima e amiga, sem o que não é possível gerar comunidade. As homilias devem ser simples, acessíveis e traduzir essa proximidade pastoral.

b) A Igreja tem de ter as portas efectivamente abertas o maior tempo (até à noite), todos os dias. Deve ter um acolhimento efectivo, com voluntários formados para o efeito. Devem ser abertos todos os espaços da Igreja para dinamização de iniciativas dirigidas a crianças, jovens e mais velhos, sempre com a presença próxima do sacerdote.

c) As Missas devem ser mais participadas, alegres e próximas, com coro, acólitos, leitores, ministros extraordinários da Comunhão. Deve haver acolhimento nas Missas, à entrada e à saída. Todos se devem sentir acolhidos, como numa família, sem olhar à condição. Deve ser melhorado o som da Igreja.

d) Deve ser reactivada a Missa adaptada às crianças. Deve rever-se o horário das Missas de acordo com as necessidades da comunidade: jovens, profissionais, pais de família, etc.

e) Visão para a Paróquia: Cada paroquiano deve ser interpelado para ter algum envolvimento na Igreja – sentido missionário e sentido comunitário. Todos os temas da actualidade (Igreja e sociedade) devem ser abordados de forma tolerante. Deve haver espaços de informação, comunicação e participação, quer na própria Igreja, quer virtuais, usando as redes sociais.

f) Fomentar o conhecimento dos grupos da paróquia entre si e para os paroquianos. Apresentar os grupos nas Missas, e abri-los a todos interessados.

g) Iniciar ou retomar a interacção sistemática com a Comunidade envolvente (instituições, empresas), com os movimentos e ordens religiosas, com crentes de outras religiões (legado São Francisco Xavier) e não crentes. Abrir-lhes as portas, chamá-los, servi-los.

h) Os leigos devem ter autonomia para cuidar dos aspectos materiais da Igreja e o sacerdote deve estar dedicado ao seu múnus: conhecendo, acompanhando as famílias da paróquia e gerando um dinamismo espiritual certo e constante (confissão, retiros, recolecções, apoio às iniciativas laicais, etc.). Deixar de referir a dívida como o eixo da vida da Igreja.

i) Efectiva delegação nos leigos da dinamização missionária da paróquia, através de todo o tipo de iniciativas (formação, voluntariado, eventos, etc.), fundamentais também para gerar o espírito de comunidade. Evitar a clericalização, a indiferença e a hierarquização paralisadora. Deve procurar rejuvenescer-se o grupo dos catequistas.

j) Introduzir mecanismos de transparência e clareza nos processos de decisão e acção paroquial: publicar as contas e as actas das reuniões paroquiais. Usar o púlpito para informar.

Dina Matos Ferreira