A página da Paróquia de São Francisco Xavier vai apresentar diariamente textos para reflexão neste período conturbado da pandemia.
O texto de hoje é de S. Luís-Maria Grignion de Monfort.
Excelência do pai-nosso
S. Luís-Maria Grignion de Monfort
O pai-nosso, ou oração dominical, retira a sua primeira excelência do seu autor, que não é um homem nem um anjo, mas o Rei dos anjos e dos homens, Jesus Cristo.
Era necessário, escreve São Cipriano, que Aquele que vinha dar-nos a vida da graça como Salvador nos ensinasse a maneira de rezar como Mestre celestial.
A sabedoria deste divino Mestre está patente na ordem, na suavidade, na força e na clareza desta oração divina, curta mas rica em instruções, inteligível aos simples e plena de mistérios para os sábios.
O pai-nosso contém todos os deveres que temos para com Deus, os actos de todas as virtudes e a súplica de todas as nossas necessidades espirituais e corporais.
Ele encerra, afirma Tertuliano, um resumo do Evangelho; ele ultrapassa, diz Tomás de Kempis, todos os desejos dos santos; ele inclui, de forma resumida, as sentenças mais doces dos salmos e dos cânticos; ele pede tudo aquilo de que temos necessidade; ele louva a Deus de maneira excelente; ele eleva a alma da Terra ao Céu e une-a estreitamente a Deus.
Devemos recitar a oração dominical com a segurança de que o Pai eterno a ouvirá, pois trata-se da oração de seu Filho, que Ele nunca deixa de ouvir, e nós somos seus membros; de facto, como pode um Pai tão bom recusar pedido tão bem formulado e apoiado nos méritos e na recomendação de um Filho tão digno?