A página da Paróquia de São Francisco Xavier vai apresentar diariamente textos para reflexão neste período conturbado da pandemia.
O texto de hoje é sobre São José Operário.

São José Operário

Vatican News

Carpinteiro, ferreiro, serralheiro: assim era São José – como narram os Evangelhos -, além de ser esposo de Maria e pai terreno de Jesus. Com a sua vida de operário honesto, São José enobrece o trabalho manual, com o qual mantinha a sua Sagrada Família, e participa no plano salvífico.

José, o “Justo”
Assim é chamado pelas Escrituras. Com esta denominação de “o Justo”, a linguagem bíblica define todos aqueles que amam e respeitam a Lei, como expressão da vontade de Deus, como José.

Descendente da Casa de David, ainda não tinha idade avançada quando ficou noivo de Maria. Como a sua noiva, ele também disse “sim” ao anjo, que lhe apareceu em sonhos, para tranquilizá-lo sobre a gravidez de Maria, fruto do Espírito Santo. A sua característica é o escondimento, manter-se à distância.
Quando Jesus começou sua vida pública, com o casamento de Caná, o Novo Testamento não o menciona mais: provavelmente ele teria morrido, mas não sabemos como e quando, muito menos onde foi sepultado.

Trabalho: participação do desígnio divino
Como um pai que ensina aos seus filhos a arte do trabalho, assim José também o fez com Jesus. Ele mesmo foi chamado, várias vezes, nos Evangelhos, como “o filho do carpinteiro” ou simplesmente “carpinteiro”. Logo, acima de tudo, São José representa a dignidade do trabalho humano, dever e perfeição do homem, exerce o seu domínio sobre a Criação, prolonga a obra do Criador, presta serviço à comunidade e contribui para o plano de salvação.
José amava o seu trabalho. Nunca reclamava do cansaço, mas, como homem de fé, elevou-o à prática da virtude; sempre demonstrou a sua felicidade, pois não aspirava à riqueza e não invejava os ricos: para ele, o trabalho não era um meio para satisfazer a sua ganância, mas apenas um meio para sustentar a família. Depois, segundo a prescrição para os judeus, aos sábados, ele observava o descanso semanal e participava nas celebrações.
Não devemos nos surpreender com este nobre conceito do trabalho mais humilde, o manual: de facto, no Antigo Testamento, Deus é representado, em tempo oportuno, como vinheiro, semeador, pastor.

Dia de São José Operário
Este dia foi estabelecido, oficialmente, por Pio XII, em 1 de Maio de 1955, para ajudar os trabalhadores a não perderem o sentido cristão do trabalho, assim expresso. Mas, por sua vez, Pio IX já havia, de alguma forma, reconhecido a importância de São José, como trabalhador, quando o proclamou Padroeiro universal da Igreja.
O conceito do trabalho, como meio de salvação eterna, foi retomado também por São João Paulo II na sua Encíclica “Laborem Exercens”, onde é chamado “Evangelho do trabalho”. Parece ainda que até o Cardeal Roncalli – futuro Papa João XXIII – eleito como Sucessor de Pedro, pensou em escolher o nome José, porque era muito devoto do Santo, pai terreno de Jesus.

Muitos outros Santos também foram devotos de São José, como Santa Teresa de Ávila.