Mensagem do nosso Prior.
Como anunciado, o recomeço da celebração “comunitária” da Santa Missa nas nossas igrejas vai acontecer já no próximo sábado e domingo, dias 30 e 31 de Maio, em que se celebra a Solenidade de Pentecostes.
Na Igreja de São Francisco Xavier a primeira missa a ser celebrada de portas abertas e com a presença dos fiéis será no sábado, dia 30, às 19h00. No domingo, dia 31, voltarão a ser celebradas, como habitualmente, as missas das 12h15 e 18h30.
E, a partir do dia 1 de Junho, nos dias de semana, recomeçarão as missas das sete horas da tarde (de terça-feira a sábado).
Também serão retomados os tempos habituais de adoração do Santíssimo Sacramento e os horários habituais de confissões, e bem assim a recitação do Terço.
Em todas as celebrações da Santa Missa e do sacramento da Penitência, tal como dos outros sacramentos, e bem assim nos restantes actos de culto ou tempos de oração pessoal ou comunitária, serão cuidadosamente tidas em conta e aplicadas as Orientações da Conferência Episcopal Portuguesa para a celebração do Culto público católico no contexto da pandemia COVID-19, que podem ser lidas aqui.
O espaço físico do templo estará devidamente preparado e assinalado para que se ocupem os lugares previstos, mantendo as distâncias estabelecidas.
A entrada para a Igreja Paroquial será feita pela porta lateral e a saída pela porta do fundo.
Em cada Missa dominical (incluindo a de sábado à tarde) haverá um grupo de paroquianos que acolherá e encaminhará todos os que pretendam participar na Santa Missa. Tudo será feito com a serenidade e espírito de responsabilidade próprios de fiéis católicos que conhecem bem os seus deveres religiosos e cívicos, e tudo desejam realizar em espírito de caridade.
O recomeço da celebração pública da Santa Missa será certamente para todos os fiéis uma fonte de imensa alegria, e tanto maior quanto a sua privação, que se prolonga há cerca de dois longos meses, representou uma dolorosa provação, que a transmissão da celebração eucarística pela televisão e pelas redes sociais minorou um pouco, mas sem nunca a poder compensar ou substituir.
Que todos os que não estejam impedidos por graves motivos de doença, ou outros, venham, pois, de novo, e sem medo, (ainda que com todas as precauções recomendadas), à celebração da Eucaristia, a Santa Missa.
Todos viremos movidos e atraídos pela certeza de fé de que, com disse um dia o Papa Francisco, “cada celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso que é Jesus ressuscitado” (Audiência Geral de 22/11/2017).
E o Santo Padre explicou claramente o que significa participar na Missa:
“Participar na Missa, em particular aos domingos, significa entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela sua luz, abrasados pelo seu calor. Através da celebração eucarística o Espírito Santo torna-nos partícipes da vida divina que é capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal. E na sua passagem da morte para a vida, do tempo para a eternidade, o Senhor Jesus arrasta-nos também a nós com Ele para fazer a Páscoa. Na Missa faz-se a Pascoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus, morto e ressuscitado e Ele arrasta-nos em frente, para a vida eterna. Na Missa unimo-nos a Ele. Aliás, Cristo vive em nós e nós vivemos n’Ele: «Estou crucificado com Cristo — diz S. Paulo —, já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim» (Gl 2, 19-20)”.
O Santo Padre apresentou depois a participação na Missa como uma ida ao Calvário, e mostrou claramente algumas consequências que daí decorrem:
“É este o significado da Missa: entrar nesta paixão, morte, ressurreição, ascensão de Jesus; quando vamos à Missa é como se fôssemos ao calvário, a mesma coisa. Mas pensai: no momento da Missa vamos ao calvário — usemos a imaginação — e sabemos que aquele homem ali é Jesus. Mas, será que nos permitiríamos conversar, tirar fotografias, dar um pouco de espectáculo? Não! Porque é Jesus! Certamente estaríamos em silêncio, no pranto e também na alegria de sermos salvos. Quando entramos na Igreja para celebrar a Missa pensemos nisto: entro no calvário, onde Jesus oferece a sua vida por mim. E assim desaparece o espectáculo, desaparecem as tagarelices, os comentários e estas coisas que nos afastam de algo tão bonito que é a Missa, o triunfo de Jesus”.
Assim se compreende a fome e a sede da Missa – e não apenas da comunhão sacramental – que existe em todos os fiéis conscientes do que é a Missa e de qual é o seu infinito valor.
Que nas nossas igrejas só fiquem mesmo vazios os lugares que, por segurança, e enquanto não for vencida a pandemia, não possam ser ocupados.
Que aqueles católicos que antes já não vinham à Missa, voltem agora de novo, e todos descubram o seu lugar no Coração de Cristo e por Ele na Igreja, experimentando assim a alegria do reencontro, da amizade, da caridade, do serviço e da missão.
Cón. José Manuel dos Santos Ferreira