O Papa Francisco questiona na sua Mensagem para a Quaresma de 2020 os que acumulam riqueza, apelando a uma “economia mais justa e inclusiva”, partilhando a riqueza, não a acumulando só para si.

“A partilha, na caridade, torna o homem mais humano; com a acumulação, corre o risco de embrutecer, fechado no seu egoísmo. Podemos e devemos ir mais além, considerando as dimensões estruturais da economia”, sublinha, na Mensagem, que orienta o tempo de preparação para a Páscoa e que tem como tema ‘Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus’, partindo de uma passagem da segunda carta de São Paulo aos Coríntios.

“Também hoje é importante chamar os homens e mulheres de boa vontade à partilha dos seus bens com os mais necessitados através da esmola, como forma de participação pessoal na edificação dum mundo mais justo”, escreve o pontífice.

O Papa sublinha que, na Quaresma de 2020 – mais concretamente, de 26 a 28 de Março –, convocou para Assis jovens economistas, empresários e agentes de mudança (changemakers), “com o objectivo de contribuir para delinear uma economia mais justa e inclusiva do que a actual”.

 

O Papa destaca a importância da oração no tempo quaresmal, que apresenta como oportunidade de “mudança de rumo” na vida de cada um.

“Invoco a intercessão de Maria Santíssima sobre a próxima Quaresma, para que acolhamos o apelo a deixarmo-nos reconciliar com Deus, fixemos o olhar do coração no Mistério pascal e nos convertamos a um diálogo aberto e sincero com Deus”, conclui.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que se iniciou no dia 26 com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Agência Ecclesia