Padre António de Oliveira Colimão
(1991/1993-2016)
O Pe. António de Oliveira Colimão foi prior de S. Francisco Xavier entre 1993 e 2016, mas a sua ligação à Paróquia iniciou-se dois anos antes, quando esteve interinamente como pároco, acumulando com as responsabilidades pastorais na Cruz Quebrada/Dafundo.
Os primeiros anos como sacerdote

Natural de Silvassá, Nagar-Avely, Damão (Índia), onde nasceu a 2 de Março de 1936, foi ordenado sacerdote em 2 de Dezembro de 1964 em Bombaím, durante o Congresso Eucarístico Internacional realizado aquando da visita do Papa Paulo VI ao país.

Depois de frequentar escolas primárias em Damão, frequentou o ensino liceal no Seminário das Missões de S. Francisco Xavier no Pilar, Goa, onde cursou posteriormente Teologia e Filosofia.

Os seus estudos incluem Música Clássica Indiana, na Academia de Música de Allahabad, Índia, e Ciência Política na Universidade de Karnatak, também na Índia.

Já como sacerdote, fez estágio pastoral em Bombaím, durante 4 meses, sob a direcção do Teólogo e Induísta Pe. Clostemayer, svd, e 6 meses na Diocese de Sambalpur, Orissa, na Missão de Arbá Jorãbháhãr.

Durante 6 anos ocupou o cargo de Professor do Seminário Maior de S. Francisco Xavier, no Pilar, Goa, de Canto Gregoriano, Música Clássica Indiana e Música Ocidental e também da Direcção do Orfeão de Santa Cecília e Orquestra Xaveriana do Seminário do Pilar, Goa.

Em Portugal

Desde 1970 está em Portugal, tendo colaborado na Paróquia de Ajuda ao longo de cerca de 6 meses e mais tarde deu assistência à Paróquia de Carcavelos durante 13 anos, acompanhando o Pe. Aleixo.

Foi Pároco da Cruz Quebrada e Dafundo de 1983 a 1993, e acumulou, desde 1991, como Pároco interino de S. Francisco Xavier.

Em 1993 o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, nomeou-o Pároco efectivo de S. Francisco Xavier, com a incumbência de formar a nova Comunidade Paroquial do Alto do Restelo, acabada de se separar de Santa Maria de Belém (em 1990), bem como construir uma Nova Igreja Paroquial dedicada ao Grande Apóstolo do Oriente.

Com um grupo de naturais de Damão e Diu, a partir do ano de 1984, fundou a Associação Fraternidade Damão, Diu e Simpatizantes, que foi oficializada em 1990, com o fim de manter e promover a Cultura Indo-Portuguesa, em Damão, Diu e Nagar Haveli.

Deu aulas de Konkanni, na Universidade Católica, através da Associação REGRESSO das Caravelas, ao longo de 3 anos.

Além da responsabilidade pastoral da Paróquia de S. Francisco Xavier, foi Capelão ou Assistente Religioso de duas Prisões em Caxias – Reduto Norte e Sul.

Desde 1997 é confessor extraordinário das Irmãs Missionárias de Caridade – Irmãs de Calcutá – em Chelas.

O Pe. Colimão desenvolveu esforços para arrancar com o projecto da Nova Igreja, um sonho de muitos anos desta comunidade, que se concretizou a 03 de Dezembro de 2011: após longos e difíceis anos, o novo templo foi benzido pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.

Finalmente, a 01 de Outubro de 2012, quase um ano depois, foi possível transferir toda a actividade da Paróquia para as novas instalações.

O Pe. António Colimão teve um primeiro problema de saúde em Janeiro de 2015,  tendo sido internado de urgência no Hospital de Santa Cruz, onde foi submetido a um cateterismo.

Durante a sua ausência, por alguns meses, foi substituído temporariamente pelo Pe. Valter Malaquias, prior de Santos-o-Velho e de S. Francisco de Paula, a pedido de D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, responsável pela Vigararia III. a que pertence a Paróquia de S. Francisco Xavier.

Cerca de um ano depois, a 14 de Fevereiro de 2016, o Pe. Colimão foi de novo internado, no Hospital de S. Francisco Xavier. A gravidade do seu estado de saúde levou o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, a nomear o Pe. Valter Malaquias como Administrador Paroquial, a 03 de Março de 2016.

O Pe. Colimão teve alta a 11 de Março, mas no dia 01 de Julho voltou a ser internado, tendo sido submetido a nova intervenção cirúrgica.

Desde então, com algumas passagens pelo hospital, o Pe. Colimão tem colaborado na Paróquia, concelebrando em algumas missas diárias e dominicais.

Face ao estado debilitado do Pe. Colimão, o Patriarca nomeou, a 16 de Julho, o Cónego José Manuel Santos Ferreira como novo Prior de S. Francisco Xavier, mantendo-se como pároco de Santa Maria de Belém.

Na mesma data foi nomeado Vigário Paroquial (coadjutor) o Pe. Marcos Martins, ordenado em 26 de Junho deste ano.

A posse foi conferida por D. Joaquim Mendes a 11 de Setembro, na Missa das 18h30, na Igreja Paroquial.

Em Outubro de 2012, o paroquiano Luís Camilo Alves criou as armas do Pe. António Colimão, cuja imagem fica aqui.

Leitura Heráldica

Escudo amendoado. Cortado, uma faixa ondeada de azul, brocante do traço da partição. O primeiro de ouro, tendo à sinistra uma lamparina de negro, flamejante de vermelho e ouro; à dextra uma lira de verde; e posto em chefe o Sagrado Coração de Jesus, de sua cor, abraçado e ferido pela coroa de espinhos, flamejante e encimado por uma cruz latina, ambos de vermelho, com a chama realçada a ouro.
O segundo de vermelho, com uma oliveira de verde, frutada de ouro e arrancada de prata. Sob o escudo, a cruz da Ordem de Malta, sendo visíveis apenas as pontas dos braços. Chapéu e borlas da sua dignidade.
Mote: “Acredito, Tento Viver e Testemunhar”.

Descrição Simbólica e Espiritual

O escudo em forma de amêndoa é inspirado no mapa da Índia, pais de onde é natural o armigerado.

A faixa ondeada de azul repete a faixa presente nas armas da cidade de Damão, onde nasceu. Simboliza também o “mar” que atravessou para chegar a Portugal.

O campo de ouro representa a dimensão espiritual.

A lira lembra o seu talento e vocação musical e a cor verde a alegria. A lâmpada acesa evoca a chama constante da fé na sua vida e a cor negra a humildade.

O Sagrado Coração de Jesus é um dos atributos de São Francisco Xavier, santo preponderante ao longo da vida do armigerado.

A Oliveira verde em campo vermelho repete as armas do seu apelido.

A cruz sob o escudo representa a Ordem de Malta, de que é distinto membro.