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Igreja Paroquial
Igreja Paroquial
A Paróquia de S. Francisco Xavier tem uma nova Igreja Paroquial, cuja Dedicação e Bênção da Nova Igreja se realizou a 03 de Dezembro de 2011, apenas cerca de dois anos depois do início das obras de construção (17 de Novembro de 2009). A 01 de Outubro de 2012 fez-se finalmente a transferência de toda a actividade paroquial para o novo templo.
A rapidez da construção está em profundo contraste com a extrema lentidão de todo o processo relativo à igreja Paróquia, iniciado em meados dos anos 80, uma verdadeira Via Sacra.
O sonho da existência de uma Igreja Paroquial começou a tomar forma pouco depois de uma Comissão de Leigos ter sido formada a 03 de Dezembro de 1980, sob orientação de D. Albino Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa, com o objectivo de preparar a desanexação de Santa Maria de Belém, à qual S. Francisco Xavier estava ligada desde as sua criação, em 25 de Março de 1959.
A Comissão de Leigos, orientada pelo Pároco de então de Santa Maria de Belém, Pe. Henrique Canas, iniciou diligências para a recolha de fundos destinados à construção da Igreja Paroquial de S. Francisco Xavier.
O primeiro passo concreto ocorreu a 24 de Fevereiro de 1983, data da escritura pública de compra de um terreno de 2.836 metros quadrados à Câmara Municipal de Lisboa, na altura presidida pelo eng. Nuno Krus Abecasis. O terreno custou 283.600 escudos.
Com um terreno próprio, começou então a longa Via Sacra, aqui resumida nas suas 14 estações:
I – A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) diligenciaram junto do Paróquia para a permuta do terreno destinado à Nova Igreja, de menores dimensões, a poucos metros, prometendo, em troca, oferecer o projecto de arquitectura.
A licença para a troca de terrenos foi dada verbalmente pelo Sr. D. António Reis Rodrigues, tendo sido acompanhado todo o processo por D. Albino Cleto. A 8 de Agosto de 1995, o Patriarcado, por intermédio de D. Albino, deu finalmente autorização oficial, decorrendo pouco depois a cerimónia de assinatura da permuta.
II – Em Abril de 1997, a 28, registou-se a aprovação do Programa Base da futura Igreja Paroquial, no qual são definidos os edifícios a construir, respectivas áreas e utilização futura.
III – A CML e a Comissão Fabriqueira da Paróquia celebram um protocolo a 25 de Junho de 1997 no qual a edilidade promete oferecer o projecto de arquitectura e de especialidades, escolhendo o arquitecto Troufa Real para desenhar a nova Igreja Paroquial.
IV – A 18 de Outubro de 1999, Troufa Real faz a entrega na Paróquia da maqueta do complexo da Nova Igreja Paroquial, que inclui uma torre e campanário, além de uma miradouro, a Igreja propriamente dita, a Residência Paroquial e um edifício destinado ao Centro Social, Salão de Conferências e salas para Catequese e outras actividades.
O projecto, arrojado, dá a forma de uma caravela à Igreja e aplica cores fortes a alguns dos edifícios, fazendo ligação directa às cores das bandeiras portuguesa e indiana, à vida de S. Francisco Xavier e aos locais onde exerceu a sua actividade missionária.
A proposta do arquitecto suscitou alguma polémica, entretanto ultrapassada.
V – O protocolo sobre a oferta do projecto de arquitectura e de especialidades foi renegociado mais tarde, tendo sido obtida aprovação camarária unânime. O novo protocolo foi assinado a 27 de Dezembro de 2001, ainda na presidência de João Soares, comprometendo-se a edilidade a comparticipar com 46,8 mil contos (cerca de 234 mil euros), mas até agora apenas foi entregue uma primeira fatia de cinco mil contos, após as eleições.
VI – O caminho para a Nova Igreja começou a ficar mais plano, mas ainda longo, a 19 de Maio de 2004, data que a CML aprovou o projecto de arquitectura, desencadeando-se os processos de licenciamento da construção, enquanto no Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado de Lisboa o projecto só obteve aprovação ao fim de quase quatro anos…
VII – Em Julho de 2007 a Paróquia consegue finalmente a licença da aprovação do projecto da Nova Igreja Paroquial. E a 6 de Dezembro de 1997 realiza-se a cerimónia de bênção e lançamento da primeira pedra, presidida pelo então Bispo Coadjutor de Lisboa, D. José Policarpo.
VIII – Ano e meio depois, em Dezembro de 2008, a Câmara Municipal de Lisboa emitiu a necessária licença de construção.
IX – Ainda em Dezembro de 2008, a Comissão da Nova Igreja, entretanto criada na Paróquia para auxiliar o Pe. António Colimão em todo este processo, escolheu de entre vários candidatos a Construtora Vila Franca para realizar a edificação da obra.
X – Quase um ano depois, a 25 de Setembro de 2009, após múltiplas diligências, o Pe. António Colimão recebeu finalmente a credencial do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, indispensável para a celebração do contrato com a Construtora Vila Franca.
XI – A formalização do contrato ocorreu a 9 de Outubro de 2009, numa cerimónia realizada na actual Igreja Paroquial, iniciando-se as obras a 17 de Novembro de 2009.
XII – Iniciam-se negociações com vários bancos para financiamento da obra, tendo sido escolhido o Banco Espírito Santo (BES), com quem foi contratualizado um empréstimo de 3 milhões de euros, para o qual foi recebida, a 27 de Outubro de 2010, a indispensável credencial do Cardeal Patriarca de Lisboa, autorizando a contracção desse empréstimo.
XIII – O empréstimo de 3 milhões de euros foi assinado com o BES a 15 de Novembro de 2010. Esta verba apenas contempla a primeira fase das obras, que inclui a construção da Igreja e da Residência Paroquial, deixando para mais tarde a torre (mas cujas fundações estão prontas) e o Centro Social.
XIV – A 3 de Dezembro de 2011 o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, preside à Dedicação e Bênção da Nova Igreja Paroquial.
Depois da Dedicação e Bênção, a Igreja esteve encerrada para ultimar as obras finais.
Finalmente, a 01 de Outubro de 2012, quase um ano depois, foi possível transferir toda a actividade da Paróquia para as novas instalações.
Igreja da Sagrada Família - Caselas
Igreja da Sagrada Família – Caselas
Ex-libris deste lindo bairro lisboeta, fica no topo poente da rua com o seu nome, à entrada do bairro pelo acesso de Monsanto.
Entre 1944 e 1949, quando se plantava o parque de Monsanto, nascia por instruções do antigo Ministério das Corporações um bairro de Casas Económicas, com 159 alojamentos, em moradias geminadas de dois pisos, uma escola primária, um clube recreativo, e a Igreja de Caselas, começada a construir em 1947. O projecto do bairro foi do Arquitecto Couto Martins e encarregou-se das obras o construtor António Mendes.
O Cardeal Patriarca de então, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, benzeu o bairro na sua inauguração, em 27 de Abril de 1949, e dedicou a igreja à Sagrada Família, bem como o bairro que tomou o nome de “Bairro de Casas Económicas de Sagrada Família de Caselas”. Nessa altura o bairro ficou a fazer parte da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda.
A 24 de Fevereiro de 1950 o Pe. Abílio da Costa Reis Lima foi nomeado Capelão de Caselas, tendo tido uma acção notável e tendo também tomado parte activa na fundação do Ginásio, do qual era o sócio número 2.
Em 24 de Julho de 1978 o Padre Francisco dos Santos Costa foi nomeado sucessor do Pe. Reis Lima, que falecera. Promoveu de imediato pequenos arranjos dando início a uma campanha de angariação de fundos para obras, que consistiram em: capela mortuária no sítio do baptistério e da saleta para reuniões, definitiva colocação de Fonte Baptismal, altifalantes, painel de azulejos alusivos ao Presépio, reparação de outro painel, colocação de uma artística grade de ferro para defesa e protecção da igreja e dos painéis de azulejos da entrada.
As obras, orçadas em perto de 209 mil escudos, começaram em Fevereiro de 1979, e terminaram em 1979, no 30º aniversário da inauguração da igreja, com festa muito concorrida.
Por diversas vezes a Igreja da Sagrada Família foi visitada por prelados ilustres: Em 1953 o Arcebispo de Cízico aqui pregou um tríduo preparatório da festa da Sagrada Família. Em 1959, quando da criação da freguesia de São Francisco Xavier, dois Bispos Missionários de Angola trouxeram em procissão a imagem de Francisco Xavier.
Presentemente, além de Baptizados e Casamentos, na Igreja de Caselas celebra-se a Eucaristia aos Domingos, às 10h30.
É actualmente a única Igreja da Paróquia com Capela Mortuária.
Ermida de São Jerónimo
Ermida de São Jerónimo
Construída em 1514 dentro dos terrenos da Cerca dos monges do Mosteiro de Santa Maria de Belém, a Ermida de São Jerónimo é sóbria e de raro equilíbrio de volumes, que impressiona e encanta todo o visitante, não só pelo seu exterior, mas principalmente pelo interior – uma autêntica e minúscula réplica do gigante Mosteiro dos Jerónimos.
Tem planta quadrangular rematada no topo por um cordão interrompido por quatro pináculos cónicos de forma retorcida; em cada canto existem gárgulas semelhante às do soberbo Claustro do Mosteiro dos Jerónimos e os seus cunhais exteriores estão reforçados por quatro «gigantes» a suportar o peso das paredes e do tecto.
A porta principal, de reduzida dimensão e decoração simples (um escudo real, encimado pela coroa, ladeada por duas esferas armilares, símbolos do reinado de D. Manuel II), está virada para ocidente, proporcionando um maravilhoso panorama do horizonte.
Quem teria projectado e construído a Capela? É atribuída ao Mestre Boitaca e construída por Mestre Rodrigo Afonso (?!).
Desde que os frades abandonaram o Mosteiro, a Capelinha serviu de arrecadação de coisas várias. Pelo Decreto lei nº 32 973 de 18/8/95 passa a ser considerada Monumento Nacional.
Em 1976 é cedida, por empréstimo, para o culto habitual de sábados e domingos, segundo o calendário do Rito Ortodoxo de Portugal à Igreja Ortodoxa Russa. Foi devolvida ao Patriarcado em 1978 e faz parte integrante da Paróquia de São Francisco Xavier.
Presentemente a Ermida de São Jerónimo é muito solicitada para Baptismos e Casamentos.
História da paróquia
História da paróquia
A Paróquia de S. Francisco Xavier foi criada em 25 de Março de 1959 por decreto canónico do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, mas manteve-se integrada em Santa Maria de Belém até 1990, embora a partir de 1980 existisse uma Comissão de Leigos.
Na altura a criação da paróquia foi justificada com a necessidade de haver uma “conveniente correspondência entre as freguesias civis e as paróquias religiosas”, face à nova divisão administrativa de Lisboa.
O texto do decreto definia os limites da nova Paróquia, mas estipulava que “fica provisoriamente anexa à de Santa Maria de Belém”. O caminho para a desanexação começou a ser feito a 03 de Dezembro de 1980 (dia do Padroeiro), data em que um documento assinado por D. Albino Cleto, então Bispo Auxiliar de Lisboa, nomeia uma Comissão de Leigos, orientada pelo Pároco de Belém na época, Cónego Henrique Canas, encarregada de preparar a desanexação, que haveria de ocorrer formalmente a 03 de Dezembro de 1989, com a sagração do pré-fabricado que passou a servir de sede da Paróquia.
Integravam a comissão, além do Cón. Canas: Dr. Henrique Carvalho Costa, Dr. António Gonçalves Lourenço, Arq. José Nicolau Tudela, Eng. Adelino Bela Morais e Maria Ana Allen Themudo.
Uma das primeiras decisões da Comissão de Leigos foi a de que os ofertórios dos primeiros domingos de cada mês nas missas na Paróquia de Santa Maria de Belém seriam para S. Francisco Xavier, com o objectivo de começar a arranjar fundos para a nova Paróquia.
Realizou-se nesse ano pela primeira vez uma Venda de Natal, que ainda hoje perdura, sendo a mais antiga das iniciativas criadas para angariar fundos para a edificação da Igreja Paroquial.
A primeira Igreja e o primeiro pároco efectivo
Sob a orientação de D. Albino Cleto, foi construído um pré-fabricado para servir como sede da Paróquia. A 03 de Dezembro de 1989, na Festa do Padroeiro da Paróquia, foi feita a sagração do templo, tendo sido fornecidas pelo Bispo algumas normas enquanto não fosse designado um Pároco.
A única actividade religiosa que então se realizava era a reza diária do terço, orientada por um grupo de paroquianos. Pouco tempo depois, a Paróquia recebeu como responsável interino o Pe. Mário Pires, missionário espiritano, tendo nessa altura começado a celebração regular da missa dominical e o serviço pastoral da Catequese.
A actividade deste sacerdote foi muito importante para o desenvolvimento de um espírito de comunidade paroquial, que conheceu um novo impulso com a chegada, em 1990, do primeiro Pároco efectivo: o Pe. José Andrade, natural de Goa, pertencente ao clero dessa Arquidiocese.
A posse ocorreu no dia 10 de Agosto de 1990 numa concelebração solene, na Capela do Externato do Colégio de São José das Irmãs Dominicanas.
Muito dedicado e amigo, o Pe. José Andrade trabalhou incansavelmente na construção da comunidade paroquial, mas por razões de saúde acabou por ter de se afastar em finais de 1991.
Pe. António Colimão
A 21 de Novembro de 1991 o Patriarcado incumbiu o Pe. António de Oliveira Colimão, Prior da Cruz Quebrada e Dafundo, de tomar conta da comunidade de S. Francisco Xavier durante o período de
convalescença do Pároco.
Dois anos depois, a 23 de Setembro de 1993, o Cardeal Patriarca de então, D. António Ribeiro, nomeou-o como Pároco efectivo de S. Francisco Xavier, tendo a posse decorrido numa missa concelebrada, no Salão da Escola Primária nº 30, no Restelo. O Pe. Andrade, dado o seu estado de saúde, passou a desempenhar as funções de coadjutor.
Desde essa altura o Pe. Colimão desenvolveu esforços para arrancar com o projecto da Nova Igreja, um sonho de muitos anos desta comunidade, que se concretizou a 03 de Dezembro de 2011: após longos e difíceis anos, o novo templo foi benzido pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.
A Igreja Paroquial
Sonho antigo dos Paroquianos de S. Francisco Xavier, a construção de uma Igreja Paroquial começou no papel em 1980, com a Comissão de Leigos criada para preparar a desanexação de Santa Maria de Belém, mas só teve concretização em Novembro de 2009, com o início das obras.
Ao longo de quase 30 anos, o processo teve avanços e recuos, como se conta aqui.
Um dos impulsos decisivos foi dado por D. José Policarpo, então Bispo Coadjutor de Lisboa, com a bênção da primeira pedra, a 06 de Dezembro de 1997.
Finalmente, a 03 de Dezembro de 2011, dois anos depois do início das obras, D. José Policarpo, agora como Cardeal Patriarca de Lisboa, presidiu à cerimónia de Dedicação e Bênção da Nova Igreja Paroquial.
Encerrada durante quase um ano para ultimação de obras, o ainda incompleto complexo da Igreja Paroquial passou a ser a ser a sede da Paróquia de S. Francisco Xavier, a 01 de Outubro de 2012.
Cónego Dr. José Manuel Ferreira
Com problemas de saúde, o Pe. Colimão foi substituído temporariamente em 2015 pelo Pe. Valter Malaquias, prior de Santos-o-Velho e de S. Francisco de Paula, a pedido de D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, responsável pela Vigararia III. a que pertence a Paróquia de S. Francisco Xavier.
A persistência de problemas de saúde levou o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, a nomear o Pe. Valter Malaquias como Administrador Paroquial, a 03 de Março de 2016.
Finalmente, D. Manuel Clemente nomeou, a 16 de Julho de 2016, o Cónego José Manuel Santos Ferreira como novo Prior de S. Francisco Xavier, mantendo-se como pároco de Santa Maria de Belém.
Na mesma data foi nomeado Vigário Paroquial (coadjutor) o Pe. Marcos Martins, ordenado em 26 de Junho de 2016.
A posse foi conferida por D. Joaquim Mendes a 11 de Setembro de 2016, na Missa das 18h30, na Igreja Paroquial.
Antigos Priores
Padre António de Oliveira Colimão (1991/1993-2016)
O Pe. António de Oliveira Colimão foi prior de S. Francisco Xavier entre 1993 e 2016, mas a sua ligação à Paróquia iniciou-se dois anos antes, quando esteve interinamente como pároco, acumulando com as responsabilidades pastorais na Cruz Quebrada/Dafundo.
Os primeiros anos como sacerdote
Natural de Silvassá, Nagar-Avely, Damão (Índia), onde nasceu a 2 de Março de 1936, foi ordenado sacerdote em 2 de Dezembro de 1964 em Bombaím, durante o Congresso Eucarístico Internacional realizado aquando da visita do Papa Paulo VI ao país.
Depois de frequentar escolas primárias em Damão, frequentou o ensino liceal no Seminário das Missões de S. Francisco Xavier no Pilar, Goa, onde cursou posteriormente Teologia e Filosofia.
Os seus estudos incluem Música Clássica Indiana, na Academia de Música de Allahabad, Índia, e Ciência Política na Universidade de Karnatak, também na Índia.
Já como sacerdote, fez estágio pastoral em Bombaím, durante 4 meses, sob a direcção do Teólogo e Induísta Pe. Clostemayer, svd, e 6 meses na Diocese de Sambalpur, Orissa, na Missão de Arbá Jorãbháhãr.
Durante 6 anos ocupou o cargo de Professor do Seminário Maior de S. Francisco Xavier, no Pilar, Goa, de Canto Gregoriano, Música Clássica Indiana e Música Ocidental e também da Direcção do Orfeão de Santa Cecília e Orquestra Xaveriana do Seminário do Pilar, Goa.
Em Portugal
Desde 1970 está em Portugal, tendo colaborado na Paróquia de Ajuda ao longo de cerca de 6 meses e mais tarde deu assistência à Paróquia de Carcavelos durante 13 anos, acompanhando o Pe. Aleixo.
Foi Pároco da Cruz Quebrada e Dafundo de 1983 a 1993, e acumulou, desde 1991, como Pároco interino de S. Francisco Xavier.
Em 1993 o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, nomeou-o Pároco efectivo de S. Francisco Xavier, com a incumbência de formar a nova Comunidade Paroquial do Alto do Restelo, acabada de se separar de Santa Maria de Belém (em 1990), bem como construir uma Nova Igreja Paroquial dedicada ao Grande Apóstolo do Oriente.
Com um grupo de naturais de Damão e Diu, a partir do ano de 1984, fundou a Associação Fraternidade Damão, Diu e Simpatizantes, que foi oficializada em 1990, com o fim de manter e promover a Cultura Indo-Portuguesa, em Damão, Diu e Nagar Haveli.
Deu aulas de Konkanni, na Universidade Católica, através da Associação REGRESSO das Caravelas, ao longo de 3 anos.
Além da responsabilidade pastoral da Paróquia de S. Francisco Xavier, foi Capelão ou Assistente Religioso de duas Prisões em Caxias – Reduto Norte e Sul.
Desde 1997 é confessor extraordinário das Irmãs Missionárias de Caridade – Irmãs de Calcutá – em Chelas.
O Pe. Colimão desenvolveu esforços para arrancar com o projecto da Nova Igreja, um sonho de muitos anos desta comunidade, que se concretizou a 03 de Dezembro de 2011: após longos e difíceis anos, o novo templo foi benzido pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.
Finalmente, a 01 de Outubro de 2012, quase um ano depois, foi possível transferir toda a actividade da Paróquia para as novas instalações.
O Pe. António Colimão teve um primeiro problema de saúde em Janeiro de 2015, tendo sido internado de urgência no Hospital de Santa Cruz, onde foi submetido a um cateterismo.
Durante a sua ausência, por alguns meses, foi substituído temporariamente pelo Pe. Valter Malaquias, prior de Santos-o-Velho e de S. Francisco de Paula, a pedido de D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, responsável pela Vigararia III. a que pertence a Paróquia de S. Francisco Xavier.
Cerca de um ano depois, a 14 de Fevereiro de 2016, o Pe. Colimão foi de novo internado, no Hospital de S. Francisco Xavier. A gravidade do seu estado de saúde levou o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, a nomear o Pe. Valter Malaquias como Administrador Paroquial, a 03 de Março de 2016.
O Pe. Colimão teve alta a 11 de Março, mas no dia 01 de Julho voltou a ser internado, tendo sido submetido a nova intervenção cirúrgica.
Desde então, com algumas passagens pelo hospital, o Pe. Colimão tem colaborado na Paróquia, concelebrando em algumas missas diárias e dominicais.
Face ao estado debilitado do Pe. Colimão, o Patriarca nomeou, a 16 de Julho, o Cónego José Manuel Santos Ferreira como novo Prior de S. Francisco Xavier, mantendo-se como pároco de Santa Maria de Belém.
Na mesma data foi nomeado Vigário Paroquial (coadjutor) o Pe. Marcos Martins, ordenado em 26 de Junho deste ano.
A posse foi conferida por D. Joaquim Mendes a 11 de Setembro, na Missa das 18h30, na Igreja Paroquial.
Em Outubro de 2012, o paroquiano Luís Camilo Alves criou as armas do Pe. António Colimão, cuja imagem fica aqui.
Leitura Heráldica
Escudo amendoado. Cortado, uma faixa ondeada de azul, brocante do traço da partição. O primeiro de ouro, tendo à sinistra uma lamparina de negro, flamejante de vermelho e ouro; à dextra uma lira de verde; e posto em chefe o Sagrado Coração de Jesus, de sua cor, abraçado e ferido pela coroa de espinhos, flamejante e encimado por uma cruz latina, ambos de vermelho, com a chama realçada a ouro.
O segundo de vermelho, com uma oliveira de verde, frutada de ouro e arrancada de prata. Sob o escudo, a cruz da Ordem de Malta, sendo visíveis apenas as pontas dos braços. Chapéu e borlas da sua dignidade.
Mote: “Acredito, Tento Viver e Testemunhar”.
Descrição Simbólica e Espiritual
O escudo em forma de amêndoa é inspirado no mapa da Índia, pais de onde é natural o armigerado.
A faixa ondeada de azul repete a faixa presente nas armas da cidade de Damão, onde nasceu. Simboliza também o “mar” que atravessou para chegar a Portugal.
O campo de ouro representa a dimensão espiritual.
A lira lembra o seu talento e vocação musical e a cor verde a alegria. A lâmpada acesa evoca a chama constante da fé na sua vida e a cor negra a humildade.
O Sagrado Coração de Jesus é um dos atributos de São Francisco Xavier, santo preponderante ao longo da vida do armigerado.
A Oliveira verde em campo vermelho repete as armas do seu apelido.
A cruz sob o escudo representa a Ordem de Malta, de que é distinto membro.
Pe. José Inácio da Graça do Rosário Andrade (1990-1991)
O Pe. José Inácio da Graça do Rosário foi o primeiro Prior da Paróquia de S. Francisco Xavier, nomeado pelo então Cardeal Patriarca D. António Ribeiro a 10 de Agosto de 1980.
Natural de Margão, Índia, onde nasceu a 14 de Março de 1929, o Pe. José Andrade foi ordenado a 06 de Janeiro de 1954, tendo ficado ao serviço da diocese de Goa e Damão, na sua terra natal.
Anos mais tarde, vem para a Europa e em Setembro de 1974 é nomeado Pároco de Puerto Serrano, em Sevilha, Espanha.
Em 1980 é autorizado pelo seu prelado a trabalhar no Patriarcado de Lisboa por períodos renováveis de cinco anos.
Em 22 de Julho de 1981 toma posse como coadjutor da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Olivais-Sul, onde se mantém até 10 de Agosto de 1990.
Nessa data, D. António Ribeiro nomeia-o Prior de S. Francisco Xavier, tomando posse em celebração realizada no Colégio de S. José, das Irmãs Dominicanas.
Cerca de um ano depois, a sua saúde fica debilitada e é forçado a abrandar a vida pastoral, pelo que a 21 de Novembro de 1991 é substituído interinamente pelo Pe. António Colimão, que acumula as funções com a de Prior da Cruz Quebrada e Dafundo.
Nessa data de 21 de Novembro de 1991, o Pe. José Andrade é nomeado coadjutor da Paróquia de S. Francisco Xavier, função que acumula com a de Capelão do Hospital de S. Francisco Xavier.
O agravamento do seu estado de saúde leva-o a abandonar pouco depois as suas funções pastorais e recolhe à Casa Sacerdotal, em Lisboa.
Faleceu a 25 de Janeiro de 2001.
Vida e obra de S. Francisco Xavier
Vida e obra de S. Francisco Xavier
Francisco Xavier nasce perto de Pamplona, Espanha, a 7 de Abril de 1506, quinto filho de D. João de Jassu, Senhor de Xavier e Ydocin, e de Dona Maria de Azpilcueta e Xavier. Aos 19 anos está em Paris, instalado no Colégio de Santa Bárbara, a estudar Humanidades. Forma-se depois em Filosofia e Teologia pela Sorbonne.
Aí conhece Inácio de Loyola que viria a ser fundador da Companhia de Jesus. Torna-se seu amigo e seguidor.
A 15 de Agosto de 1534, na Capela de Montmartre, faz votos de pobreza e castidade perpétua. Recebe as Ordens Sacras em Veneza a 24 de Junho de 1537, seguindo depois para Roma onde se põe à disposição do Papa para o serviço da Igreja. A 15 de Março de 1540 parte de Roma com destino a Lisboa, onde chega três meses depois.
Enviado pelo Papa Paulo III, era a resposta de Roma aos apelos veementes do Rei de Portugal, D. JoãoIII, preocupado com a evangelização da Índia e a dilatação da Fé no Oriente.
De Portugal para o Oriente
Chegado a Lisboa, o Pe. Francisco Xavier refugia-se no Hospital de Todos-os-Santos onde de imediato se dedica aos enfermos e ao ensino da doutrina cristã. Ganha em pouco tempo a percepção do universalismo dos portugueses e de Lisboa larga, a 7 de Abril de 1541, na armada das índias, para ser Apóstolo e Santo. Antes da partida, o Rei D. João III entrega-lhe o Breve Papal nomeando-o Núncio Apostólico nas Partes da índia, com amplos poderes para estabelecer e manter a Fé em todo o Oriente.
Depois de uma breve passagem em Moçambique, chega a Goa a 6 de Maio de 1542. Logo se apresta a ir oferecer os seus serviços a D. João de Albuquerque que pastoreia a Diocese de Goa, na altura a mais dilatada da Cristandade. Rapidamente se apercebe de uma vida religiosa local muito precária, e carenciada de assistência. Os pouco mais de dez anos que se seguem até à sua morte, vai vivê-los de forma febril, andando por terra e por mar, sem nunca parar, num frenesim constante a espalhar a palavra Divina, a levar a Boa Nova.
Logo em Outubro de 1542 parte para o Sul da índia a evangelizar os pescadores da Costa da Pescaria. Visita Comorim, Manapar e Tuticorim. Em Outubro de 1543 regressa a Goa. Fundada canonicamente a Companhia de Jesus, o Padre Francisco Xavier é nomeado Superior de toda a Missão da índia Oriental, desde o Cabo da Boa Esperança até à China. Volta à Costa da Pescaria. Visita depois Cochim, Malaca, as Molucas, Macassare, Ceilão. Ensina, baptiza, e concilia príncipes desavindos.
Morte em Sanchoão
A 15 de Agosto de 1549, via Cochim e Malaca e navegando pelos mares da China, chega a Kagochima, na costa meridional do Japão. De regresso a Cochim envia cartas ao Rei D. João III. Solicita-lhe reforços missionários. Tentando a missionação na China, para lá se dirige a bordo da nau Santa Cruz. Em Singapura volta a escrever a D. João III. Em Setembro de 1552 desembarca na Ilha de Sanchoão, a dez léguas da Ilha de Macau, na China.
Aí adoece gravemente. Sofrendo vertigens e convulsões, minado por febres devoradoras, cheio de privações, morre só e pobre na noite de 2 para 3 de Dezembro de 1552. Havia percorrido milhares de quilómetros, cruzado várias vezes os mares do Índico e do Pacífico, visitado mais de cinco dezenas de reinos, fundado Igrejas, reorganizado as missões.
Exemplo de humildade e de solidariedade cristã, de amor ao próximo e de evangélica pobreza, era venerado por milhões de pessoas de todas as condições sociais, de todas as idades, de todas as etnias. A fama de Santo, o “Santo de Goa”, tinha chegado a toda a parte, as suas virtudes eram exaltadas.
Em 17 de Fevereiro de 1553 o seu corpo é removido e levado para Malaca e daqui para Goa, onde chega a 16 de Março de 1554. A recebê-lo, numa impressionante manifestação de Fé, estão o Vice-Rei, o Clero, a Nobreza e o imenso Povo.
A subida aos altares
A devoção de que já gozava em vida vai crescer extraordinariamente depois da morte. Os seus milagres tornam-se conhecidos.
A 25 de Outubro de 1605 Francisco Xavier é beatificado por Paulo V e Gregório XV canoniza-o a 12 de Março de 1622. A
24 de Fevereiro de 1748 Bento XIV proclama-o Padroeiro do Oriente.
Em 1904 Pio X coloca sob a sua protecção a Sagrada Congregação da Propagação da Fé. Em 1927, Pio XI constitui-o, com Santa Teresa do Menino Jesus, protector de todas as obras missionárias.
O seu corpo repousa numa riquíssima urna de prata, na Basílica do Bom Jesus, na Velha Goa.
Para lá se dirigem todos os anos milhares de peregrinos, crentes e mesmo não crentes, venerando o “Homem Bom”, o Apóstolo incansável.
A Igreja festeja-o todos os anos no dia 3 de Dezembro.