Palavras do nosso Prior na reunião do Conselho Pastoral de 05.02.2022
Neste sábado, 5 de Fevereiro, reuniu-se o Conselho Pastoral Paroquial na condição e qualidade de uma reunião sinodal, no contexto do Sínodo 2021-2023.
Aproveitando esta reunião, e antes do momento sinodal propriamente dito, dirigi aos presentes estas breves palavras, que agora tenho o gosto de dirigir, por meio da Folha Informativa e do site da Paróquia, a todos os paroquianos.
A primeira palavra é para realçar, de modo a que não fique esquecido, o empenho que um dedicado grupo de paroquianos colocou – no período mais agudo da pandemia – no esforço por garantir a todos os que se dirigiam à Igreja Paroquial para participar na Santa Missa, sobretudo aos domingos, as melhores condições de segurança, de acordo com as regras sanitárias e as orientações da Conferência Episcopal em vigor à época.
O acolhimento a cada pessoa, o encaminhamento para os lugares disponíveis e mais adequados, e por fim, após as celebrações, o cuidado sempre renovado por garantir a higienização dos bancos da Igreja Paroquial e de todos os espaços de uso comum, constituíram outras tantas tarefas, retomadas domingo após domingo, ao longo de muitos meses, e realizadas com inequívoco sentido eclesial, que nunca agradeceremos suficientemente, e que, estamos certos, Deus aceitou, abençoou e, assim Lho pedimos, continuará a abençoar.
A segunda palavra é para registar a extraordinária realização que foi o recente Bazar de Natal, que foi possível voltar a realizar, depois de uma longa interrupção, devido à pandemia. O trabalho da equipa que preparou e acompanhou a realização do Bazar foi inexcedível, a acção de todas e de cada uma das participantes deste grupo foi incansável, e toda a Paróquia lhes está profundamente agradecida. Também os paroquianos, desde o primeiro momento, sentiram como sua esta causa, como se comprova pela grande afluência ao Bazar, pelas ofertas feitas e pelas aquisições realizadas. A todas as empresas que colaboraram com os seus donativos deve ser também dirigida a expressão do nosso reconhecimento, porque grande parte do êxito do Bazar a elas se deve.
O contributo resultante do Bazar para a amortização da dívida da Paróquia é muito apreciável, e por isso podemos dizer que, mais uma vez, o Bazar de Natal cumpriu a sua missão e realizou o seu objectivo, certamente com a bênção de Deus e com a Sua inspiração e poderosa ajuda.
A necessidade de amortizar a dívida resultante da construção da Igreja Paroquial é inegável, não pode ser esquecida nem ignorada, e continuaremos a ser alertados, pelo menos a propósito do ofertório do primeiro domingo de cada mês, para a necessidade de angariar os fundos necessários para a satisfação das obrigações contraídas. A frequente referência a esta dívida e à necessidade de a amortizar, nos prazos acordados com a entidade bancária de que somos devedores, e que, certamente por muitos anos ainda, continuará a ser feita, não nos deprime nem nos paralisa na nossa vivência comunitária, mas dá-nos um grande sentido de responsabilidade e anima-nos na procura das melhores formas de partilha e entreajuda.
E já não vem longe o Arraial, que reunirá muitos paroquianos e tantas outras pessoas, com este mesmo objectivo, para além do grande gosto de nos encontrarmos, convivermos e fazermos festa, sob a égide dos Santos Populares, no magnífico adro da nossa Igreja Paroquial.
Uma última palavra para o Conselho para os Assuntos Económicos, a quem compete discernir as melhores formas de administrar os bens materiais da Paróquia, e que se tem dedicado, nos últimos anos, com grande empenho e competência, na busca das melhores soluções para o mesmo fim, a amortização da dívida. Não tem sido fácil esta tarefa, mas confio que a perseverança e a dedicação dos membros deste Conselho, na sua missão de avaliar e discernir as situações e de me aconselhar em vista das decisões certas, dará em breve o seu fruto.
A Paróquia de S. Francisco Xavier tem já um longo caminho percorrido e uma fisionomia bem marcada, um espírito comunitário inconfundível e um sentido eclesial muito próprio, que não está nem nunca esteve em risco. O momento sinodal que estamos a viver reforça em nós o desejo de caminhar juntos, e não propriamente por um caminho desconhecido, ou ainda por traçar, mas pelo Caminho que é Aquele que disse de Si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida”, Jesus Cristo, em cujas pegadas bem nítidas sobre a terra queremos continuar a colocar os nossos próprios passos.
Com a amizade do vosso prior
Cón. José Manuel dos Santos Ferreira