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Curso de Preparação para o Crisma

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Missa na Paróquia transmitida pela TVI

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Recomeço da Catequese

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Donativos do grupo Euromilhões à Paróquia

O grupo Euromilhões fez donativos à Paróquia no valor de 2.974,12 € ao longo deste ano de 2018 que agora termina. [ler +]

Mensagem de Natal do nosso Prior

Como pároco de S. Francisco Xavier, gostaria de lançar um profundo e sentido repto. [ler +]

Folha Informativa 07-04-2019

Domingo V da Quaresma (PDF)     TEXTO

 

Permaneceram ali só a mulher e Jesus: a miséria e a misericórdia, uma diante da outra.

E quantas vezes isto acontece a nós quando nos ajoelhamos no confessionário, com vergonha, para mostrar a nossa miséria e pedir perdão!

É suficiente o olhar cheio de misericórdia, de amor de Jesus, para fazer sentir àquela pessoa que ela não é o seu pecado, ela tem uma dignidade de pessoa; que pode mudar de vida, pode sair das suas escravidões e caminhar por uma via nova.

Papa Francisco

 

 

A LÓGICA DE DEUS

Dehonianos

Esta pequena unidade literária não pertencia, inicialmente, ao Evangelho de João: ela rompe o contexto de Jo 7-8, não possui as características do estilo joânico e o seu conteúdo não se encaixa neste Evangelho (que não se interessa por problemas deste género).

Além disso, é omitida pela maior parte dos manuscritos antigos; e as referências dos Padres da Igreja a este episódio são muito escassas. Outros manuscritos colocam-no dentro do Evangelho, mas em sítios diversos, por exemplo, no final do mesmo – como fazem algumas versões modernas da Bíblia.

Numa série de manuscritos, encontrámo-la no Evangelho de Lucas, que seria um dos lugares mais adequados, dado o interesse dele em destacar a misericórdia de Jesus. Trata-se de uma tradição independente que, no entanto, foi considerada pela Igreja como inspirada por Deus: não há dúvida que deve ser vista como “Palavra de Deus”.

O cenário de fundo coloca-nos frente a uma mulher apanhada a cometer adultério. De acordo com o AT, a mulher devia ser morta. A Lei deve ser aplicada? É este problema que é apresentado a Jesus.

Jesus não procura branquear o pecado ou desculpabilizar o comportamento da mulher. Ele sabe que o pecado não é um caminho aceitável, pois gera infelicidade e rouba a paz…

No entanto, também não aceita pactuar com uma Lei que, em nome de Deus, gera morte. Porque os esquemas de Deus são diferentes dos esquemas da Lei, Jesus fica em silêncio durante uns momentos e escreve no chão, como se pretendesse dar tempo aos participantes da cena para perceber aquilo que estava em causa.

Finalmente, convida os acusadores a tomar consciência de que o pecado é uma consequência dos nossos limites e fragilidades e que Deus entende isso: “quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”.

E continua a escrever no chão, à espera que os acusadores da mulher interiorizem a lógica de Deus – a lógica da tolerância e da compreensão.
Quando os escribas e fariseus se retiram, Jesus nem sequer pergunta à mulher se ela está ou não arrependida: convida-a, apenas, a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz (“vai e não tornes a pecar”).

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

 

Folha Informativa 31-03-2019

Domingo IV da Quaresma (PDF)     TEXTO

Que grande esperança e alegria nos dá a parábola do filho pródigo!

Murillo, o Regresso do Filho Pródigo

Nela, não se fala apenas de acolhimento ou de perdão, mas também de festa pelo filho que regressa.

Revejamo-nos naquele filho extraviado que voltou e a quem o Pai não Se cansa de abraçar e repor na sua grandeza de filho. (…)

Os braços abertos na cruz provam que ninguém é excluído do amor do Pai e da sua misericórdia.

Papa Francisco, Mensagem aos Casais de Nossa Senhora

 

 

INVEJA E MISERICÓRDIA

8.ª meditação do P. Tolentino Mendonça ao papa (síntese)

Pompeo Baton, Filho Pródigo

Um dos grandes perigos do caminho interior é o olhar autocentrado, no qual o eu é o princípio e o fim de todas as coisas.

A oitava meditação do retiro em Ariccia, próximo do Vaticano, centrou-se na parábola do filho pródigo. A narrativa traz à luz uma família humana como aquela de onde vem cada um de nós, e por isso é um espelho, revelando uma história que nos agarra por dentro, na qual se vê problematizada a relação entre irmãos que manifesta o delicado significado do vínculo filial da trama subtil e frágil de afectos que tecemos uns com os outros.

Dentro de nós, na verdade, não há apenas coisas belas, harmoniosas, resolvidas. Dentro de nós há sentimentos sufocados, muitas coisas a aclarar, patologias, inúmeros fios a ligar. Há regiões de sofrimento, questões a reconciliar, memórias e cesuras para deixar a Deus para que as cure.

O tempo actual é dominado por um desejo à deriva favorável ao surgimento de filhos pródigos, através de atitudes como o arbítrio fácil, o capricho, o hedonismo.

Estes modos de estar desenvolvem-se num vórtice enganador ditado pela sociedade dos consumos, que promete satisfazer tudo e todos ao identificar a felicidade com a saciedade. Estamos assim cheios, plenos, satisfeitos, domesticados. Mas esta saciedade que se obtém com os consumos é a prisão do desejo.

À necessidade de liberdade do filho mais novo, impelido por fantasias de omnipotência, acrescentam-se as expectativas doentias do filho maior, as mesmas que com grande facilidade se infiltram em nós.

Trata-se da dificuldade de viver a fraternidade, a pretensão de condicionar as decisões do pai, a recusa de se alegrar com o bem do outro. Tudo isto cria nele um ressentimento latente e a incapacidade de colher a lógica da misericórdia.

Aos passos falsos do filho menor, animado por um desejo à deriva, sobrepõe-se um perigo que consome o filho maior: a inveja, que é uma patologia do desejo, caracterizada pela falta de amor, uma reivindicação estéril e infeliz. O filho maior, que não conseguiu resolver a relação com o irmão, está ferido pela agressividade, barreiras e violência. O contrário da inveja é a gratidão que constrói e reconstrói o mundo.

Ao lado das figuras dos jovens, emerge a do pai, ícone da misericórdia: Tem dois filhos e compreende que deve relacionar-se com eles de maneiras diferentes, reservar a cada qual um olhar único.

A misericórdia não é dar ao outro o que ele merece. A misericórdia é compaixão, bondade, perdão. É dar a mais, dar mais além, ir mais longe. É um excesso de amor que cura as feridas.

A misericórdia é um dos atributos de Deus.

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

 

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