Notícias

Reflexão diária 18 Mar

A página da Paróquia de São Francisco Xavier vai apresentar diariamente textos para reflexão neste período conturbado da pandemia.
O primeiro texto reproduz parte da homilia do Papa Francisco, na Missa celebrada em Santa Marta. [ler +]

Cardeal Patriarca agradece “dedicação e coragem” dos profissionais de saúde

Em nova carta aos diocesanos de Lisboa, o Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, expressa “muita companhia e grande estima” e agradece a “criatividade” dos sacerdotes no acompanhamento de todas as pessoas e a “dedicação e coragem” dos profissionais de saúde. [ler +]

Nota sobre Baptismos, Matrimónios e Funerais

A Vigararia-Geral do Patriarcado de Lisboa esclareceu em nota as condições em que se podem realizar Baptismos, Matrimónios e Funerais nas paróquias da diocese, face à situação de pandemia. [ler +]

Suspensão das Celebrações Comunitárias na Paróquia

Comunicado sobre a suspensão das Celebrações Comunitárias na Paróquia de São Francisco Xavier. [ler +]

Suspensa a celebração das Missas

Em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde, a Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a actual situação de emergência.

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Retiro da Quaresma cancelado

Face à situação de pandemia, foi cancelado o Retiro Quaresmal previsto para sábado, 14 de Março, na Igreja de São Francisco Xavier, dirigido às Paróquias de São Francisco Xavier e de Santa Maria de Belém.

Folha Informativa 25-10-2020

Domingo XXX do Tempo Comum (PDF)  TEXTO

Bril, Jesus caminha sobr as águas

«Que faz com que a minha vida seja valiosa e valha a pena vivê-la, apesar de todas as dificuldades?».

A experiência do fracasso e a consciência da própria incapacidade (relacionada muitas vezes com a grande competitividade no mundo actual) levam muitos jovens à tristeza, ao desânimo e à desesperança.

Fenómenos que até há uns anos atrás conseguiam resolver-se sem demasiados dramatismos (aprendia-se que o fracasso faz parte da vida, que somos limitados e que necessitamos dos outros) hoje são causa de uma tristeza de fundo.

Como curar essa falta de esperança que experimentam muitos jovens?

Só centrando a vida em Deus e, por Ele, nos outros, conseguimos crescer na virtude da esperança, porque percebemos o sentido da nossa vida.

Rodrigo Lynce de Faria

 

Dar os nossos dons

Dennis Clark, Catholic Exchange

Vincent van Gogh, O Bom Samaritano

Uma jovem mãe estava a ter um dos piores dias da sua vida. O marido havia perdido o emprego; o esquentador tinha explodido; o carteiro trouxe um monte de contas que ela não podia pagar; o seu cabelo estava péssimo e sentia-se gorda e feia. Estava quase no ponto de ruptura quando levantou o seu filho de um ano e o sentou na cadeira de bebé, apoiou a cabeça no tabuleiro e começou a chorar. Sem um murmúrio, a criança tirou a chucha da sua boca… e carinhosamente colocou-a na dela!

Compaixão: Ele desconhecia a palavra mas o seu coração conhecia a necessidade. E deu o que tinha. Nós somos, de tantas maneiras, os artífices dos mundos dos outros. Minuto após minuto criamos o mini-mundo em que vivemos juntos. E na maior parte das vezes nem sequer pressentimos como é enorme a nossa capacidade de levar alegria ou tristeza, cura ou dor aos outros.

Por exemplo, quando participamos na missa estamos a criar um breve e pequeno mundo. Outras pessoas, cujos nomes nem sequer conhecemos, prepararam o espaço para nós: limparam o pó e varreram, arranjaram e colocaram flores, ensaiaram os cânticos. Agora é a nossa vez de fazer da celebração um espaço calmo, pacífico e acolhedor, um espaço onde podemos ajudar os outros a experimentar a presença amorosa de Deus, a sua força, o seu conforto e apoio.

Fazemos isso de inúmeras maneiras: o modo como entramos e saímos, o modo como cantamos e rezamos em conjunto, o modo como damos espaço uns aos outros, o modo como fazemos silêncio uns para os outros. São muitas as maneiras como criamos ou destruímos algo admirável.

Toda a nossa vida é assim: desde o momento em que abrimos os nossos olhos pela manhã até quando os fechamos à noite, temos o poder de criar e o poder de destruir, o poder de dar os nossos dons – grandes e pequenos – e o poder de os recusar.
Provavelmente nenhum de nós encontrará alguma vez um homem a morrer na berma da estrada. E a maior parte de nós raramente será chamada a fazer um sacrifício realmente significativo por outra pessoa. Mas todos nós iremos encontrar milhares de pessoas cujas vidas podemos tornar um pouco mais ricas, um pouco mais felizes porque estávamos lá e porque demos o que tínhamos – tal como aquela criança deu a sua chucha.

A cada momento cada um de nós tem alguma coisa a dar, alguma coisa que é precisa. Dá-la-emos? Temos de dar, simplesmente porque dar os nossos dons é a única maneira possível de encontrar a felicidade.
A vida não é um desporto de bancada! Dar os nossos dons – todos eles, todos os dias – é a única maneira de realizar a nossa vida, a única maneira de crescermos à imagem e semelhança de Deus.

 

Acções concretas

Papa Francisco, Maio 2015

 

Jesus mostra que o verdadeiro amor é concreto nas acções, constante, e não um simples entusiasmo. Mas muitas vezes é também um amor doloroso: pensemos no amor de Jesus que carrega a cruz.
Contudo, em Mateus 25, Jesus ensina-nos as obras do amor com palavras claras: «quem ama age assim». É um pouco o protocolo do juízo: eu tinha fome, tinha sede….

Também as bem-aventuranças, como programa pastoral de Jesus, são concretas.
Assim, o primeiro critério para permanecer no amor de Jesus é que o nosso amor seja concreto, observando os seus mandamentos.
Por isso, uma das primeiras heresias no cristianismo foi a do pensamento gnóstico, que via um Deus distante, não concreto.
E o apóstolo João condena-a: “Eles não crêem que a Palavra se fez carne”.
Mas com o seu amor o Pai foi concreto, enviou o seu Filho que Se fez carne para nos salvar.
Eis o primeiro critério.

O segundo critério, é que o amor se comunica, não permanece isolado: o amor dá-se a si mesmo e recebe; faz-se a comunicação que há entre o Pai e o Filho, a comunicação do Espírito Santo.
Por isso, não há amor sem comunicação, isolado.
Alguém poderia dizer que os monges e as monjas de clausura vivem isolados», mas não é assim, porque se comunicam muito com o Senhor e com quantos vão ter com elas em busca da palavra de Deus.

O amor autêntico não pode isolar-se, e se está isolado não é amor, mas uma forma espiritualista de egoísmo, um fechamento à procura do próprio proveito. Em síntese, é egoísmo.

Assim, permanecer no amor de Jesus significa estar no amor do Pai que nos enviou Jesus, significa fazer e não só dizer; significa capacidade de dialogar com o Senhor e com os irmãos.

No fundo, é muito simples, mas não é fácil, porque o egoísmo atrai, levando-nos a não realizar gestos concretos: atrai-nos a não comunicar.

Mas o que diz o Senhor de quem permanece no seu amor? «Disse-vos isto para que a minha alegria permaneça em vós, e para que ela seja plena».
Portanto, o Senhor que permanece no amor do Pai é jubiloso; e acrescenta: «Se permanecerdes no meu amor, a vossa alegria será total».
Trata-se de uma alegria que muitas vezes vem com a cruz. Mas como o próprio Jesus disse: ninguém vo-la poderá tirar.

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 18-10-2020

Domingo XXIX do Tempo Comum (PDF)  TEXTO

Miguel Ângelo, Detalhe da Criação do Homem

O homem não pode nem deve alhear-se das suas obrigações para com a comunidade em que está integrado.

Em qualquer circunstância, ele deve ser um cidadão exemplar e contribuir para o bem comum.

A isso, chama-se “dar a César o que é de César”.

No entanto, o que é mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único senhor. As moedas romanas têm a imagem de César: que sejam dadas a César.

O homem, no entanto, não tem inscrita em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27: “Deus disse: ‘façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança’… Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus”).

DEHONIANOS

Quando Jesus é surpreendido

Ermes Ronchi, 8.2020

Les Très Riches Heures du Duc de Berry

A mulher das migalhas, a cananeia pagã, surpreende e converte Jesus: fá-lo passar de mestre de Israel a pastor de todas as dores do mundo (Mateus 15,21-28). A primeira das suas três palavras é uma oração, a mais evangélica, um grito: “Kyrie eleyson”, piedade, Senhor, de mim e da minha criança. E Jesus não lhe dirige nem sequer uma palavra.

Mas a mãe não se rende, cola-se ao grupo, diz e rediz a sua dor. Até que provoca uma resposta, mas distante e brusca: vim para os de Israel, e não para vós.
Frágil mas indómita, não larga; como toda a verdadeira mãe pensa na sua criança, e relança. Lança-se por terra, corta o passo a Jesus, e do coração irrompe-lhe a segunda oração: ajuda-me!

E Jesus, áspero: não se tira o pão aos filhos para o lançar aos cães.

E eis a inteligência das mães, a fantasia do seu amor: é verdade, Senhor, mas os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos. Faz uma migalha de milagre, para nós, os cachorrinhos do mundo!

É a reviravolta da narrativa. Docemente, a mulher confessa que está ali só para buscar migalhas, só restos, pão perdido. Poderosamente, a mãe acredita com todo o seu ser que para o Deus de Jesus não há filhos e não-filhos, seres humanos e cachorrinhos. Mas só fome e criaturas a saciar; que o Deus de Jesus está mais atento à dor dos filhos que ao seu credo, que prefere a sua felicidade à fidelidade.

Jesus está fulgurado, comove-se: mulher, grande é a tua fé! Ela que não vai ao templo, que não lê as Escrituras, que reza aos ídolos cananeus, é proclamada mulher de grande fé. Não conhece o catecismo, todavia mostra que conhece Deus por dentro, sente-O pulsar na profundidade das suas feridas do seu coração de mãe. Sabe que «faz chaga no coração de Deus a soma da dor do mundo» (G. Ungaretti).

A dor é sagrada, há ouro nas lágrimas, há toda a compaixão de Deus. Pode parecer uma migalha, pode parecer pouca coisa a ternura de Deus, mas as migalhas de Deus são tão grandes como o próprio Deus. Grande é a tua fé!

E hoje continua a ser assim, há muita fé na Terra, dentro e fora das igrejas, sob o céu do Líbano como sob o céu de Nazaré, porque grande é o número das mães do mundo que não sabem o Credo, mas sabem que Deus tem um coração de mãe, e que misteriosamente lhe prenderam e guardaram um fragmento.

Sabem que para Ele a pessoa vem primeiro que a sua fé. Seja como desejas. Jesus realça o pedido da mãe, restitui-lhe: és tu e o teu desejo que mandam. A tua fé e o teu desejo de mãe, uma fracção de Deus, ardente (cf. Cântico 8,6), são verdadeiramente um ventre que dá à luz milagres.

 

Dia Mundial das Missões

Agência Ecclesia

O Papa afirma na sua Mensagem para o 94.º Dia Mundial das Missões que a pandemia de Covid-19 deve ser um “desafio também para a missão da Igreja”.

“Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida”, sublinha o Papa Francisco..

Num tempo de distanciamento físico e confinamento, refere o pontífice, todos são convidados a redescobrir as “relações sociais e também da relação comunitária com Deus”.

A mensagem sublinha ainda o impacto da suspensão das celebrações comunitárias, que levou a pensar nas “muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos”.

Num texto com o título ‘Eis-me aqui, envia-me’, passagem do livro bíblico do profeta Isaías (Is 6, 8), Francisco evoca as “tribulações e desafios causados pela pandemia de Covid-19,

Francisco repete o desejo de ver uma “Igreja em saída”, em que cada católico viva a vida como um “dom de si mesmo”.
A Igreja, sacramento universal do amor de Deus pelo mundo, prolonga na história a missão de Jesus e envia-nos por toda a parte para que, através do nosso testemunho da fé e do anúncio do Evangelho, Deus continue a manifestar o seu amor e possa tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar”, aponta.

A celebração do Dia Mundial das Missões acontece anualmente no terceiro domingo de Outubro (18 de Outubro, em 2020); os donativos recolhidos nas Missas destinam-se a apoiar o trabalho das Obras Missionárias Pontifícias.

 

Maria, mulher, esposa e mãe

Otavio Carmo, Agência Ecclesia

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) defendeu em Fátima, na homilia da Missa internacional aniversária do 13 de Outubro, um novo “paradigma” de liderança na Igreja Católica, com valorização das mulheres nos lugares de decisão, como pede o Papa Francisco.

“Acentuar o feminino e o materno não é apenas buscar um equilíbrio de poderes ou de influências na organização funcional da Igreja. Trata-se é de mudar de paradigma, de mudar o modo de pensar: o mundo não é de quem mais manda, é de quem mais constrói a vida. A liderança eclesial não está fundada sobre a ideia de poder, mas na vida, no cuidado e no serviço”, disse D. José Ornelas.

A valorização do papel da mulher “contribui decisivamente para a valorização dos ministérios na Igreja, homens e mulheres, hoje demasiado concentrados nos ministérios ordenados”.

“A primazia da vida, do serviço, do cuidado do mundo e da humanidade exige a presença de homens e mulheres, na diversidade dos dons de cada um para o serviço dos irmãos e para a missão de construir um mundo mais justo, mais fraterno, mais inclusivo, também nos lugares onde se tomam decisões para todos, como o Papa tem acentuado”, acrescentou.

O presidente da CEP, especialista em estudos bíblicos, afirmou que “junto com o ministério dos apóstolos” – que, segundo a tradição católica, têm como sucessores os bispos -, é necessário valorizar os “sinais femininos, da maternidade, de Maria.

Esta presença feminina e materna de Maria, a que se junta, desde a missão de Jesus e desde o início da Igreja, um grupo de outras mulheres, lança uma luz de entendimento sobre a identidade e a missão da Igreja, não como “um facto secundário”, de “decoração”, perante “o protagonismo masculino”, mas como “um importante e determinante elemento na construção da Igreja”.

O responsável católico convidou os peregrinos a inspirar-se na figura da Virgem Maria, procurando “ousar, para não fazer da fé uma exposição de peças de museu”, e participar na missão da Igreja, “para um mundo melhor”.

 

 

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