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Dia Mundial das Missões 2021: Papa Francisco propõe “missão de compaixão”

O Papa propôs uma “missão de compaixão” como resposta à actual pandemia de Covid-19, na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra Domingo, 24 de Outubro. [ler +]

Horário das Missas em Todos os Santos e Fiéis Defuntos – 2021

Horário das Missas em Todos os Santos e Fiéis Defuntos (01 e 02 de Novembro): [ler +]

Xavierinhos estão de regresso!

Terminadas as férias e com o recomeço da Catequese, os Xavierinhos, a Folha Informativa para os mais jovens, estão também de regresso!

 

Peditório para a Conferência Vicentina – 16-17 de Outubro

No próximo fim-de-semana, de 16-17 de Outubro, realiza-se o habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas. [ler +]

Terço dos Homens – 13 de Outubro 2021

Na próxima Quarta-feira, dia 13 de Outubro, venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]

Actividades da Catequese

O calendário das actividades da Catequese da Paróquia de São Francisco Xavier para o ano 2021/2022 é o seguinte: [ler +]

Folha Informativa 05-06-2022

Domingo de Pentecostes (PDF)  TEXTO

Bohemian Master, Pentecostes

Tentámos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas… Mas os nossos esforços foram em vão.

Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. (…)

Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz. Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho.

Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão. Mantende acesa em nós a chama da esperança para efectuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação, para que vença finalmente a paz.

Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre «irmão», e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam!

Papa Francisco, Invocação pela Paz, Jardins do Vaticano,
8 de Junho de 2014

 

 

A condição precária é necessária a quem acredita em Deus

Tolentino Mendonça

Valentin de Boulogne, São Paulo a escrever as suas Epístolas

A experiência espiritual é uma experiência de abertura, uma experiência transfronteiriça, onde aprendemos a não temer a indeterminação e o vazio, que se tornam uma espécie de sacramento do invisível, e por isso a condição precária é necessária àquele que acredita. Há uma afinidade etimológica entre a palavra latina “precarius” e “prece”.

A condição precária, quando relacionada com a espiritualidade cristã, não é um obstáculo, antes uma exigência para a sua expansão: O precário é uma condição necessária para realizar a oração, e, no sentido inverso, a espiritualidade é uma espécie de iniciação à condição precária.

Tendo em consideração que, desde Abraão, a fé é capacidade de viver segundo uma promessa, então a espiritualidade é uma itinerância, uma espécie de nomadismo, e também um lugar de desnudamento, uma coreografia das mãos vazias.
A atitude espiritual mais importante a desenvolver na vivência da condição precária talvez seja a atenção, como abertura, como disponibilidade para se deixar surpreender.

E a atitude espiritual mais oportuna talvez seja a do esvaziamento, porque só um olhar que não tem defesas consegue olhar a verdadeira presença. É necessária uma conversão do olhar, que crie uma disponibilidade para poder praticar uma hospitalidade do real, do real mais puro, aquele que é capaz de dar o sentido do invisível.
Somos chamados a ser sentinelas, vigilantes, viajantes, enamorados. O que é que o mundo pede à sentinela, isto é, aos homens e mulheres crentes? Pede que iluminemos a fronteira, com a nossa vida, a nossa cultura, com o construir da nossa reflexão.

Habitar o precário é o que permite habitar a espantosa realidade das coisas, onde Deus se revela. Não viver de conceitos, de ideias, não construir prisões e armadilhas para reter, não cair na tentação de fixar, mas viver no trânsito, na viagem. E, talvez por isso, a figura do pastor, com a sua transumância, confere desde as páginas bíblicas inspiração para aquilo que é a vida da fé.

Conjugar a espiritualidade do precário implica habitar o novo, o orgânico, o mutante, ver que não se vive de respostas, mas de perguntas: Vivemos no enigma, na fronteira… mas na espiritualidade do precário percebemos que o enigma não é um limite, que o mistério não é um obstáculo, mas sim uma possibilidade.
A literatura, a arte ajudam-nos a perceber a importância do provisório como lugar de verdade, de autenticidade, como caminho para viver a espiritualidade.

Por outro lado, trata-se de estabelecer percursos de reconhecimento: Reconhecer é perscrutar, ouvir, identificar, cartografar, mapear… e este é um processo dinâmico da espiritualidade, porque ela dá-nos acesso a uma experiência, a um acontecimento… é alguma coisa que nos transforma.

Mas reconhecer tem igualmente o significado de gratidão, e por isso a espiritualidade do provisório é também capaz de perceber que está no interior de uma economia do dom, que há uma dinâmica da dádiva, que o não saber não é simplesmente a experiência de uma ausência, mas que a ausência fala, como aconteceu no sepulcro vazio que falou a Maria Madalena.

Inerente à condição precária subsiste também a espiritualidade pascal: A verdadeira espiritualidade é uma dinâmica de ponte, é habitar o fluir, é não interromper, é uma vida que caminha de margem a margem, é habitar o mistério, habitar o “entre”, porque é o “entre” que nos faz viver, o “entre” é o lugar da passagem da vida, de nós próprios, é o lugar da passagem de Deus.

Porque o verdadeiro modo da experiência de Deus é a passagem.

 

Somos páginas abertas à caligrafia do fogo

Papa Francisco, 2021

Sem o Espírito não há relação com Cristo e com o Pai. Porque ele abre o nosso coração à presença de Deus e atrai-o para aquele “vórtice” de amor que é o próprio coração de Deus. Não somos apenas hóspedes e peregrinos no caminho sobre esta terra, somos também hóspedes e peregrinos no mistério da Trindade.

Somos como Abraão, que um dia, ao acolher na sua tenda três viandantes, encontrou Deus. Se podemos na verdade invocar Deus chamando-o “Abbá – Papá” é porque em nós habita o Espírito Santo; é Ele que nos transforma em profundidade e nos faz experimentar a alegria comovente de ser amados por Deus como filhos verdadeiros.

«Todas as vezes que começamos a orar a Jesus, é o Espírito Santo que, pela sua graça preveniente, nos atrai para o caminho da oração. Uma vez que Ele nos ensina a orar lembrando-nos Cristo, como orar-Lhe a Ele próprio? A Igreja convida-nos, pois, a implorar cada dia o Espírito Santo, especialmente no princípio e no fim de qualquer acto importante» (Catecismo, n. 2670).

Esta é a obra do Espírito em nós. Ele “recorda-nos” Jesus e torna-o presente a nós – é a memória de Deus em nós. O Espírito traz Jesus ao presente na nossa consciência. Mas no Espírito Santo tudo é vivificado: aos cristãos de cada tempo e lugar é aberta a possibilidade de encontrar Cristo, não apenas como um personagem histórico. Ele atrai Cristo para os nossos corações. Ele não está distante, está connosco: continua a educar os seus discípulos transformando o seu coração, como fez com Pedro, com Paulo, com Maria de Magdala, com todos os apóstolos.

É a experiência que viveram tantos orantes: homens e mulheres que o Espírito Santo formou segundo a “medida” de Cristo, na misericórdia, no serviço, na oração…

É uma graça poder encontrar pessoas assim: damo-nos conta que nelas pulsa uma vida diferente, o seu olhar vê “mais além”. Não pensemos apenas nos monges, nos eremitas; encontram-se também entre as pessoas comuns, pessoas que entreteceram uma longa história de diálogo com Deus, por vezes de luta interior, que purifica a fé. Estes testemunhos humildes buscaram Deus no Evangelho, na Eucaristia recebida e adorada, no rosto do irmão em dificuldade, e guardam a sua presença como um fogo secreto.

A primeira tarefa dos cristãos é precisamente manter vivo este fogo, que Jesus trouxe à Terra, isto é, o amor de Deus, o Espírito Santo. Sem o fogo do Espírito as profecias extinguem-se, a tristeza suplanta a alegria, o hábito substitui o amor, o serviço transforma-se em escravidão.

«O Espírito Santo, cuja unção impregna todo o nosso ser, é o mestre interior da oração cristã. É o artífice da tradição viva da oração. Há, é certo, tantos caminhos na oração como orantes; mas é o mesmo Espírito que age em todos e com todos. É na comunhão do Espírito Santo que a oração cristã é oração na Igreja» (Catecismo, n. 2672).

Tantas vezes acontece que não oramos, não temos vontade de orar, ou muitas vezes oramos como papagaios, com a boca, mas o coração está distante. Esse é o momento de dizer: «Vem, vem Espírito Santo, aquece o meu coração, ensina-me a orar, a olhar o Pai, o Filho. Ensina-me como é o caminho da fé. Ensina-me como amar e, sobretudo, ensina-me a ter uma atitude de esperança».

É por isso o Espírito a escrever a história da Igreja e do mundo. Nós somos páginas abertas, disponíveis para receber a sua caligrafia. E em cada um de nós o Espírito compõe obras originais, porque nunca há um cristão totalmente idêntico a outro. No campo interminável da santidade, o único Deus, Trindade de amor, faz florescer a variedade dos testemunhos: todos iguais por dignidade, mas também únicos na beleza que o Espírito quis que se libertasse em cada um daqueles que a misericórdia de Deus tornou seus filhos.

Não esqueçamos, o Espírito está presente, está presente em nós. Escutemos o Espírito, chamemos o Espírito – é o presente que Deus nos deu – e digamos-lhe: «Espírito Santo, eu não sei como é o teu rosto – não o conhecemos –, mas sei que Tu és a força, que Tu és a luz, que Tu és capaz de fazer-me andar para a frente e ensinar-me como orar. Vem, Espírito Santo».

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 29-05-2022

Domingo VII da Páscoa, Ascensão do Senhor (PDF)  TEXTO

Peter Reubens, Ascensão

Ajudai, ó Mãe, a nossa fé.
Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e a sua chamada.
Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos, saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa.

Ajudai-nos a deixar-nos tocar pelo seu amor, para podermos tocá-Lo com a fé.
Ajudai-nos a confiar-nos plenamente a Ele, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e cruz, quando a nossa fé é chamada a amadurecer.

Semeai, na nossa fé, a alegria do Ressuscitado.
Recordai-nos que quem crê nunca está sozinho.

Ensinai-nos a ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso caminho.
E que esta luz da fé cresça sempre em nós até chegar aquele dia sem ocaso que é o próprio Cristo, vosso Filho, nosso Senhor.

Papa Francisco, Oração a Maria, na conclusão da Encíclica Lumen Fidei (29 de Junho de 2013)

 

 

Ascensão: tão longe e tão perto

Ermes Ronchi

Francisco Camilo, Ascensão

O último encontro de Jesus com os seus (Mateus 28, 16-20) é sobre um monte na Galileia, a terra onde tudo tinha começado. Os montes são como dedos apontados para o infinito, a terra que se adentra no céu, banquinho para os pés de Deus, morada da revelação da luz: sobre os montes, com efeito, pousa o primeiro raio de sol e se demora o último.

Quando O viram, prostraram-se. Todavia duvidaram. Jesus deixa a Terra com um balanço deficitário: só ficaram 11 homens amedrontados e confusos e um pequeno núcleo de mulheres tenazes e corajosas. Seguiram-n’O durante três anos pelas estradas da Palestina, não compreenderam muito mas amaram-n’O muito, e foram todos ao encontro na última montanha.
E esta é a única garantia de que Jesus precisa. Agora pode voltar ao Pai, seguro de ser amado, ainda que nem de todo compreendido, e sabe que nenhum deles O esquecerá.

Jesus realiza um acto de amor, ilógica confiança em homens que continuam a duvidar, não fica a explicar e a voltar a explicar. O Evangelho e o mundo novo, que sonharam juntos, confia-os à sua fragilidade, e não à inteligência dos primeiros da aula: é a lei do grão de mostarda, da pitada de sal, dos pequenos que podem ser fermento e talvez até fogo, para contagiar de Evangelho e de nascimentos aqueles que encontrarem.

Há uma passagem surpreendente nas palavras de Jesus: a Mim foi dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois. Este “pois” é belíssimo: para Jesus é óbvio que cada coisa que é sua é também nossa. Tudo é para nós: a sua vida, a sua morte, a sua força. Ide, pois. Fazei discípulos todos os povos… Com que propósito? Alistar devotos, fazer crescer o movimento com novos adeptos? Não, mas para um contágio, uma epidemia divina a derramar sobre a Terra. Ide, perfumai de céu a vida que encontrardes, ensinai a arte de viver, assim como vistes fazer a Mim, mostrai-lhes o quanto são belos e grandes.
E depois as últimas palavras, o seu testamento: Eu estou convosco, todos os dias, até ao fim do mundo; convosco, sempre, até ao fim.

É destas palavras que compreendemos o que é a ascensão. Não foi para longe ou para o alto, para qualquer canto remoto do cosmo, mas fez-Se mais próximo do que antes. Se antes estava junto dos discípulos, agora estará dentro deles. Não foi para além das nuvens mas para além das formas. Ascendeu ao profundo das coisas, no íntimo do criado e das criaturas, e de dentro impulsiona como força ascensional para uma vida mais luminosa.
Esse Jesus que tomou para si a cruz para me oferecer em cada meu sofrer centelhas de ressurreição, para abrir brechas nos muros das minhas prisões, é Ele o meu Deus perito em evasões!

 

Topografia do Espírito

Papa Francisco, 2017

Hans von Kulmbach, Ascensão

Jesus, durante os quarenta dias da ressurreição até à Ascensão, entretinha-se com os discípulos: ensinava-lhes, acompanhava-os, preparava-os para receber o Espírito Santo… animava-os. E são precisamente as Escrituras que indicam os três lugares referenciais do nosso caminho cristão, três palavras que revelam sempre como deve ser o nosso caminho.

«Galileia», que foi dita à primeira apóstola, Madalena: «Vai e diz aos discípulos que vão à Galileia». Trata-se de uma palavra referencial, densa de significados para os discípulos. De facto, na Galileia ocorreu o primeiro encontro com Jesus, é o lugar onde Jesus os escolheu, os ensinou desde o início, os convidou a segui-l’O.

Um lugar que se reapresenta na vida de cada cristão: cada um de nós tem a própria Galileia.
É o momento no qual nos encontrámos com Jesus, em que Ele Se manifestou, em que o conhecemos, também nós sentimos esta alegria, este entusiasmo de O seguir. Encontrei o Senhor desta forma: esta família com a mãe, a avó, o catequista… E eu, ao contrário, encontrei o Senhor assim.

A Galileia, afinal de contas, indica para cada um a graça da memória porque para ser um bom cristão é necessário ter sempre a recordação do primeiro encontro com Jesus ou dos encontros sucessivos. Será ela no momento da provação a dar a certeza.

A segunda palavra que se encontra nesta ideal topografia do espírito é «Céu». Por exemplo, encontra-se no trecho em que se narra a Ascensão do Senhor: de facto, os apóstolos mantinham os olhos fixos no céu a tal ponto que alguns anjos lhes disseram: «Mas, por que estais a olhar para o céu… Ele partiu. Está lá. Voltará, mas está lá».
O Céu é onde agora está Jesus, mas não separado de nós; fisicamente sim, mas está sempre unido connosco para interceder por nós. Lá Jesus mostra ao Pai as chagas, o preço que pagou por nós, pela nossa salvação.

Assim como era necessário recordar o primeiro encontro com a graça da memória, devemos pedir a graça de contemplar o Céu, a graça da prece, a relação com Jesus na oração, neste momento nos ouve, está connosco. Como disse a Paulo, também a nós diz: «Não temas porque estou contigo». Por conseguinte, o Céu é o segundo lugar referencial da vida.

Por fim, o terceiro: «o mundo». Também no Evangelho da ascensão lê-se que Jesus diz aos discípulos: «Ide e fazei discípulos em todas as nações». Disto compreendemos que o lugar do cristão é o mundo para anunciar a Palavra de Jesus, para anunciar que fomos salvos, que Ele veio para nos dar a graça, para nos levar todos com Ele diante do Pai.

Eis então delineada a «topografia do espírito cristão». Trata-se de três lugares referenciais da nossa vida: a memória (a Galileia) a oração, a intercessão (o Céu); e a missão (ir pelo mundo).
Um cristão deve mover-se nestas três dimensões e pedir a graça da memória, dizer por exemplo: «Que não me esqueça do momento em que me elegeste, que não me esqueça do momento que nos encontrámos». Depois, é preciso orar, olhar para o céu porque Ele está lá para interceder. Por fim «ir em missão».

Ou seja, não significa «que todos devem ir ao estrangeiro; ir em missão é viver e dar testemunho do Evangelho, é anunciar às pessoas como é Jesus. Isto faz-se com o testemunho e com a Palavra, porque se eu disser como Jesus é, como é a vida cristã e viver como pagão, não funciona. A missão não é eficaz.

Resumindo: a Galileia da memória, o Céu da intercessão e da oração, a missão no mundo. Se levarmos a vida cristã desta forma, a nossa existência será boa e feliz.
Uma consequência retomada da última frase pronunciada por Jesus no Evangelho de João: «No dia em que viverdes a vida cristã assim, conhecereis tudo e ninguém poderá cancelar a vossa alegria».

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

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