Notícias

Mensagem do nosso Prior sobre festa de São Francisco Xavier

Mensagem do nosso Prior sobre a festa do nosso Padroeiro, São Francisco Xavier, e sobre os dez anos da Bênção e Dedicação da Igreja Paroquial [ler +]

Adoração ao Santíssimo em Caselas – Dezembro

A Exposição e Adoração ao Santíssimo realiza-se às segundas e quartas quintas-feiras na Igreja da Sagrada Família, em Caselas, às 21h00. [ler +]

Horário das Missas a 07-08 de Dezembro

Na próxima quarta-feira, 08 de Dezembro, a Igreja Católica celebra a Solenidade da Imaculada Virgem Santa Maria, Padroeira principal de Portugal. [ler +]

Festa de São Francisco Xavier

Na próxima sexta-feira, dia 03 de Dezembro, a Missa das 18h30 será de festa, uma vez que se celebra o dia de São Francisco Xavier, nosso padroeiro. [ler +]

Advento – Presépio e Estrela de Natal

Com o início do Advento, a nossa Paróquia inaugurou o habitual Presépio de Natal, no interior da Igreja Paroquial, e a Estrela de Natal, colocada no adro. [ler +]

Catequese – Caminho de Advento

As crianças da Catequese vão começar a seguir na próxima semana o Caminho do Advento. Aqui ficam alguns dos passos do caminho.

[ler +]

Folha Informativa 16-10-2022

XXIX Domingo do Tempo Comum (PDF) TEXTO

Fé: coragem de servir e gesto de amor

Os discípulos fugiram; Ela não foge. Ela está ali, com a coragem de mãe, com a fidelidade de mãe, com a bondade de mãe, e com a sua fé, que resiste na escuridão: «Feliz daquela que acreditou». «Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?». Sim, agora Ele sabe-o: encontrará fé. E esta é, naquela hora, a sua grande consolação.

Santa Maria, Mãe do Senhor, permanecestes fiel quando os discípulos fugiram. Tal como acreditastes quando o anjo Vos anunciou o que era incrível – que haverias de ser Mãe do Altíssimo – assim também acreditastes na hora da sua maior humilhação. E foi assim que, na hora da cruz, na hora da noite mais escura do mundo, Vos tornastes Mãe dos crentes, Mãe da Igreja.

Nós Vos pedimos: ensinai-nos a acreditar e ajudai-nos para que a fé se torne coragem de servir e gesto de um amor
que socorre e sabe partilhar o sofrimento.

Via sacra, IV estação. Livraria do Vaticano

 

Que sentido tem «insistir» com Deus?

Papa Francisco, Outubro 2013

Nicolas Poussin, Jesus entrega chaves do Reino a Pedro

Trata-se de uma boa pergunta, que nos faz aprofundar um aspecto muito importante da fé: Deus convida-nos a rezar com insistência, não porque não sabe do que nós temos necessidade, nem porque não nos ouve.
Pelo contrário, Ele ouve sempre e conhece tudo acerca de nós, com amor.

No nosso caminho quotidiano, especialmente nas dificuldades, na luta contra o mal fora e dentro de nós, o Senhor não está distante, está ao nosso lado; nós lutamos, tendo-o ao nosso lado, e a nossa arma é precisamente a oração, que nos faz sentir a sua presença ao nosso lado, a sua misericórdia e também a sua ajuda.

Mas a luta contra o mal é árdua e longa, exige paciência e resistência – como Moisés, que devia manter as mãos levantadas para fazer com que o seu povo vencesse.
É assim: há uma luta a empreender todos os dias; mas Deus é o nosso aliado, a fé nele é a nossa força e a oração é a expressão desta fé.
Por isso, Jesus assegura-nos a vitória, mas no final interroga-se: «Mas, quando o Filho do Homem vier, acaso encontrará a fé sobre a terra?».

Se se apaga a fé, apaga-se a oração, e nós caminhamos na escuridão, perdemo-nos no caminho da vida.

Qual é a missão da Igreja?
Propagar no mundo a chama da fé, que Jesus acendeu no mundo: a fé em Deus que é Pai, Amor e Misericórdia.
O método da missão cristã não é do proselitismo, mas da chama compartilhada que aquece a alma.

Rezemos sempre, mas não para convencer o Senhor com a força das palavras!
Ele sabe melhor do que nós do que temos necessidade!
Ao contrário, a oração perseverante é expressão da fé num Deus que nos chama a combater com Ele, todos os dias, em cada momento, para vencer o mal com o bem.

 

Dia Mundial das Missões: A Igreja terá sempre de ir mais longe

Papa Francisco, 23 de Outubro 2022

O Papa assinala na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões (23 de Outubro) que “não existe qualquer realidade humana que seja alheia à atenção dos discípulos de Cristo, na sua missão”.
A Igreja de Cristo sempre esteve, está e estará ‘em saída’ rumo aos novos horizontes geográficos, sociais, existenciais, rumo aos lugares e situações humanos ‘de confim’, para dar testemunho de Cristo e do seu amor a todos os homens e mulheres de cada povo, cultura, estado social.”

No texto, intitulado ‘Sereis minhas testemunhas’, inspirado numa passagem do livro bíblico dos Actos dos Apóstolos (Act 1, 8) o Santo Padre sustenta que a missão será sempre ‘também missio ad gentes’, considerando que “a Igreja terá sempre de ir mais longe, mais além das próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo.
Na evangelização, caminham juntos o exemplo de vida cristã e o anúncio de Cristo. Um serve ao outro. São os dois pulmões com que deve respirar cada comunidade para ser missionária.”

Identifica como “fundamental, para a transmissão da fé”, o testemunho de vida dos cristãos.

A mensagem pontifícia sublinha o “carácter universal” da missão dos discípulos de Jesus e a natureza missionária da própria Igreja.

“A missão realiza-se em conjunto, não individualmente: em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria.
Em última análise, a verdadeira testemunha é o ‘mártir’, aquele que dá a vida por Cristo”, acentua, antes de evocar as “perseguições religiosas e situações de guerra e violência” que afectam hoje muitos cristãos, “constrangidos a fugir da sua terra para outros países.
Estamos agradecidos a estes irmãos e irmãs que não se fecham na tribulação, mas testemunham Cristo e o amor de Deus nos países que os acolhem”.

O Papa acrescenta que a presença dos fiéis de várias nacionalidades “enriquece o rosto das paróquias, tornando-as mais universais, mais católicas.
O cuidado pastoral dos migrantes é uma actividade missionária que não deve ser descurada, pois poderá ajudar também os fiéis locais a redescobrir a alegria da fé cristã que receberam”.

A mensagem conclui com um agradecimento aos “inúmeros missionários que gastaram a vida para ‘ir mais além’, encarnando a caridade de Cristo por tantos irmãos e irmãs que encontraram”.

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 09-10-2022

XXVIII Domingo do Tempo Comum (PDF) TEXTO

Seremos capazes de agradecer?

James Christensen, Os dez leprosos

Como é importante saber agradecer, saber louvar por tudo aquilo que o Senhor faz por nós!

Assim podemos perguntar-nos: somos capazes de dizer obrigado?

Quantas vezes dizemos obrigado em família, na comunidade, na Igreja? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, a quem está ao nosso lado, a quem nos acompanha na vida?

Muitas vezes consideramos tudo como se nos fosse devido!

E isto acontece também com Deus. É fácil ir ter com o Senhor para Lhe pedir qualquer coisa, mas voltar para Lhe agradecer…

Maria, depois de ter recebido o anúncio do Anjo, deixou brotar do seu coração um cântico de louvor e agradecimento a Deus. O coração de Maria, mais do que qualquer outro, é um coração humilde e capaz de acolher os dons de Deus.

Interroguemo-nos se estamos dispostos a receber os dons de Deus ou preferimos antes fechar-nos nas seguranças materiais, intelectuais, nas seguranças dos nossos projetos.

Papa Francisco, 09 de Outubro de 2016 (excertos)


Agradecer o que não nos dão

José Tolentino Mendonça, In Expresso, 18.4.2014

Jan Wijnants, O Bom Samaritano

O mais comum é agradecer o que nos foi dado. E não nos faltam motivos de gratidão. Há, é claro, imensas coisas que dependem do nosso esforço e engenho, coisas que fomos capazes de conquistar ao longo do tempo, contrariando mesmo o que seria previsível, ou que nos surgiram ao fim de um laborioso e solitário processo. Mas isso em nada apaga o essencial: as nossas vidas são um receptáculo do dom.

Por pura dádiva recebemos o bem mais precioso, a própria existência, e do mesmo modo gratuito fizemos e fazemos a experiência de que somos protegidos, cuidados, acolhidos e amados. Se tivéssemos de fazer a listagem daquilo que recebemos dos outros (e é pena que esse exercício não nos seja mais habitual), perceberíamos o que a poetisa Adília Lopes repete como sendo a sua verdade: «sou uma obra dos outros». Todos somos.

A nossa história começou antes de nós e persistirá depois. Somos o resultado de uma cadeia inumerável de encontros, de gestos, boas vontades, sementeiras, afagos, afectos. Colhemos inspiração e sentido de vidas que não são nossas, mas que se inclinam pacientemente para nós, iluminando-nos, fundando-nos na confiança. Esse movimento, sabemo-lo bem, não tem preço, nem se compra em parte alguma: só se efectiva através do dom.

Por isso é que quando ele falta a sua ausência indelével faz-se sentir a vida inteira. O seu lugar não consegue ser preenchido, mesmo se abunda uma poderosa indústria de ficções de todo o tipo com a inútil pretensão de ser oblívio e substituição para essa espécie de falha geológica que nos morde.

Hoje, porém, dei comigo a pensar também na importância do que não nos foi dado. E a provocação chegou-me por uma amiga que confidenciou: «Gosto de agradecer a Deus tudo o que Ele me dá, e é sempre tanto que nem tenho palavras para descrever. Sinto, contudo, que Lhe tenho de agradecer igualmente o que Ele não me dá, as coisas que seriam boas e que eu não tive, o que até pedi e desejei muito, mas não encontrei. O facto de não me ter sido dado obrigou-me a descobrir forças que não sabia que tinha e, de certa maneira, permitiu-me ser eu».

Isto é tão verdadeiro. Mas exige uma transformação radical da nossa atitude interior. Tornar-se adulto por dentro não é propriamente um parto imediato ou indolor. No entanto, enquanto não agradecermos a Deus, à vida ou aos outros o que não nos deram, parece que a nossa prece permanece incompleta. Podemos facilmente continuar pela vida dentro a nutrir o ressentimento pelo que não nos foi dado, a compararmo-nos e a considerarmo-nos injustiçados, a prantear a dureza daquilo que em cada estação não corresponde ao que idealizamos.

Ou podemos olhar o que não nos foi dado como a oportunidade, ainda que misteriosa, ainda que ao inverso, para entabular um caminho de aprofundamento… e de ressurreição. Foi assim que numa das horas mais sombrias do século XX; desde o interior de um campo de concentração, a escritora Etty Hillesum conseguiu, por exemplo, protagonizar uma das mais admiráveis aventuras espirituais da contemporaneidade. No seu diário deixou escrito:

«A grandeza do ser humano, a sua verdadeira riqueza, não está naquilo que se vê, mas naquilo que traz no coração. A grandeza do homem não lhe advém do lugar que ocupa na sociedade, nem no papel que nela desempenha, nem do seu êxito social. Tudo isso pode ser-lhe tirado de um dia para o outro. Tudo isso pode desaparecer num nada de tempo. A grandeza do homem está naquilo que lhe resta precisamente quando tudo o que lhe dava algum brilho exterior, se apaga. E que lhe resta? Os seus recursos interiores e nada mais.»

Proclamai o Evangelho

Papa Francisco, 19 Março 2022

Ao recebermos com júbilo a boa nova de que o Papa Francisco nomeou o Cardeal Tolentino Mendonça para Prefeito do Dicastério para a Educação e a Cultura, importa olhar para os princípios desta reforma da Cúria Romana.
Destacamos alguns pontos, indicando que se encontra o texto na íntegra em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_constitutions/documents/20220319-costituzione-ap-praedicate-evangelium.html

PREÂMBULO
1. «Prædicate evangelium – proclamai o Evangelho»: tal é a missão que o Senhor Jesus confiou aos seus discípulos. Este mandato constitui «o primeiro serviço que a Igreja pode prestar ao homem e à humanidade inteira, no mundo de hoje». Para isso foi chamada: para anunciar o Evangelho do Filho de Deus, Cristo Senhor, e, através do mesmo, suscitar a obediência da fé em todos os povos. A Igreja cumpre o seu mandato, sobretudo quando testemunha, por palavras e por obras, a misericórdia que ela própria gratuitamente recebeu. Disso nos deixou o exemplo o nosso Senhor e Mestre, quando lavou os pés aos seus discípulos e disse que seríamos felizes se assim fizéssemos também nós. Deste modo, «com obras e palavras, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo». Assim fazendo, o povo de Deus cumpre o mandamento do Senhor, que, ao pedir para anunciarmos o Evangelho, instou-nos a cuidar dos irmãos e irmãs mais frágeis, doentes e atribulados.

Todo o cristão é um discípulo-missionário
10. O Papa, os Bispos e os outros ministros ordenados não são os únicos evangelizadores na Igreja. Eles «sabem que não foram instituídos por Cristo para se encarregarem por si sós de toda a missão salvadora da Igreja para com o mundo». Todo o cristão, em virtude do Baptismo, é um discípulo-missionário «na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus». Não se pode deixar de ter isso em conta na actualização da Cúria, pelo que a sua reforma deve prever o envolvimento de leigas e leigos, mesmo em funções de governo e de responsabilidade. Além disso, a sua presença e participação são imprescindíveis, porque cooperam para o bem de toda a Igreja e, pela sua vida familiar, o seu conhecimento das realidades sociais e a sua fé que os leva a descobrir os caminhos de Deus no mundo, podem dar válidas contribuições, sobretudo quando se trata da promoção da família e do respeito pelos valores da vida e da criação, do Evangelho como fermento das realidades temporais e do discernimento dos sinais dos tempos.

Significado da reforma
11. A reforma da Cúria Romana será real e possível, se germinar duma reforma interior em que assumimos «como paradigma a espiritualidade do Concílio», expressa pela «antiga história do bom samaritano», daquele homem que se desvia do seu caminho para fazer-se próximo dum homem meio morto, que não pertence ao seu povo e que ele nem conhece. Trata-se aqui duma espiritualidade que tem a sua fonte no amor de Deus, que nos amou primeiro, quando éramos ainda pobres e pecadores, e que nos lembra que o nosso dever é servir como Cristo os irmãos, sobretudo os mais necessitados, e que o rosto de Cristo se reconhece no rosto de cada ser humano, especialmente do homem e da mulher que sofre.

12. Assim, deve ficar claro que «a reforma não é uma finalidade em si mesma, mas instrumento para dar um vigoroso testemunho cristão; para favorecer uma evangelização mais eficaz; para promover um espírito de ecumenismo mais fecundo; e para encorajar um diálogo mais construtivo com todos.

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Últimas ECCLESIA

Últimas VATICANO