Notícias
Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação, Missão – 19 de Janeiro
Participe na terceira e última sessão da fase diocesana do Sínodo 2021-2023, no dia 19 de Janeiro.
Tempo Comum – 2022
No dia 10 de Janeiro a Igreja Católica entrou no chamado Tempo Comum, que nos vai acompanhar, em termos litúrgicos, ao longo da maior parte deste ano de 2022. [ler +]
Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação, Missão – 12 de Janeiro
Participe na segunda sessão da fase diocesana do Sínodo 2021-2023, no dia 12 de Janeiro.
Peditório para a Conferência Vicentina – 15-16 de Janeiro
No próximo fim-de-semana, de 15-16 de Janeiro, realiza-se o habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas. [ler +]
Terço dos Homens – 13 de Janeiro 2022
Na próxima quinta-feira, dia 13 de Janeiro, venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]
Pandemia e crise climática na Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz
O Papa alerta para os impactos globais da pandemia e da crise climática na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2022 (01 de Janeiro), divulgada pelo Vaticano. [ler +]
Folha Informativa 27-11-2022
I Domingo do Advento (PDF) TEXTO
Advento, tempo de esperar
Se ocuparmos o tempo de espera – não só no Advento, mas o da espera do regresso de Cristo, isto é, todo o nosso tempo – descentrando-nos de nós mesmos, preocupando-nos um pouco menos com o nosso eu, com o não nos perdermos em hipóteses aleatórias sobre a vinda do Senhor que tarda, se procurarmos, em vez disso, com o nosso amor pelo próximo responder ao amor com que Deus nos amou, então descobriremos que será sempre demasiado breve o tempo da nossa espera.
Irmão Daniel, In “Mosteiro de Bose”
Tempo do Advento
Papa Francisco, 2017
Começamos o caminho do Advento, que culminará no Natal.
O tempo que nos é concedido para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, também para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e nos preparar ao regresso de Cristo.
Ele voltará a nós na festa do Natal, quando fizermos memória da sua vinda histórica na humildade da condição humana; mas vem dentro de nós todas as vezes que estamos dispostos a recebê-l’O, e virá de novo no fim dos tempos para «julgar os vivos e os mortos». Por isso, devemos estar vigilantes e esperar o Senhor com a expectativa de o encontrar.
A pessoa atenta é a que, no meio do barulho do mundo, não se deixa tomar pela distracção ou pela superficialidade, mas vive de maneira plena e consciente, com uma preocupação voltada antes de tudo aos outros.
Com esta atitude percebemos as lágrimas e as necessidades do próximo e podemos dar-nos conta também das suas capacidades e qualidades humanas e espirituais.
A pessoa atenta também se preocupa com o mundo, procurando contrastar a indiferença e a crueldade presentes nele, e alegrando-se pelos tesouros de beleza que, contudo, existem e devem ser preservados.
Trata-se de ter um olhar de compreensão para reconhecer quer as misérias e as pobrezas dos indivíduos e da sociedade, quer a riqueza escondida nas pequenas coisas de cada dia, precisamente ali onde nos colocou o Senhor.
A pessoa vigilante é a que aceita o convite a vigiar, ou seja, a não se deixar dominar pelo sono do desencorajamento, da falta de esperança, da desilusão; e ao mesmo tempo, rejeita a solicitação de tantas vaidades de que o mundo está cheio e atrás das quais, por vezes, se sacrificam tempo e serenidade pessoal e familiar.
É a experiência dolorosa do povo de Israel, narrada pelo profeta Isaías: Deus parecia ter deixado desviar para longe dos seus caminhos o seu povo, mas estes eram um efeito da infidelidade do próprio povo. Também nós encontramo-nos frequentemente nesta situação de infidelidade à chamada do Senhor: Ele indica-nos o caminho bom, o caminho da fé, o caminho do amor, mas nós procuramos a nossa felicidade noutro lugar.
Estar atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a “desviar para longe dos caminhos do Senhor”, perdidos nos nossos pecados e nas nossa infidelidades; estar atentos e ser vigilantes são as condições para permitir que Deus irrompa na nossa existência, para lhe restituir significado e valor com a sua presença cheia de bondade e ternura.
Maria Santíssima, modelo na expectativa de Deus e ícone da vigilância, nos guie ao encontro do filho Jesus, revigorando o nosso amor por Ele.
Quando o Senhor Se fizer presente no meio do seu povo, terá a Igreja chegado à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Mateus, o evangelista do Ano A
Do site paroquias.org
Mateus era um dos Doze, identificado com Levi, cobrador de impostos.
Pelo conhecimento que mostra das Escrituras e das tradições judaicas, pela força interpelativa da mensagem sobre os chefes religiosos do seu povo, pelo perfil de Jesus apresentado como Mestre, o autor deste Evangelho era, com certeza, um letrado judeu tornado cristão, um mestre na arte de ensinar e de fazer compreender o mistério do Reino do Céu, o tesouro da Boa-Nova anunciada por Jesus, o Messias, Filho de Deus.
Escrevendo entre judeus e para judeus, Mateus procura mostrar como na pessoa e na obra de Jesus se cumpriram as Escrituras, que falavam profeticamente da vinda do Messias.
Cristo realiza as Escrituras, não só cumprindo o que elas anunciam, mas aperfeiçoando o que elas significam. Assim, os textos da Escritura neste Evangelho confirmam a fidelidade aos desígnios divinos e, simultaneamente, a novidade da Aliança em Cristo.
Ocupam um importante lugar na trama do livro, tendo a encerrá-los as mesmas palavras, e apresentam sucessivamente: “a justiça do Reino”, os arautos do Reino, os mistérios do Reino, os filhos do Reino e a necessária vigilância na expectativa da manifestação última do Reino.
O Reino proclamado por Jesus como juízo iminente é, antes de mais, presença misteriosa de salvação já actuante no mundo.
Na sua condição de peregrina, a Igreja é “o verdadeiro Israel” onde o discípulo é convidado à conversão e à missão, lugar de tensão ética e penitente, mas também realidade sacramental e presença de salvação.
Não identificando a Igreja com o Reino do Céu, Mateus continua hoje a recordar-lhe o seu verdadeiro rosto: uma instituição necessária e uma comunidade provisória, na perspectiva do Reino de Deus.
Como os outros Evangelhos, o de Mateus refere a vida e os ensinamentos de Jesus, mas de um modo próprio, explicitando a cristologia primitiva: em Jesus de Nazaré cumprem-se as profecias; Ele é o Salvador esperado, o Emanuel, o “Deus connosco” até à consumação da História; é o Mestre por excelência que ensina com autoridade e interpreta o que a Lei e os Profetas afirmam acerca do Reino do Céu (= Reino de Deus); é o Messias, no qual converge o passado, o presente e o futuro e que, inaugurando o Reino de Deus, investe a comunidade dos discípulos – a Igreja – do seu poder salvífico.
Folha Informativa 20-11-2022
XXXIV Domingo do Tempo Comum (PDF) TEXTO
Só Deus salva
Na cruz, Jesus não responde, cala-Se perante as provocações.
E, contudo, a interpelação é relevante: Ele é o Messias, e sabe-o.
Ora, o Messias é Aquele que salvará o mundo; por isso devia salvar-Se a ele mesmo! É a nossa lógica humana, é a lógica dos seus interlocutores.
E é disso que Ele morre: por não ter agido conforme a lógica de quem provocava, às suas ideias sobre o Messias.
Mas Jesus sabe que só Deus salva; Ele espera a sua salvação apenas de Deus.
Marie-Noëlle Thabut
Tempo do Advento
ACI (adaptado)
No próximo Domingo, dia 27 de Novembro, entramos no Advento, que vamos acompanhar durante quatro semanas, até 24 de Dezembro, dia em que começa o Tempo de Natal.
Inicia-se assim o Ano Litúrgico A, durante o qual é seguido especialmente o Evangelho de São Mateus.
O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, os testes na escola, os ensaios com o grupo coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando corrigir os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direcção ao Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Baptista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
Podemos distinguir dois períodos no Tempo do Advento. No primeiro, que se estende desde o primeiro Domingo do Advento até ao dia 11 de Dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico, orientando-nos para a espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: a sua vinda ao fim dos tempos, a sua vinda agora, cada dia, e a sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, até 24 de Dezembro, inclusive, a liturgia orienta-se mais directamente para a preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os Evangelhos destes dias preparam-nos directamente para o nascimento de Jesus.
Com a intenção de tornar sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Reduz-se a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa (à excepção do 3º, Domingo Gaudete), em que o paramento pode ser de cor-de-rosa) a decoração da Igreja é mais sóbria, etc.
Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura o nosso peregrinar, falta-nos algo para que o nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor Se fizer presente no meio do Seu povo, terá a Igreja chegado à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Temos quatro semanas nas quais, de Domingo a Domingo, vamo-nos preparando para a vinda do Senhor.
A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia convida-nos a estar vigilantes, mantendo uma especial atitude de conversão.
A segunda semana convida-nos, por meio de João Baptista, a “preparar os caminhos do Senhor”; isto é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.
A terceira semana pré-anuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor.
Finalmente, a quarta semana fala-nos do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e a sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.
Maria partiu apressadamente
Papa Francisco, Mensagem Dia Mundial da Juventude, 20 Novembro 2022 (excertos)
A experiência que muitos de vós ireis viver em Lisboa, no mês de Agosto do próximo ano, representará um novo começo para vós jovens e, convosco, para toda a humanidade.
Depois da Anunciação, Maria teria podido concentrar-se em si mesma, nas preocupações e temores derivados da sua nova condição; mas não! Entrega-se totalmente a Deus! Levanta-se e põe-se em movimento, porque tem a certeza de que os planos de Deus são o melhor projecto possível para a sua vida.
O Senhor impele-nos a sair para a luz, a deixar-se conduzir por Ele para superar o limiar de todas as nossas portas fechadas.
A Mãe do Senhor é modelo dos jovens em movimento, jovens que não ficam imóveis diante do espelho em contemplação da própria imagem, nem «alheados» nas redes. Ela está completamente projectada para o exterior. …e partiu apressadamente!
A pressa de Maria é ditada pela solicitude do serviço, do anúncio jubiloso, duma pronta resposta à graça do Espírito Santo.
Como reajo perante as necessidades que vejo ao meu redor? Busco imediatamente uma justificação para não me comprometer, ou interesso-me e torno-me disponível? É certo que não podeis resolver todos os problemas do mundo; mas talvez possais começar por aqueles de quem está mais próximo de vós, pelas questões do vosso território.
Apressa da jovem de Nazaré é a pressa típica daqueles que receberam dons extraordinários do Senhor e não podem deixar de partilhar, de fazer transbordar a graça imensa que experimentaram. É a pressa de quem sabe colocar as necessidades do outro acima das próprias. Maria é exemplo de jovem que não perde tempo a mendigar a atenção ou a aprovação dos outros, mas move-se para procurar a conexão mais genuína, aquela que provem do encontro, da partilha, do amor e do serviço.
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