Notícias

Imagens do almoço temático – fevereiro 2024

Este sábado, 03 de fevereiro, o Chef Higino Queiroz e Mello e a sua equipa receberam-nos com mais um maravilhoso repasto, desta vez Frango de Caril à Moçambicana! Estava divinal! [ler +]

Almoço temático – fevereiro 2024

No dia 03 de fevereiro, às 13h00, realiza-se no espaço da Garagem mais um almoço temático, para recolher fundos para a Igreja. [ler +]

Calendário de eventos previstos até junho na Paróquia

Calendário dos eventos previstos até junho de 2024 na Paróquia de São Francisco Xavier (em atualização permanente) [ler +]

Peditório para a Conferência Vicentina – 20-21 de janeiro 2024

O habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas, vai realizar-se no fim-de-semana de 20-21 de janeiro de 2024. [ler +]

Bancos da Igreja com autocolantes MB Way

A Igreja Paroquial tem agora nos bancos autocolantes com informação sobre os pagamentos por MBWay e com o QRCode a partir do qual se podem fazer donativos diretamente para a Paróquia ou, mesmo, contribuir para os ofertórios durante as Missas. [ler +]

Desmontagem do Presépio de Natal 2023

Terminado o período de Natal, o Presépio da Igreja Paroquial foi já desmontado, desta vez com uma inovação. [ler +]

Folha Informativa 25-02-2024

Domingo II da Quaresma (PDF) TEXTO

Ludovico Carracci, Transfiguração

Também me acontece a mim: a vida não avança por causa de ordens ou proibições, mas por uma sedução.

E esta nasce de uma beleza, ao menos entrevista, ainda que só pela fração de um instante: o rosto belo de Jesus, olhar lançado sobre o abismo de Deus.
Olham os três, emocionam-se, estão aturdidos: diante deles abriu-se a revelação extraordinária de um Deus luminoso, belo, solar. Um Deus a fruir, um Deus que suscita maravilhamento.

Do céu vem uma nuvem, e da nuvem uma voz: escutai-O. Jesus é a Voz que se tornou rosto.

O mistério de Deus está agora totalmente dentro de Jesus. E para nós, buscadores de luz, foi traçada a estrada mestra: escutá-l’O, dar tempo e coração à Palavra, até que se torne carne e vida. E depois segui-l’O, amando as coisas que Ele amava, preferindo aqueles que Ele preferia, refutando o que Ele refutava. Então veremos a gota de luz oculta no coração vivo de todas as coisas, veremos um rebento de luz despontar e subir dentro de nós.

Ermes Ronchi, in Avennire, 2023

Esta semana ouvi Jesus!

Papa Francisco, 2014

Ludovico Carracci, Transfiguração (detalhe)

Hoje o Evangelho apresenta-nos o evento da Transfiguração. É a segunda etapa do caminho quaresmal: a primeira, as tentações no deserto, no domingo passado; a segunda, a Transfiguração.

Jesus «tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, em particular, a um alto monte».
A montanha na Bíblia representa o lugar da proximidade com Deus e do encontro íntimo com Ele; o lugar da oração, no qual estar na presença do Senhor. Lá no monte, Jesus mostra-Se aos três discípulos, luminoso, lindíssimo; e depois aparecem Moisés e Elias, que conversam com Ele.

O seu rosto é tão esplendoroso e as suas vestes tão cândidas, que Pedro fica fulgurado, a ponto que queria permanecer ali, como que parar aquele momento. Imediatamente ressoa do alto a voz do Pai que proclama Jesus seu Filho predileto, dizendo: «ouvi-O».

Esta palavra é importante! O nosso Pai que disse a estes apóstolos, e diz também a nós: «Ouvi Jesus, porque é o meu Filho predileto». Mantenhamos, esta semana, esta palavra na mente e no coração: «Ouvi Jesus!». É como uma ajuda para ir em frente pelo caminho da Quaresma. «Ouvi Jesus!».
Não esqueçais.

É muito importante este convite do Pai.
Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que ouvem a sua voz e levam a sério as suas palavras. Para ouvir Jesus, é preciso estar próximo d’Ele, segui-l’O, como faziam as multidões do Evangelho que O seguiam pelas estradas da Palestina. Jesus não tinha uma cátedra ou um púlpito fixos, era um mestre itinerante, que propunha os seus ensinamentos, que o Pai Lhe tinha dado, ao longo das estradas, percorrendo trajetos nem sempre previsíveis e por vezes pouco fáceis.
Seguir Jesus para O ouvir. Mas também ouvimos Jesus na sua Palavra escrita, no Evangelho. Leis todos os dias um trecho do Evangelho?
É bom ter um pequeno Evangelho e levá-lo connosco, no bolso, na carteira, e ler um pequeno trecho em qualquer momento do dia. Em qualquer momento do dia tiro do bolso o Evangelho e leio algo, um pequeno trecho. Nele é Jesus que fala, no Evangelho! Pensai nisto.

Deste episódio da Transfiguração gostaria de indicar dois elementos significativos, que sintetizo em duas palavras: subida e descida.
Precisamos de ir para um lugar apartado, de subir ao monte num espaço de silêncio, para nos reencontrarmos a nós mesmos e ouvir melhor a voz do Senhor. Fazemos isto na oração.
Mas não podemos permanecer ali! O encontro com Deus na oração estimula-nos de novo a «descer do monte» e voltar para baixo, para a planície, onde encontramos tantos irmãos sobrecarregados por canseiras, doenças, injustiças, ignorâncias, pobreza material e espiritual. A estes nossos irmãos que estão em dificuldade, estamos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, partilhando a graça recebida.
Quando escutamos a Palavra de Jesus e a temos no coração, aquela Palavra cresce. Como? Oferecendo-a ao próximo! É esta a vida cristã. É uma missão para toda a Igreja, todos os batizados, todos nós. Não esqueçais: esta semana, ouvi Jesus!

Dirijamo-nos agora à nossa Mãe Maria, e recomendemo-nos à sua guia para prosseguir com fé e generosidade este itinerário da Quaresma, aprendendo a «subir» um pouco mais com a oração e a ouvir Jesus, e a «descer» com a caridade fraterna, anunciando Jesus.

 

O Senhor chama-nos sem cessar

S. Siluane

Se os homens soubessem o que é o amor do Senhor, seria em multidões que acorreriam junto de Cristo, para que os reconfortasse a todos com a sua graça.

A sua misericórdia é inefável.
O Senhor ama o pecador que se arrepende e aperta-o ao peito com ternura: “Onde estavas, meu filho? Espero-te há tanto tempo!”

Pela voz do Evangelho, o Senhor chama a si todos os homens e a sua voz ressoa pelo mundo inteiro: “Vinde a Mim, vós todos que penais e dar-vos-ei repouso. Vinde e bebei a água viva. Vinde e aprendei que vos amo. Se não vos amasse, não chamaria por vós. Não posso suportar que se perca sequer uma só das minhas ovelhas.

Mesmo por uma só, o Pastor vai pelas montanhas e procura-a por toda a parte. Vinde a mim, minhas ovelhas. Criei-vos a amo-vos. O meu amor por vós fez-Me vir à terra e tudo sofri pela vossa salvação. Quero que conheçais o meu amor e que digais como os apóstolos no Monte Tabor: «Senhor, é bom estar contigo»”

O Senhor chama-nos a si sem cessar. “Vinde a Mim e dar-vos-ei o repouso”. Ele alimenta-nos com o seu corpo puríssimo e com o seu sangue. Com bondade nos educa pela sua palavra e pelo Espírito Santo. Revelou-nos os seus mistérios. Vive em nós e nos sacramentos da Igreja e conduz-nos ao lugar onde veremos a sua glória.

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 18-02-2024

Domingo I da Quaresma (PDF) TEXTO

Juan de Flandes, Tentação de Cristo no deserto

Jesus ensinou que é necessário «orar sempre, sem desfalecer». Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus.

A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. (…)ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte.

A fé não nos preserva das tribulações da vida, mas permite atravessá-las unidos a Deus em Cristo, com a grande esperança que não desilude.

Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós. (…) é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão.

Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados.

Papa Francisco, 2021

Quaresma

Dehonianos, 2024

Foto Agência Ecclesia

Quaresma é a palavra utilizada para designar o período de 40 dias, no qual os católicos realizam a preparação para a Páscoa, a mais importante festa do calendário litúrgico cristão, pois celebra a Ressurreição de Jesus, a base principal da fé cristã.
Nesse período, que começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quarta-feira da Semana Santa, os fiéis são convidados a fazerem um confronto especial entre as suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esse confronto deve levar o cristão a aprofundar a sua compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé.
Desde os tempos antigos, a Quaresma sempre significou um período de renovação da própria vida. As práticas a cumprir eram três: a oração, a luta contra o mal e o jejum.

A oração para pedir a Deus força para se converter e para crer no Evangelho. Aqui sublinha-se o aspecto da mudança, da consciência do próprio erro e a possibilidade de encetar um caminho diferente. O segundo aspecto sublinhado é rezar para ter a fé como dom de Deus. Quase que se poderá dizer que a Quaresma é um tempo de retiro vivido por toda a Igreja.

A luta contra o mal para dominar as paixões e o egoísmo, abrir-nos aos outros.

O jejum. Para seguir Jesus Cristo, o cristão deve ter a força de se esquecer de si mesmo, de não pensar nos próprios interesses, mas só no bem do irmão. Assumir uma atitude constante, generosa e desinteressada não é fácil. É este o sentido do jejum. Também pode significar que para ajudar a quem se encontra em mais necessidade, é muitas vezes necessário renunciar àquilo de que se gosta e isso implica sacrifício. Não fazem assim as mães pelos seus filhos? O fruto do jejum servirá para matar a fome e a sede a um necessitado. É este o sentido do jejum apresentado pelo Pastor de Hermas. O Papa Leão Magno referia: “Nós prescrevemos-vos o jejum, lembrando-vos não só da necessidade da abstinência, mas também das obras de misericórdia”.

A esmola também é uma forma de solidariedade, de partilha.

Quaresma, tempo de reconciliação
A Quaresma é tempo favorável para, através de diversas formas, renovarmos a nossa fidelidade cristã. O gesto de imposição das mãos na Quarta-Feira de Cinzas leva-nos a tomar consciência da nossa condição de pecadores. A Quaresma é tempo propício para o aprofundamento do desígnio de Deus sobre cada um. É tempo de renunciar, de converter e de crer.
Ao longo destes 40 dias, as leituras sugerirão: sentido de jejum e da partilha, amor ao próximo, importância da oração, conversão, justiça de Deus, a sua misericórdia, o perdão e a reconciliação. Estas leituras quaresmais levam-nos a interrogarmo-nos: como vivemos as exigências do nosso batismo? Sugere-se mais reflexão sobre a Palavra de Deus, mais oração e a Via-Sacra.

A Quaresma exige que façamos a revisão das nossas competências. Se lutamos por ser competentes ou somos “do despacha”, porque custa. Também exige que façamos a revisão da nossa moralidade: os nossos costumes, os nossos valores, as nossas ações.
Assim como diz o Catecismo da Igreja Católica, entremos numa linha de ascese (esforço, sacrifício) e deixemos de lado a acédia (preguiça espiritual).

 

Não nos cansemos de fazer o bem

João Paulo II, mensagem para a Quaresma, 1987 (excertos)

Simone Martini and Lippo Memmi. Madonna della Misericordia

«Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos» (Lc 1, 53).
Estas palavras que a Virgem Maria pronunciou no seu Magnificat são ao mesmo tempo um louvor a Deus Pai e um apelo que cada um de nós pode acolher no seu coração e meditar neste tempo da Quaresma.

Tempo de conversão, tempo da Verdade que nos «tornará livres». Perante Deus nosso Criador, perante Cristo nosso Redentor, de que nos podemos orgulhar? Que riquezas ou que talentos nos poderiam dar qualquer superioridade?

Maria ensina-nos que as verdadeiras riquezas, as que não passam, vêm de Deus; nós devemos desejá-las, ter fome delas, abandonar tudo aquilo que é fictício e passageiro, para receber estes bens e recebê-los em abundância. Convertamo-nos, abandonemos o velho fermento do orgulho e de tudo aquilo que conduz à injustiça, ao desprezo, à ânsia de possuir egoisticamente dinheiro e poder.

Se nos reconhecermos pobres diante de Deus – o que é verdade e não falsa humildade – teremos um coração de pobre, olhos e mãos de pobre para partilhar aquelas riquezas das quais Deus nos colmará: a nossa Fé que não podemos guardar egoisticamente só para nós, a Esperança, da qual têm necessidade aqueles que estão privados de tudo, a Caridade, que nos faz amar os pobres como Deus os amou, com um amor de preferência. O Espírito do Amor nos colmará de mil bens a partilhar: quanto mais os desejarmos, tanto mais os receberemos em abundância.

Se formos verdadeiramente aqueles «pobres de espírito» aos quais é prometido o Reino dos céus, a nossa oferta será bem aceite por Deus. Também a oferta material, que costumamos dar durante a Quaresma, se for feita com um coração de pobre, é uma riqueza, porque damos aquilo que recebemos de Deus para ser distribuído: não recebemos senão para dar. Como os cinco pães e os cinco peixes do jovem que as mãos de Cristo multiplicaram para alimentar a multidão, do mesmo modo aquilo que oferecemos será multiplicado por Deus para os pobres.

Chegaremos nós ao fim desta Quaresma com o coração repleto, cheios de nós mesmos, mas com as mãos vazias para os outros? Ou, guiados pela Virgem do Magnificat, com uma alma de pobre, faminta de Deus, e com as mãos cheias de todos os dons de Deus para distribuir ao mundo que tanta necessidade tem deles?

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

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