Notícias

Síntese Sinodal final da Paróquia de São Francisco Xavier

Relatório-síntese da fase do processo sinodal na nossa Paróquia: [ler +]

Peditório para a Conferência Vicentina – 19-20 de Março

No próximo fim-de-semana, de 19-20 de Março, realiza-se o habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas. [ler +]

Ajuda aos refugiados da guerra na Ucrânia

A Paróquia de São Francisco Xavier, através da Equipa de Acolhimento, está a organizar a recolha de ajudas aos refugiados da guerra na Ucrânia. [ler +]

Atendimento pelos sacerdotes da Paróquia

Horário de atendimento pelos sacerdotes da Paróquia [ler +]

Viver a Quaresma – Preparar a Páscoa

Viver a Quaresma – preparar a Páscoa é o tema de um encontro de partilha, reflexão e oração, orientado pelo Pe. Miguel Pereira. [ler +]

Terço dos Homens – 13 de Março 2022

No próximo Domingo, dia 13 de Março, venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]

Folha Informativa 05-02-2023

Domingo V do Tempo Comum (PDF) TEXTO

E se o sal perde o sabor?

Joseph Israel, o sal e a luz

Às vezes esquecemos que a fé é um tesouro que nos foi transmitido não só por escritos, mas pelo testemunho existencial de homens e mulheres que nos passaram o testemunho.

Agora cabe-nos enriquecê-lo e voltar a traduzi-lo com a nossa inteligência para o mundo de hoje.

Cada pessoa é sal e luz de maneira diferente, mas para todos vale que não somos cristãos para nós mesmos.

Na vida experimentamos momentos de não-sabor, em que a nossa luz não resplandece (não a luz mundana da visibilidade que todos procuram, mas a do coração, que pode iluminar e dar a paz em quem está à volta).

Mas há os irmãos e as irmãs para nos ajudarem e iluminarem com a sua luz. Uma luz que vem da sua vida interior, do coração habitado pela Palavra.
Não se é cristão sozinho. Somos responsáveis uns pelos outros, mas também e em primeiro lugar por nós próprios.

Ir. Laura, In “Monastero di Bose, 2016

Evitemos uma vida insípida e desligada

Ermes Ronchi, In “Avvenire” 2020

Willem van Herp, Santo António distribui pão

Vós sois sal, vós sois luz (cf. Mateus 5, 13-16). Sal que conserva as coisas, mínima eternidade dissolvida no alimento. Luz que acaricia as coisas de alegria, nelas desperta cores e beleza.

Tu és luz. Jesus anuncia-a à minha alma criança, àquela parte de mim que sabe ainda encantar-se, ainda acender-se. Tu és sal, não para ti mesmo, mas para a terra. A tarefa é séria, porque ser sal e luz do mundo quer dizer que do bom sucesso da minha aventura, humana e espiritual, depende a qualidade do resto do mundo.

Como fazer para viver esta responsabilidade séria, que é de todos? Menos palavras e mais gestos. Que o profeta Isaías elenca (cf. 58,7-10): «Reparte o teu pão», verbo seco, concreto, factível.

«Reparte o teu pão», e depois é todo um seguimento de outros gestos: dá abrigo, veste o nu, não vires a cara. «Então a tua luz surgirá como a aurora, a tua ferida não tardará em sarar». E sente a impaciência de Deus, a impaciência da Adão, e da aurora que se levanta e da fome que grita; a urgência do corpo do homem que tem dores e feridas, tem pressa de pão e de saúde.

A luz vem através do meu pão quando se torna pão nosso, partilhado e não ciosamente possuído. O gesto do pão vem antes de tudo: porque sobre a terra há criaturas que têm tanta fome, que para eles Deus só pode ter a forma de um pão.

Cura os outros e curar-se-á a tua ferida, cuida de alguém e Deus cuidará de ti; produz amor, e Ele envolver-te-á o coração, quando está ferido. Ilumina outros e iluminar-te-ás, porque quem olha só para si próprio nunca se ilumina. Quem não procura, mesmo às apalpadelas, o rosto que da escuridão pede ajuda, nunca se acenderá. É da noite partilhada que se ergue o sol de todos.

«Se me fecho no meu eu, ainda que adornado de todas as virtudes, rico de sal e de luz, e não participo na existência dos outros, se não me abro aos outros, posso estar privado de pecados, e todavia vivo numa situação de pecado» (G. Vannucci).

Mas se o sal perde sabor, com que coisa se pode salgar? Conhecemos bem o risco de nos afundarmos numa vida insípida e gasta. Acontece quando não comunico amor a quem me encontra, não sou generoso de mim, não sei querer bem: «Não somos chamados a fazer o bem, mas a querer bem» (Ir. Maria de Campello).

Eu sou luz apagada quando não evidencio beleza e bondade nos outros, não me inebrio dos seus defeitos: então estou a extinguir a chama das coisas, sou um címbalo que tintila, um trombone de lata. Quando amo três verbos obscuros: agarrar, subir, comandar; em vez de seguir os três do sal e da luz: dar, acender, servir.

Doença pode tornar-se desumana

Papa Francisco, Dia Mundial do Doente 2023

Rembrandt, O Bom Samaritano

As experiências de estarmos perdidos, doentes ou frágeis fazem parte do nosso caminho: não nos excluem do povo de Deus. Pelo contrário, colocam-nos no centro da solicitude do Senhor que é Pai e não quer perder pelo caminho nem sequer um dos seus filhos. Trata-se, pois, de aprender com Ele a ser verdadeiramente uma comunidade que caminha em conjunto, capaz de não se deixar contagiar pela cultura do descarte.

A Igreja Católica celebra o Dia Mundial do Doente a 11 de Fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, com o tema da mensagem do Papa “«Trata bem dele!» – A compaixão como exercício sinodal de cura” e o Santo Padre convida a reflectir sobre o que se pode aprender, através da experiência da fragilidade e da doença, caminhando juntos segundo o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura.

Não há espaço para a fragilidade na sociedade e para a solidão que pode começar nestes contextos, as pessoas “nunca” estão preparadas para a doença, e, muitas vezes, nem sequer para admitir a idade avançada: Tememos a vulnerabilidade e a difusa cultura do mercado leva-nos a negá-la.

A doença faz parte da experiência humana, mas pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo cuidado e pela compaixão.

É mesmo importante, relativamente também à doença, que toda a Igreja se confronte com o exemplo evangélico do bom samaritano, para se tornar um hospital de campanha válido: a sua missão, com efeito, especialmente nas circunstâncias históricas que atravessamos, exprime-se no exercício do cuidado.

Todos somos frágeis e vulneráveis; todos temos necessidade daquela atenção compassiva que sabe deter-se e aproximar-se, que sabe cuidar e levantar. A condição dos enfermos é, assim, um apelo que quebra a indiferença e abranda o passo de quem avança como se não tivesse irmãs e irmãos.

Nos anos da pandemia Covid-19 aumentou o sentimento de gratidão por quem trabalha diariamente pela saúde e na investigação médica, mas não é suficiente louvar os heróis quando se sai de uma tragédia colectiva tão grande.

Essa gratidão deve ser acompanhada, em cada país, pela procura activa de estratégias e recursos para ser garantido a todas as pessoas o acesso aos cuidados médicos e o direito fundamental à saúde.

Sobre a citação bíblica do tema da mensagem para o Dia Mundial do Doente 2023, “«Trata bem dele!» – A compaixão como exercício sinodal de cura” é a recomendação do samaritano ao estalajadeiro, mas Jesus repete-a a cada um na exortação conclusiva “vai e faz tu também o mesmo”.

O Dia Mundial do Doente não convida apenas à oração e à proximidade com aqueles que sofrem, mas, ao mesmo tempo, visa sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde e a sociedade civil para uma nova forma de avançarmos juntos.

A Palavra de Deus – não só na denúncia, mas também na proposta – é sempre capaz de iluminar, é sempre actual.

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 29-01-2023

Domingo IV do Tempo Comum (PDF) TEXTO

Bem-aventurados

Fra Angelico, Discurso da Montanha

Este texto abre o “Sermão da Montanha” e iluminou a vida dos crentes, e também de muitos não-crentes.

É difícil não se comover com estas palavras de Jesus, e é justo o desejo de as compreender e acolher cada vez mais plenamente.

As Bem-aventuranças contêm o “bilhete de identidade” do cristão porque delineiam o rosto do próprio Jesus, o seu estilo de vida.

Jesus, vendo a multidão que o seguia, sobe à encosta que rodeia o lago da Galileia, senta-Se e, dirigindo-Se aos discípulos, anuncia as bem-aventuranças.

A mensagem é dirigida aos discípulos, mas no horizonte está a multidão, ou seja, toda a humanidade.

Estes “novos mandamentos” são muito mais que normas. De facto, Jesus nada impõe, mas revela o caminho da felicidade – o seu caminho – repetindo a palavra “felizes” oito vezes.

Papa Francisco, 2020

O vínculo entre a família e a comunidade cristã

Papa Francisco, 2015

Joseph Matar, Bem-aventuranças

O vínculo entre a família e a comunidade cristã é, por assim dizer, «natural» porque a Igreja é uma família espiritual e a família é uma pequena Igreja.

A comunidade cristã é a casa daqueles que acreditam em Jesus como a fonte da fraternidade entre todos os homens. A Igreja caminha no meio dos povos, na história dos homens e das mulheres, dos pais e das mães, dos filhos e das filhas: esta é a história que conta para o Senhor.

Os grandes acontecimentos dos poderes mundanos escrevem-se nos livros de história, e ali permanecem. Mas a história dos afectos humanos inscreve-se directamente no Coração de Deus; e é a história que permanece para sempre. Este é o lugar da vida e da fé.

A família é o lugar da nossa iniciação – insubstituível, indelével – nesta história. Nesta história de vida plena, que acabará na contemplação de Deus por toda a eternidade no Céu, mas começa na família! Por isso a família é tão importante.

O Filho de Deus aprendeu a história humana nesta via, e percorreu-a até ao fim. É bom voltar a contemplar Jesus e os sinais deste vínculo!
Ele nasceu numa família e ali «aprendeu o mundo»: uma oficina, quatro casas, uma aldeia insignificante. No entanto, vivendo por trinta anos esta experiência, Jesus assimilou a condição humana, acolhendo-a na sua comunhão com o Pai e na sua própria missão apostólica.
Depois, quando deixou Nazaré e começou a vida pública, Jesus formou ao seu redor uma comunidade, uma «assembleia», uma com-vocação de pessoas. Eis o significado da palavra «igreja».

Nos Evangelhos, a assembleia de Jesus tem a forma de uma família, e de uma família hospitaleira, não de uma seita exclusiva, fechada: nela encontramos Pedro e João, mas também o faminto e o sedento, o estrangeiro e o perseguido, a pecadora e o publicano, os fariseus e as multidões.
E Jesus não cessa de acolher e falar com todos, até com quantos já não esperam encontrar Deus na sua vida. É uma lição forte para a Igreja!
Os próprios discípulos são eleitos para cuidar desta assembleia, desta família dos hóspedes de Deus.

Para que seja viva no hoje desta realidade da assembleia de Jesus, é indispensável reavivar a aliança entre a família e a comunidade cristã.
Poderíamos dizer que a família e a paróquia são os dois lugares onde se realiza aquela comunhão de amor que encontra a sua derradeira fonte no próprio Deus.

Uma Igreja verdadeiramente segundo o Evangelho não pode deixar de ter a forma de uma casa hospitaleira, sempre de portas abertas. As igrejas, as paróquias e as instituições, com as portas fechadas, não devem chamar-se igrejas, mas museus!

E hoje esta é uma aliança crucial.
“Contra os centros de poder ideológicos, financeiros e políticos, voltemos a pôr as nossas esperanças nestes centros do amor evangelizador, ricos de calor humano, assentes na solidariedade, na participação” (Pont. Cons. para a Família, Papa Francesco), e também no perdão entre nós.

Hoje é indispensável e urgente fortalecer o vínculo entre família e comunidade cristã.
Sem dúvida, é necessária uma fé generosa para ter a inteligência e a coragem de renovar esta aliança. Às vezes, as famílias hesitam, dizendo que não estão à altura. Isto é verdade. Mas ninguém é digno, ninguém está à altura, ninguém tem força! Sem a graça de Deus, nada poderíamos fazer. Tudo nos é dado gratuitamente! E o Senhor nunca chega a uma nova família sem fazer algum milagre.
Sim, quando nos pomos nas suas mãos, o Senhor leva-nos a fazer milagres todos os dias!

Naturalmente, também a comunidade cristã deve fazer a sua parte. Por exemplo, procurar superar atitudes demasiado directivas e funcionais, favorecendo o diálogo interpessoal, o conhecimento e a estima recíproca.

As famílias tomem a iniciativa e sintam a responsabilidade de oferecer os seus dons preciosos em prol da comunidade.
Todos nós devemos estar conscientes de que a fé cristã se vive no campo aberto da vida partilhada com todos; a família e a paróquia devem realizar o milagre de uma vida mais comunitária para a sociedade inteira.

Felicidade é um dos nomes de Deus

Ermes Ronchi, In “Avvenire” 2015

Johann Koenig, Todos os Santos

Os santos são os homens das Bem-aventuranças.

Estas palavras são o coração do Evangelho, a narrativa de como o homem Jesus passou pelo mundo, e por isso são o rosto alto e puro de cada ser humano, as novas hipóteses de humanidade. São o desejo de um totalmente outro modo de ser homens, o sonho de um mundo feito de paz, de sinceridade, de justiça, de corações límpidos.

Na narração do Evangelho surge nove vezes a palavra “Bem-aventurados” [“Felizes” noutras traduções], revelando um Deus que toma a seu cuidado a alegria do ser humano, traçando-lhe os caminhos. Como habitualmente, inesperados, contracorrente. E ficamos como que sem respiração diante da ternura e do esplendor destas palavras.

As Bem-aventuranças recapitulam a boa notícia, o anúncio jubiloso de que Deus oferece a vida a quem produz amor, que se alguém se encarrega da felicidade de alguém, o Pai Se encarregará da sua felicidade.

Quando são proclamadas, continuam a saber fascinar-nos, mas depois saímos da igreja e damo-nos conta de que para habitar a Terra, este mundo agressivo e duro, escolhemos o manifesto mais difícil, incrível, revolucionário e em contramão que o ser humano pode pensar.

A primeira diz: felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino, já, não na outra vida. Felizes porque há mais Deus em vós, mais liberdade, mais futuro. Felizes porque guardais a esperança de todos.

Neste mundo onde se está diante do desperdício e da miséria, um exército silencioso de homens e mulheres preparam um futuro bom: constroem paz, no trabalho, na família, nas instituições; são obstinados a propor a justiça, honestos mesmo nas pequenas coisas, não conhecem a duplicidade. Os homens das Bem-aventuranças, desconhecidos do mundo, aqueles que não aparecem nos jornais, são os secretos legisladores da história.

A terceira Bem-aventurança é a mais paradoxal: felizes aqueles que choram. Erguei-vos, vós que comeis um pão de lágrimas, diz o salmo. Deus está do lado de quem chora, mas não do lado da dor. Um anjo misterioso anuncia a cada um que chora: o Senhor está contigo. Deus não ama a dor, está contigo no reflexo mais profundo das tuas lágrimas, para multiplicar a coragem, para envolver o coração ferido, na tempestade está ao teu lado, força da tua força.

A palavra-chave das Bem-aventuranças é felicidade. Santo Agostinho, que redige uma obra inteira sobre a vida feliz, escreve: falámos da felicidade, e não conheço valor maior que se possa dizer dom de Deus. Deus não só é amor, não só é misericórdia, Deus é também felicidade.

Felicidade é um dos nomes de Deus.

 

 

 

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Xavieirinhos 25-12-2022

Natal do Senhor (PDF)  TEXTO




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Xavieirinhos 18-12-2022

IV Domingo do Advento (PDF)  TEXTO




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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