Notícias

Exposição de trabalhos da Catequese

Os trabalhos realizados pelas crianças da Catequese no segundo período estão expostos ao fundo da Igreja Paroquial. [ler +]

Peditório para a Conferência Vicentina é a 23-24 de Abril

O habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas, realiza-se neste fim-de-semana, de 23-24 de Abril. [ler +]

Peditório para a Conferência Vicentina – 23-24 de Abril

O habitual peditório para a Conferência de S. Vicente de Paulo, no final das Missas, vai realizar-se no fim-de-semana de 23-24 de Abril. [ler +]

Terço dos Homens – 13 de Abril 2022

Na próxima Quarta-feira, dia 13 de Abril, venha rezar o Terço dos Homens. [ler +]

Via Sacra das Crianças

No passado Domingo, 03 de Abril, as crianças da Catequese efectuaram a sua Via Sacra, como anunciado. [ler +]

Folha Informativa 05-03-2023

Domingo II da Quaresma (PDF) TEXTO

Ouvir Jesus

Lorenzo Lotto, Cristo no Monte Tabor

Ressoa do alto a voz do Pai que proclama Jesus seu Filho predilecto, dizendo: «ouvi-O». É como uma ajuda para ir em frente pelo caminho da Quaresma.

É muito importante este convite do Pai.

Nós, discípulos de Jesus, somos chamados a ser pessoas que ouvem a sua voz e levam a sério as suas palavras.

Para ouvir Jesus, é preciso estar próximos d’Ele, segui-l’O, como faziam as multidões do Evangelho.

Jesus não tinha uma cátedra ou um púlpito fixos, era um mestre itinerante, que propunha os seus ensinamentos, que eram os ensinamentos que o Pai Lhe tinha dado, ao longo das estradas, percorrendo trajectos nem sempre previsíveis e por vezes pouco fáceis.

Seguir Jesus para O ouvir.

Mas também ouvimos Jesus na sua Palavra escrita, no Evangelho.

Papa Francisco, 2014

Oração e Transfiguração

Enzo Bianchi, 2023

Bellini, Transfiguração

A transfiguração de Jesus ocorre no contexto da sua oração, no mistério do seu encontro pessoalíssimo com o Pai: “Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se”.

A oração é para Jesus espaço de acolhimento em Si da Presença de Deus. Presença que é santidade, isto é, alteridade capaz de transfigurar aquele que aceita acolhê-la radicalmente na sua vida.

A alteração no rosto de Jesus manifesta que agora Ele narra o rosto invisível de Deus. A oração, além disso, é comunicação de Deus a Jesus mediante a sua “conversação” com Moisés e Elias, que personificam a Lei e os Profetas, ou seja, a Escritura do Antigo Testamento.

Sim, a oração de Jesus é essencialmente escuta da palavra de Deus contida na Escritura, uma escuta que se torna encontro com quem é vivente em Deus, uma verdadeira experiência da comunhão dos santos. É nesta oração que Jesus encontra a confirmação do seu caminho, orientado agora para a paixão, morte e ressurreição, em continuidade com a história da salvação conduzida por Deus com o seu povo.
É por isso que Moisés e Elias “falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém”. Não por acaso, pouco depois especifica-se que Jesus voltará resolutamente o seu rosto e os seus passos para a cidade santa, decidido a viver o que na oração compreendeu ser a sua missão.

“Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.”
Mas esta experiência extraordinária, que custa o preço da luta para permanecer vigilante, dura um momento: a transfiguração de Jesus é antecipação da comunhão que espera todos os homens no Reino, é a primícia do mundo completamente sujeito ao sinal da beleza de Deus; mas precisamente é só uma primícia… É por isso que enquanto Pedro, sem saber verdadeiramente aquilo que diz, pede a Jesus para prolongar essa experiência através da construção de três tendas, a Nuvem da Presença de Deus envolve-os, e dela vem uma voz que proclama: “Este é o meu Filho predilecto. Escutai-O”.

O grande mandamento “Escuta Israel” (Deuteronómio 6, 4), agora ressoa como “Escutai-O, o Filho”, a Palavra feita carne em Jesus, o homem no qual a Escritura encontra o seu cumprimento.
Eis o essencial da nossa fé!

O evangelho deste Domingo coloca-nos portanto em guarda: Jesus não pode ser a projecção dos nossos desejos mas é o Jesus Cristo segundo as Escrituras, e para o conhecer é preciso escutar, meditar e rezar a Palavra contida em toda a Escritura.

Tudo isto tendo consciência de que a oração não nos dispensa do esforço quotidiano da obediência a Deus através de Jesus Cristo, ou seja, do cumprimento da nossa vocação pessoal; pelo contrário, a oração ajuda-nos a preencher essa vocação de sentido porque transfigura os acontecimentos e as relações de todos os dias.

Foi assim com Jesus, pode ser assim também para nós.

A lógica de Deus

Dehonianos

A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projecto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de Si próprio por amor.

Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita dom não é fracassada ­– mesmo se termina na cruz.
A vida plena e definitiva espera, no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua vida ao serviço dos irmãos.

Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta lógica… Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até às últimas consequências (até ao dom total da vida), mas sim na preocupação egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno mundo privado; não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos (sobretudo dos mais débeis, dos mais marginalizados e dos mais infelizes), mas no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de autoridade e de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos vencedores; não está numa vida vivida como dom, com humildade e simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de glórias e de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem?

Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?

Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que caminham ao nosso lado… A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.

Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo” para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização autêntica está no dom da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz.
A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Folha Informativa 26-02-2023

Domingo I da Quaresma (PDF) TEXTO

A luta contra as tentações

Stefano di Giovanni, As tentações de Santo António

Ao surgir a tentação não se deve entrar em diálogo com Satanás, não se deve hesitar na escuta das seduções, mesmo confiando na própria força.

É preciso somente recorrer à Palavra de Deus, invocar o Senhor, não ceder a nenhum diálogo com o mal, mas afastar o tentador com a força de Deus.

É assim que Jesus expulsa o demónio, qual vencedor do mal e das tentações; e fá-lo atravessando-as, para ser capaz de ter compaixão, de sofrer connosco as nossas fraquezas.

Precisamente como se lê na vida de António, o pai dos monges. Exaurido pela luta vitoriosa contra as tentações, ele vê o Senhor num raio de luz e pergunta-Lhe: «Onde estavas? Porque não apareceste desde o início para pôr fim aos meus sofrimentos?».

E d’Ele ouve a resposta: «António, estava aqui a lutar contigo».

Enzo Bianchi

Ascese quaresmal, itinerário sinodal

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, 2023

Queridos irmãos e irmãs!

Félix Joseph Barrias, Tentação de Cristo

Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas coincidem em narrar o episódio da Transfiguração de Jesus. Neste acontecimento, vemos a resposta do Senhor a uma falta de compreensão manifestada pelos seus discípulos. De facto, pouco antes, registara-se uma verdadeira divergência entre o Mestre e Simão Pedro; este começara professando a sua fé em Jesus como Cristo, o Filho de Deus, mas em seguida rejeitara o seu anúncio da paixão e da cruz. E Jesus censurara-o asperamente: «Afasta-te, satanás! Tu és para Mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens» (Mt 16, 23). Por isso, «seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte» (Mt 17, 1).

O evangelho da Transfiguração é proclamado, cada ano, no II Domingo da Quaresma. Realmente, neste tempo litúrgico, o Senhor toma-nos consigo e conduz-nos à parte. Embora os nossos compromissos ordinários nos peçam para permanecer nos lugares habituais, transcorrendo uma vida quotidiana frequentemente repetitiva e por vezes enfadonha, na Quaresma somos convidados a subir «a um alto monte» juntamente com Jesus, para viver com o Povo santo de Deus uma particular experiência de ascese.

A ascese quaresmal é um empenho, sempre animado pela graça, no sentido de superar as nossas faltas de fé e as resistências em seguir Jesus pelo caminho da cruz. Aquilo precisamente de que Pedro e os outros discípulos tinham necessidade. Para aprofundar o nosso conhecimento do Mestre, para compreender e acolher profundamente o mistério da salvação divina, realizada no dom total de si mesmo por amor, é preciso deixar-se conduzir por Ele à parte e ao alto, rompendo com a mediocridade e as vaidades. É preciso pôr-se a caminho, um caminho em subida, que requer esforço, sacrifício e concentração, como uma excursão na montanha. Estes requisitos são importantes também para o caminho sinodal, que nos comprometemos, como Igreja, a realizar. Far-nos-á bem reflectir sobre esta relação que existe entre a ascese quaresmal e a experiência sinodal.

Pianov Valeri, Transfiguração

Para o «retiro» no Monte Tabor, Jesus leva consigo três discípulos, escolhidos para serem testemunhas dum acontecimento singular; Ele deseja que aquela experiência de graça não seja vivida solitariamente, mas de forma compartilhada, como é aliás toda a nossa vida de fé. A Jesus, seguimo-Lo juntos; e juntos, como Igreja peregrina no tempo, vivemos o Ano Litúrgico e, nele, a Quaresma, caminhando com aqueles que o Senhor colocou ao nosso lado como companheiros de viagem. À semelhança da subida de Jesus e dos discípulos ao Monte Tabor, podemos dizer que o nosso caminho quaresmal é «sinodal», porque o percorremos juntos pelo mesmo caminho, discípulos do único Mestre. Mais ainda, sabemos que Ele próprio é o Caminho e, por conseguinte, tanto no itinerário litúrgico como no do Sínodo, a Igreja não faz outra coisa senão entrar cada vez mais profunda e plenamente no mistério de Cristo Salvador.

E chegamos ao momento culminante. O Evangelho narra que Jesus «Se transfigurou diante deles: o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz» (Mt 17, 2). Aqui aparece o «cimo», a meta do caminho. No final da subida e enquanto estão no alto do monte com Jesus, os três discípulos recebem a graça de O verem na sua glória, resplandecente de luz sobrenatural, que não vinha de fora, mas irradiava d’Ele mesmo. A beleza divina desta visão mostrou-se incomparavelmente superior a qualquer cansaço que os discípulos pudessem ter sentido quando subiam ao Tabor. Como toda a esforçada excursão de montanha, ao subir, é preciso manter os olhos bem fixos na vereda; mas o panorama que se deslumbra no final surpreende e compensa pela sua maravilha. Com frequência também o processo sinodal se apresenta árduo e por vezes podemos até desanimar; mas aquilo que nos espera no final é algo, sem dúvida, maravilhoso e surpreendente, que nos ajudará a compreender melhor a vontade de Deus e a nossa missão ao serviço do seu Reino.

A experiência dos discípulos no monte Tabor torna-se ainda mais enriquecedora quando, ao lado de Jesus transfigurado, aparecem Moisés e Elias, que personificam respetivamente a Lei e os Profetas (cf. Mt 17, 3). A novidade de Cristo é cumprimento da antiga Aliança e das promessas; é inseparável da história de Deus com o seu povo, e revela o seu sentido profundo. De forma análoga, o caminho sinodal está radicado na tradição da Igreja e, ao mesmo tempo, aberto para a novidade. A tradição é fonte de inspiração para procurar estradas novas, evitando as contrapostas tentações do imobilismo e da experimentação improvisada.

O caminho ascético quaresmal e, de modo semelhante, o sinodal, têm como meta uma transfiguração, pessoal e eclesial. Uma transformação que, em ambos os casos, encontra o seu modelo na de Jesus e realiza-se pela graça do seu mistério pascal. Para que, neste ano, se possa realizar em nós tal transfiguração, quero propor duas «veredas» que é necessário percorrer para subir juntamente com Jesus e chegar com Ele à meta.

A primeira diz respeito à ordem que Deus Pai dirige aos discípulos no Tabor, enquanto estão a contemplar Jesus transfigurado. A voz da nuvem diz: «Escutai-O» (Mt 17, 5). Assim a primeira indicação é muito clara: escutar Jesus. A Quaresma é tempo de graça na medida em que nos pusermos à escuta d’Ele, que nos fala. E como nos fala Ele? Antes de mais nada na Palavra de Deus, que a Igreja nos oferece na Liturgia: não a deixemos cair em saco roto; se não podermos participar sempre na Missa, ao menos leiamos as Leituras bíblicas de cada dia valendo-nos até da ajuda da internet. Além da Sagrada Escritura, o Senhor fala-nos nos irmãos, sobretudo nos rostos e vicissitudes daqueles que precisam de ajuda. Mas quero acrescentar ainda outro aspecto, muito importante no processo sinodal: a escuta de Cristo passa também através da escuta dos irmãos e irmãs na Igreja; nalgumas fases, esta escuta recíproca é o objectivo principal, mas permanece sempre indispensável no método e estilo duma Igreja sinodal.

Ao ouvir a voz do Pai, «os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados. Aproximando-Se deles, Jesus tocou-lhes dizendo: “Levantai-vos e não tenhais medo”. Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém» (Mt 17, 6-8). E aqui temos a segunda indicação para esta Quaresma: não refugiar-se numa religiosidade feita de acontecimentos extraordinários, de sugestivas experiências, levados pelo medo de encarar a realidade com as suas fadigas diárias, as suas durezas e contradições. A luz que Jesus mostra aos seus discípulos é uma antecipação da glória pascal, e é rumo a esta que se torna necessário caminhar seguindo «apenas Jesus e mais ninguém». A Quaresma orienta-se para a Páscoa: o «retiro» não é um fim em si mesmo, mas prepara-nos para viver – com fé, esperança e amor – a paixão e a cruz, a fim de chegarmos à ressurreição. Também o percurso sinodal não nos deve iludir quanto ao termo de chegada, que não é quando Deus nos dá a graça de algumas experiências fortes de comunhão, pois aí o Senho também nos repete: «Levantai-vos e não tenhais medo». Desçamos à planície e que a graça experimentada nos sustente para sermos artesãos de sinodalidade na vida ordinária das nossas comunidades.

Queridos irmãos e irmãs, que o Espírito Santo nos anime nesta Quaresma na subida com Jesus, para fazermos experiência do seu esplendor divino e assim, fortalecidos na fé, prosseguirmos o caminho com Ele, glória do seu povo e luz das nações.

Roma – São João de Latrão, na Festa da Conversão de São Paulo, 25 de Janeiro de 2023.

FRANCISCO

 

Arquivo de Folhas Informativas anteriores a 25.11.2018

 

Xavieirinhos 22-01-2023

Domingo III do Tempo Comum (PDF)  TEXTO




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Xavieirinhos 15-01-2023

Domingo II do Tempo Comum (PDF)  TEXTO






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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