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Curso de Preparação para o Crisma
No dia 24 de Janeiro, pelas 21h00, começa um Curso de Preparação para o Crisma (mais…)
Missa na Paróquia transmitida pela TVI
A Missa na TVI do próximo dia 13 de Janeiro de 2019 vai ser transmitida em directo da nossa Igreja Paroquial. (mais…)
Recomeço da Catequese
As actividades da Catequese, interrompidas para as férias de Natal, recomeçaram no dia 08 de Janeiro.
Folha Informativa 10-11-2019
Domingo XXXII do Tempo Comum (PDF) TEXTO
Por todos os que morrem sós mortos de medo
sem encontrar na lama das palavras
um sopro de Páscoa
ou a esperança da vida após a morte
ensina-nos a arte de bem viver
a nós que acreditamos mais na morte que na vida
Tu que és o Deus dos vivos
e ressuscitaste o teu Filho dos infernos
não nos retires a luz que faz viver nem o calor dos afectos
em que reconhecemos a tua presença
isto Te pedimos pelo amor de Jesus Cristo
e pelo amor que o Espírito derramou no nosso coração.
Fr. José Augusto Mourão, OP
Porque buscais o Vivente entre os mortos
Papa Francisco, 20 de Abril de 2019
As mulheres vão ao túmulo levando os aromas, mas temem que a viagem seja inútil, porque uma grande pedra bloqueia a entrada do sepulcro. O caminho daquelas mulheres é também o nosso caminho; lembra o caminho da salvação. Nele, parece que tudo se vai estilhaçar contra uma pedra: a beleza da criação contra o drama do pecado; a libertação da escravatura contra a infidelidade à Aliança; as promessas dos profetas contra a triste indiferença do povo.
O mesmo se passa na história da Igreja e na história de cada um de nós: parece que os passos dados nunca levem à meta. E assim pode insinuar-se a ideia de que a frustração da esperança seja a obscura lei da vida.
Hoje, porém, descobrimos que o nosso caminho não é feito em vão, que não esbarra contra uma pedra tumular. Uma frase incita as mulheres e muda a história: «Porque buscais o Vivente entre os mortos?»porque pensais que tudo seja inútil, que ninguém possa remover as vossas pedras? Porque cedeis à resignação e ao fracasso?
Deus remove as pedras mais duras, contra as quais vão embater esperanças e expectativas: a morte, o pecado, o medo, o mundanismo. A história humana não acaba frente a uma pedra sepulcral, já que hoje mesmo descobre a «pedra viva»: Jesus ressuscitado. Como Igreja, estamos fundados sobre Ele e, mesmo quando desfalecemos, mesmo quando somos tentados a julgar tudo a partir dos nossos fracassos, Ele vem fazer novas todas as coisas, inverter as nossas decepções. Cada um é chamado a encontrar, no Vivente, Aquele que remove do coração as pedras mais pesadas. Perguntemo-nos, antes de mais nada: Qual é a minha pedra a ser removida, como se chama?
Muitas vezes, a esperança é obstruída pela pedra da falta de confiança. Quando se dá espaço à ideia de que tudo corre mal e que sempre vai de mal a pior, resignados, chegamos a crer que a morte seja mais forte que a vida e tornamo-nos cínicos e sarcásticos, portadores de um desânimo doentio. Pedra sobre pedra, construímos dentro de nós um monumento à insatisfação, o sepulcro da esperança. Lamentando-nos da vida, tornamos a vida dependente das lamentações e espiritualmente doente. Insinua-se, assim, uma espécie de psicologia do sepulcro: tudo termina ali, sem esperança de sair vivo. Mas, eis que surge a pergunta desafiadora da Páscoa: Porque buscais o Vivente entre os mortos? O Senhor não habita na resignação. Ressuscitou, não está lá; não O procures, onde nunca O encontrarás: não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
Há uma segunda pedra que, muitas vezes, fecha o coração: a pedra do pecado. O pecado seduz, promete coisas fáceis e prontas, bem-estar e sucesso, mas, depois, dentro deixa solidão e morte. O pecado é procurar a vida entre os mortos, o sentido da vida nas coisas que passam. Porque buscais o Vivente entre os mortos? Porque não te decides a deixar aquele pecado que, como pedra à entrada do coração, impede à luz divina de entrar? Porque, aos lampejos cintilantes do dinheiro, da carreira, do orgulho e do prazer, não antepões Jesus, a luz verdadeira? Porque não dizes às vaidades mundanas que não é para elas que vives, mas para o Senhor da vida?
As mulheres que vão ao sepulcro de Jesus…
À vista da pedra removida, sentem-se perplexas; ao ver os anjos, ficam «amedrontadas» e «voltam o rosto para o chão». Não têm a coragem de levantar o olhar. Quantas vezes nos acontece o mesmo! Preferimos ficar encolhidos nos nossos limites, escondidos nos nossos medos. É estranho! Porque o fazemos? Muitas vezes porque, no fechamento e na tristeza, somos nós os protagonistas, porque é mais fácil ficarmos sozinhos nas celas escuras do coração do que abrir-nos ao Senhor. E, todavia, só Ele levanta. «Só conhecemos a nossa altura, quando somos chamados a levantar-nos» (E. Dickinson, Nunca sabemos quão alto estamos nós). O Senhor chama-nos para nos levantarmos, ressuscitarmos à sua Palavra, olharmos para o alto e crermos que estamos feitos para o Céu, não para a terra; para as alturas da vida, não para as torpezas da morte: Porque buscais o Vivente entre os mortos?
Porque buscais o Vivente entre os mortos? Aquelas mulheres tinham esquecido a esperança, porque não recordavam as palavras de Jesus, a chamada que lhes fez na Galileia. Perdida a memória viva de Jesus, ficam a olhar o sepulcro. A fé precisa de voltar à Galileia, reavivar o primeiro amor com Jesus, a sua chamada: precisa de O recordar, ou seja – literalmente –, de voltar com o coração para Ele. Voltar a um amor vivo para com o Senhor é essencial; caso contrário, tem-se uma fé de museu, não a fé pascal. Mas Jesus não é um personagem do passado, é uma Pessoa vivente hoje; não Se conhece nos livros de história, encontra-Se na vida. Hoje, repassemos na memória o momento em que Jesus nos chamou, quando venceu as nossas trevas, resistências, pecados, como nos tocou o coração com a sua Palavra.
Recordando Jesus, as mulheres deixam o sepulcro. A Páscoa ensina-nos que o crente se detém pouco no cemitério, porque é chamado a caminhar ao encontro do Vivente. Perguntemo-nos: na vida, para onde caminho? Sucede às vezes que o nosso pensamento se dirija continua e exclusivamente para os nossos problemas, que nunca faltam, e vamos ter com o Senhor apenas para nos ajudar. Mas, deste modo, são as nossas necessidades que nos orientam, não Jesus. E continuamos a buscar o Vivente entre os mortos. E quantas vezes, mesmo depois de ter encontrado o Senhor, voltamos entre os mortos, repassando intimamente saudades, remorsos, feridas e insatisfações, sem deixar que o Ressuscitado nos transforme!
Queridos irmãos e irmãs, na vida demos o lugar central ao Vivente. Peçamos a graça de não nos deixarmos levar pela corrente, pelo mar dos problemas; a graça de não nos estilhaçarmos contra as pedras do pecado e os rochedos da desconfiança e do medo. Procuremo-l’O a Ele, em tudo e antes de tudo. Com Ele, ressuscitaremos.
Folha Informativa 03-11-2019
Domingo XXXI do Tempo Comum (PDF) TEXTO
Abre!
«Quero hoje comer em tua casa. Não ouves que bato à porta?» – Abre.
As lágrimas que Jesus chorará por mim, só por demorar em abrir.
Acontecerá por vezes e por minha culpa que aquilo que o Senhor tem para me dizer
não seja de agradável sabor…
D. Manuel Martins, In “Partilhar é bom”
Hoje quero ficar em tua casa
P. Dennis Clark, In Catholic Exchange
Zaqueu era um dos homens mais ricos de Israel. Ocupava o cargo de chefe dos cobradores de impostos, movia-se nos círculos mais influentes e tinha poder – muito poder. Era também vigarista, colaborador do inimigo e alvo do ódio dos seus compatriotas.
Via-se como um homem de sucesso. Mas inesperadamente, no topo da carreira, apercebeu-se claramente que a sua vida não estava a resultar. Tinha um vazio no coração e há muito que não sabia o que era a alegria. Percebeu, intuitivamente, que nunca mais seria feliz se continuasse no mesmo caminho.
Ao contrário de muitos de nós, Zaqueu sabia que tinha de mudar. Por isso, quando ouviu que Jesus ia passar pela cidade, abandonou toda a dignidade de homem conceituado e subiu a um sicómoro para se assegurar que veria este homem santo, que talvez lhe pudesse dizer como encontrar a alegria que faltava à sua vida.
O resto é história. Jesus levantou a cabeça, olhou-o nos olhos e disse: “Deixa-Me ficar hoje em tua casa”. Jesus ficou e a vida de Zaqueu mudou para sempre quando finalmente encontrou a alegria que há muito procurava.
A história tem um final feliz, e é importante que compreendamos porquê e como é que se chegou a esse desfecho. O ponto de viragem aconteceu antes de Jesus oferecer o seu convite. Aconteceu quando Zaqueu reconheceu a sua infelicidade e decidiu fazer alguma coisa em relação a isso.
Em cada um de nós há lugares da vida que não funcionam, lugares mortos e sem alegria, muitas vezes há anos e anos. E a razão dessa infelicidade é porque persistimos em tentar acender a luz de uma lâmpada enroscada numa torneira. Continuamos à procura da alegria onde ela não pode ser encontrada.
Se nesses lugares ermos da nossa existência pudermos dizer a verdade autêntica que Zaqueu aprendeu a dizer, se conseguirmos ver que algo está errado e precisa de mudar, nesse momento escutaremos as palavras que Jesus nos tem dirigido, palavras que temos rejeitado com as seguranças ilusórias de que está tudo bem connosco.
Ouviremos então dizer: «Hoje quero ficar em tua casa. Quero viver no íntimo da tua vida». E então, com o nosso «sim» a Ele, virá a cura, a transformação e a alegria.
Encare hoje a verdade, diga-a a si mesmo e a Deus, e deixe que a sua cura comece!
Se rezamos, é porque acreditamos que Deus pode e quer
transformar a realidade
Papa Francisco, Audiência geral, Vaticano, 20.3.2019
«Seja feita a vossa vontade». Antes do cuidado do mundo da parte do ser humano, há o cuidado incansável que Deus usa em relação ao ser humano e ao mundo.
O pecador Zaqueu sobe a uma árvore porque quer ver Jesus, mas não sabe que, muito antes, Deus já Se tinha colocado à sua procura. Jesus, quando chega, diz-lhe: «Zaqueu, desce depressa, porque hoje tenho de ficar em tua casa». E no fim declara: «O Filho do homem, com efeito, veio para procurar e salvar o que estava perdido». Eis a vontade de Deus (…), incarnada em Jesus: procurar e salvar aquilo que está perdido.
E nós, na oração, pedimos que a procura de Deus chegue a bom porto, que o seu desígnio universal de salvação se realize. Primeiro em cada um de nós, e depois em todo o mundo. Deus procura cada um de nós, pessoalmente.
Não é ambíguo, não Se esconde por trás de enigmas, não planeou o futuro do mundo de maneira indecifrável. Ele é claro.
S. Paulo, na Primeira Carta a Timóteo, escreve: «Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade». Deus, com o seu amor, bate à nossa porta do coração, para nos atrair a Ele. Deus está próximo de cada um de nós com o seu amor, para nos levar pela mão. (…)
O Pai-nosso, de facto, é a oração dos filhos que conhecem o coração do seu pai e estão certos do seu desígnio de amor. Ai de nós se, pronunciando estas palavras, encolhêssemos os ombros em sinal de resignação perante um destino que nos repugna e que não conseguiremos mudar. Pelo contrário, é uma oração plena de ardente confiança em Deus, que quer para nós o bem, a vida, a salvação. Uma oração corajosa, combativa, porque no mundo há muitas realidades que não estão segundo o plano de Deus.
O cristão não acredita num “facto” inelutável. Não há nada de aleatório na fé dos cristãos: em vez disso há uma salvação que espera por se manifestar na vida de cada homem e mulher e de cumprir-se na eternidade.
Se rezamos, é porque acreditamos que Deus pode e quer transformar a realidade, vencendo o mal com o bem.
A este Deus faz sentido obedecer e abandonar-se, mesmo na hora da provação mais dura.
Assim aconteceu com Jesus no jardim do Getsémani, quando experimentou a angústia e orou: «Pai, se queres, afasta de Mim este cálice! Todavia, não seja feita a minha, mas a tua vontade».
Jesus está esmagado pelo mal do mundo, mas abandona-Se, confiante, ao oceano de amor da vontade do Pai. Também os mártires, na sua provação, não procuravam a morte, mas a ressurreição. Deus, por amor, pode levar-nos a caminhar por trilhos difíceis, a experimentar feridas e espinhos dolorosos, mas nunca nos abandonará. Estará sempre ao nosso lado, dentro de nós.
Para um crente, esta, mais do que uma esperança, é uma certeza: Deus está connosco. A mesma que reencontramos naquela parábola do Evangelho de Lucas dedicada à necessidade de orar sempre. Diz Jesus: «Deus não fará justiça aos seus eleitos, que gritam dia e noite a Ele? Far-lhes-á esperar muito? Eu digo-vos que lhes fará justiça prontamente.