A nossa Elsa França partiu nesta quarta-feira, 25 de Outubro, a poucos meses de celebrar os seus 80 anos. Deus não quis que os celebrasse connosco, mas junto de Si.
Aqui ficam alguns testemunhos de quem viveu e partilhou com ela uma vida plena de entrega a Deus.

Maria José Lopes

Quando me pediram um pequeno testemunho sobre a Elsa para a nossa folha de São Francisco Xavier, lembrei-me logo de um momento que todos partilhámos na Missa de despedida da nossa querida amiga.

A determinada altura o Padre Paulo perguntou-nos: ” Qual a palavra que cada um de nós era capaz de dizer para definir a Elsa?”

Foi uma autêntica chuva de palavras: Bondade, amizade, carinho, fé, paciência, persistência, tolerância, disponibilidade, partilha, alegria, perseverança, amor…. e muitas mais.

Não é o meu testemunho que aqui deixo mas o de todos nós que tivemos a sorte de ter a Elsa nas nossas vidas.

Obrigada Elsa.

Mizé

Padre António Colimão

Há pedidos irrecusáveis, como este de escrever umas linhas, sobre a nossa ELSA FRANÇA que partiu, para a Mansão dos JUSTOS!

Usando uma expressão popular e, de algum modo, “calão” que Deus me dotou e que usei nas minhas lides Pastorais, hoje, em voga, o Espírito SINODAL, à maneira de Jesus e dos Apóstolos – CHAMAR/INTEGRAR os LEIGOS e as Leigas, na Vida da Paróquia, recordo ter interpelado a nossa querida ELSA a ser CATEQUISTA e, mais tarde, Ministra Extraordinária da Comunhão e ainda me lembro que ela me ter respondido que tinha receio de não ser capaz…

E de eu ter retorquido: “mas a Elsa na é uma Mulher de FÉ? BASTA saber tentar/testemunhar a sua fé”… Foi suficiente, para ela aceitar e EXERCER ESSA RESPONSABILIDADE, com toda a Mestria, ganhando os corações da petizada!

Que DEUS a tenha na Sua Santa Glória, após Ele ter purificado e santificado nos últimos anos, com essa doença !!!

Pe. António de Oliveira Colimão

 

Teresa Alvadia

Da nossa querida Elsa guardarei para sempre o seu sorriso acolhedor e pronto a servir o próximo. Foi catequista de dois dos meus filhos e tenho a certeza que deixou neles a sua marca.

Das muitas actividades que fizemos juntas, não esquecerei esta última em que tive o privilégio de a ter como companheira na Jornadas Mundial da Juventude 2023.

” Pedi tanto a Deus que me deixasse chegar até aqui ..” foi com estas suas palavras de alegria que vivemos juntas uma das suas últimas missões da sua vida terrena.

Acredito profundamente que hoje se encontra ao lado Daquele que sempre amou incondicionalmente.

Teresa Alvadia

 

 

 

Margarida Oliveira

A Elsa França deixou-nos hoje. E já deixa saudades.

Apesar de não paroquiana, foi uma colaboradora exemplar da Paróquia de São Francisco Xavier, em particular na organização e motivação do grupo da catequese.

E exemplar também foi a forma como viveu estes últimos tempos, transformando o sofrimento em compromisso de oração e entrega à vontade de Deus.

Repousa agora em paz nos Seus braços.

Margarida Oliveira

 

 

 

 

 

Marta Sobral

A Elsa foi um grande exemplo. Sempre nos mostrou como a vida é melhor quando estamos com Deus. Tudo se resolvia rezando ao Espírito Santo e entregando a Deus.

Participei nas minhas primeiras Jornadas Mundiais da Juventude (em 1997) com a Elsa e graças a ela, que levou 20 jovens da paróquia (que tinham deixado passar o prazo de inscrição!) até à sua Comunidade Emanuel para não deixar passar tão grande oportunidade de conhecer melhor Jesus.

Lembro-me de estarmos a rezar uma Avé Maria no metro de Paris para resolver um qualquer conflito (de certeza que ficou resolvido porque nem me lembro qual era).

Nestes últimos anos trabalhei mais com a Elsa na coordenação da catequese da paróquia e pude assistir à sua entrega permanente. Ao longo da sua doença Deus esteve sempre com ela e ela sempre com Deus.

Toda a sua disponibilidade, carinho, entrega, alegria, paz, amizade eram o espelho de Jesus.

Como dizia o Padre Paulo, a Elsa descobriu um segredo que quis partilhar com todos.

Esse segredo encheu o seu coração e transbordou ao longo da sua vida para todos nós. Viveu para transmitir esta relação de amizade, carinho e ternura com Deus, sempre com vontade de ajudar os outros a encontrar Jesus e de introduzir os outros na relação com o Espírito Santo.

Vai fazer muita falta!

Marta Sobral

 

 

Sofia Barrocas

Luz terna e suave

Confesso: sempre tive um bocadinho de «inveja» da Elsa.

«Inveja» da relação tão próxima que mantinha com Deus, da forma aberta como vivia a fé, da capacidade inesgotável para se entregar ao serviço da Igreja e dos outros, da infinita paciência com que lidava com os problemas mais extraordinários, do amor contagiante com que falava da luz do Espírito Santo, da devoção sem limites a Nossa Senhora, e de como integrava tudo isto na vida do dia a dia, de uma forma tão fluida e natural.

E da dedicação à nossa catequese, e da forma como se manteve presente e atuante nos momentos mais duros (e foram muitos) da sua doença — sem nunca se queixar, oferecendo a Deus o seu sofrimento.

Se calhar, em vez de «inveja» devia usar a palavra admiração. Mas é mais do que admiração. É querer ter o que a Elsa tinha. É querer ser capaz de transmitir aos outros essa coisa tão difícil que é transpormos o Evangelho para o nosso quotidiano como a Elsa o fazia.

Ontem [dia 26], no dia a seguir à sua partida para junto do Pai, o nosso grupo da catequese rezou pela Elsa. Queremos continuar a pensar nela como «a luz terna e suave que nos leva mais longe», como dizia a canção que acompanhou a nossa oração. Temos a certeza que vela por nós.

Sofia Barrocas

 

 

Celina e João Pinheiro de Almeida

Já nem nos lembramos como conhecemos a Elsa França… Foi há tantos anos!

Desde então, os nossos caminhos cruzaram-se por várias vezes, sempre na área religiosa.

Por exemplo, na Paróquia de São Francisco Xavier, onde ela, bem cedo, se empenhou na Catequese e nos Grupos de Jovens. Aliás, foi a esta missão que dedicou a maior parte do seu tempo nos últimos anos, até ao fim da sua vida.

Mas também fora da Catequese. Estávamos com ela quando se entusiasmou com o Renovamento Carismático, primeiro, e depois com um dos seus grupos mais representativos e dinâmicos, a Comunidade Emanuel, com sede em Coimbra mas com um núcleo muito activo e dinâmico na Paróquia da Portela, sob a direcção do também já falecido José Vítor Adragão.

Com o entusiasmo, disponibilidade e empenho que sempre colocou nas tarefas e missões que assumiu, a Elsa rapidamente passou a ter um papel preponderante na Comunidade.

Mas a Catequese foi sempre a sua grande paixão. A ponto de, já gravemente doente, se envolver activamente no Secretariado Diocesano da Catequese, colaborando com o Pe. Tiago Neto.

Contudo, a sua derradeira e grande missão foi a Jornada Mundial da Juventude, a que aderiu e que foi acompanhando, na medida das possibilidades que o agravamento do seu estado de saúde foi permitindo.

Agravamento que nunca impediu que fosse sempre uma mulher de grande fé, de optimismo, de disponibilidade total e de entrega do seu sacrifício e das suas dores, com um sorriso dolorido, mas sempre presente.

Elsa querida amiga: Deus não quis que continuasses a sofrer e não te deixou completar os teus 80 anos.

Partiste ao encontro do Pai, mas não deixaste os nossos corações.

Celina e João

 

Ticha Balula

A Elsa foi um dos anjos que conheci aqui na terra.

Uma mulher ao serviço de Deus e das comunidades onde se envolveu, nomeadamente na nossa Paróquia de São Francisco Xavier.

Uma boa amiga dos seus jovens e de todos.

Apesar do seu estado debilitado a Elsa fez questão de participar ativamente na JMJ Lisboa 2023, sendo um exemplo para todos nós.

Que Deus te acolha querida Elsa nos seus braços.

Rezo por ti.

Ticha Balula